quarta-feira, 13 de março de 2013

Venom: Na Ilha das Aranhas

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Se você acompanha a revista mensal do Homem-Aranha, sabe que Nova York está um verdadeiro caos. Todos os habitantes sem super-poderes (e até mesmo alguns com poderes) foram sujeitos a uma infecção que os concede... poderes de Aranha. Isso, claro, tem todo o jeito de ser mais um plano cruel de um dos inimigos do Homem-Aranha e o desenrolar principal da história de como Peter anda lidando com isso você acompanha aqui. Todavia, em Teia do Homem-Aranha 17, veremos que lateralmente, o Agente Especial Eugene Flash Thompson, encarnação do novo Venom, vem realizando missões cruciais para solucionar esta catástrofe.

Do laboratório de operações secretas do projeto Venom, todos olham apreensivos os últimos heróis da cidade lutarem contra as criaturas aranhas, que não passam de cidadãos comuns que ganharam esses poderes e até mesmo alguns enlouqueceram com isso. Venom é escalado pelo General Dogde para ajudar e capturar um dos maiores contaminados que está acabando com a cidade. Assim, poderiam estudar melhor a fundo a natureza da infecção.

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E nessa primeira parte, vemos Flash seguindo em sua missão, mesmo com o pai quase morrendo num hospital a quilômetros dali, numa cidade enlouquecida. Com uma ajudinha nada convencional do herói Gravidade, Thompson derrota o monstro-aranha e o leva ao laboratório. Contudo, não conseguem prender a criatura por muito tempo, que vomita diversas miniaranhas e rompe a redoma que o detinha. Longe do simbionte, Flash e os demais são obrigado a se refugiar numa sala enquanto que a criatura e suas aranhas dominam o lugar. Sabendo que não tem outra alternativa, Thompson se arma e tenta chegar até o traje alienígena, mesmo que tenha que enfrentar o inimigo a bala.

E é nesta  sequencia de ação intrigante, que vemos uma das cenas mais legais da história, com Samson, o cão pastor do General Dogde, sendo possuído pelo simbionte e atacando o Monstro-Aranha pra proteger Flash. Então, de posse do traje mais uma vez, Flash acaba derrotando a criatura e – para sua surpresa – é revelado que aquele é o Capitão America infectado. Agora, é a hora de descobrir como achar uma cura e reverter tudo aquilo. E Flash é mandado para o covil das Aranhas disfarçado para descobrir como. E assim seguimos para a segunda parte da participação do Venom nisto.

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Enquanto que Reed Richards procura uma solução pra isto na história principal da mensal do Homem-Aranha, vemos que inexplicavelmente o Anti-Venom, o novo alterego de Eddie Brock, é capaz de curar as pessoas da “Contaminação Aranha”. Ao saber disto, Flash abandona seu disfarce, deixa o covil da Rainha-Aranha e segue para a Igreja Nossa Senhora de Todos os Santos. Mal pisa lá, é confrontado pelo ensandecido Anti-Venom, que pressentiu sua presença e – como sabemos – tem um toque mortífero para o simbionte alienígena.

A briga se estende por muitas páginas. Brock alerta Thompson dos males trazidos pelo simbionte, a quem acusa de ter lhe dado câncer no passado. E em dado momento, naquela explosão de raiva,  vemos que o simbionte fica tentado a tomar mais uma vez o corpo do velho hospedeiro para si. Tentando salvar Eddie ou, na verdade, realmente desejando que o simbionte não o abandone, Thompson convence a criatura alienígena a deixar Brock e voltar para ele. Assim, as coisas retornam ao normal e Brock é levado até os Laboratorio Horizonte para que Reed Richards descubra uma cura de fato.

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Então, no final desta história, vemos que finalmente Flash Thompson está liberado e consegue atravessar a cidade para ver seu pai morimbundo. São os últimos momentos da vida do homem e, mesmo ainda ressentido com o seu velho pai, Flash o perdoa. Assim, eles fazem as pazes antes de Harrison Thompson partir. Betty, que esteve sempre ao lado do sogro, entrega a Thompson uma carta que o pai dele escreveu antes de ele chegar. Todavia, Flash não tem nem tempo de enxugar as lagrimas e é convocado para mais uma missão para salvar a cidade. E sua missão é matar a Rainha Aranha.

Retornando ao antro da Vilã, Venom é descoberto logo de cara desta vez. A Rainha tem velocidade e forças impressionantes, o que deixa o nosso novo herói quase sem chances para reagir. Com um toque de suas mãos, ela foi capaz de expulsar o simbionte do corpo de Eugene Thompson, deixando-o completamente indefeso.

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Demorou um pouco para recuperar o alien, que ainda assim estava bastante abatido para voltar ao combate. Mesmo assim, Flash partiu atrás da Rainha para detê-la. E mal teria sobrevivido a essa segunda luta se Steve Rogers, agora curado da infecção, não tivesse aparecido para combater a vilã. Para surpresa dos dois, no entanto, a Rainha assumiu uma nova e assustadora forma, tornando-se uma gigantesca mescla de Aranha-humana pronta para atacá-los.

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Mas a resolução disto você acompanha na conclusão da saga na mensal do Homem-Aranha...

Contudo, antes de terminar o artigo eu preciso falar uma coisinha. Quem acha que o trabalho definitivo de Rick Remender está em X-Force, mal sabe o que ele anda fazendo com a revista do Venom. Lembrando que o personagem na década de 90 foi inúmeras vezes estimulado a virar uma espécie de anti-herói sem sucesso. Com as mudanças recentes, inclusive de hospedeiro, preferiu-se colocá-lo como protagonista, sem tirar-lhe o valor vilanesco durante sua fase nos Thunderbolts e Vingadores Secretos. Todavia, Remender conseguiu um feito magnífico. Sutilmente mudou o visual da criatura, mas sem perder suas premissas, e resgatou o então perdido Flash Thompson, que até antes nunca tinha aspirado um papel como principal como conquistou agora.

E essas três histórias interligadas a grande saga da Ilha Aranha são um bom exemplo de como em menos de 10 edições, o leitor já está tão bem familiarizado e até sensibilizado com Flash. O drama da sua relação com o Pai, que fora já trabalhado no capítulo anterior, é resgatado neste e consegue dar uma reviravolta sensível e tocante no final. Sem muitas pretensões, você vê que a morte do pai marcara o novo status quo de Eugene Thompson, que só por suas características atuais, é fascinante por si só vê-lo em ação. O mesmo vale para o trabalho feito nos coadjuvantes, que desde a Betty até a equipe especial do General Dodge são relevantes.

E a arte, que tem o retorno mais uma vez do Tony Moore, acompanahado também por Tom Fowler, é sempre fascinante de se ver. É até difícil dizer isso quando você conheceu o Venom clássico e tem um certo apego pelo personagem, mas a verdade é que esta é a versão definitiva que queremos daqui pra frente. Visualmente e essencialmente.

Coveiro

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