quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O Legendário Senhor das Estrelas em aventuras solo. Quem?



Neste ponto que chegamos, você certamente já ouviu falar dele – Peter Quill. Ou talvez você o conheça como outro nome, o Legendário Senhor das Estrelas.  Sim, aquele carinha que acabou virando o maior sucesso depois do filme dos Guardiões da Galáxia e da emblemática piada com que comecei esse texto. E ele agora segue em sua própria aventura solo a partir da edição 4 da nova revista mensal dos Guardiões da Galáxia, com roteiro de Sam Humphries e arte de Paco Medina.

Após um breve prólogo da infância do herói, a narrativa passa direto para uma ação pra lá de maluca. Quill está num orfanato, provavelmente o mesmo que cresceu, protegendo a tutora Donna e algumas crianças de uma invasão Badoon. Aos poucos, fica claro que os alienígenas estavam ali para roubar uma poderosa gema escondida ali pelo Senhor das Estrelas anos atrás – a gema mandalay. Agora, eles aproveitariam que estão em número favorável para também levar outro prêmio – o próprio Peter Quill, cuja recompensa era pra lá de alta. Assim, sem querer arriscar a vida de inocentes, o Senhor das Estrelas se entrega e vai com os Badoons. E mal sabiam que estavam sendo seguidos por outros.


Peter parecia pouco preocupado com aquela prisão. Na verdade, sequer sabia quem era o tal Sr. Facas que estava pagando bem pela sua captura. E enquanto estava ali enjaulado, até aproveitou para ligar seu “hologramofone” para bater um papo com a Kitty Pryde. Realmente, um clima estava se formando entre os dois. Quando o carcereiro se invocou com o desleixo de Peter, ele aproveitou o momento em que a porta da sua cela foi aberta para fugir com uma ajudinha dos foguetes em suas botas. E foi assim, mais uma vez, os Badoons foram enganados e Peter fugiu com a gema Mandalay.

De volta a Terra, Peter vai visitar Donna, a tutora do orfanato, com um saco de dinheiro . Ele disse a Donna que recebeu aquilo ao vender a gema Mandalay e que fez tudo aquilo pra por as crianças em segurança e fora da vista de outros mercenário. Essa foi a maneira de Peter compensar todos os anos que viveu naquele orfanato. Mas no fim, ao voltar pro espaço, descobrimos que Quill mentiu. A gema esta com ele e o dinheiro eram suas ultimas economias até ali. Mas ainda não acabou. Antes de singrar mais uma vez o espaço, a nave de Peter é detida por um cruzador Spartax comandado pela Capitã Victoria...que é sua irmã.


Se você está confuso sobre a existência de uma irmã do Senhor das Estrelas, imagine o quanto o próprio Peter também está. Sem nunca ouvir falar antes de Victorian, o capturado Quill acaba ouvindo as lamentações da mesma – uma filha bastarda de J’son que nunca teve aas atenções do pai devido a ser mulher e a cor de sua pele. Mas agora o Imperador está deposto e ela assumiu o trono. E pretende reerguer os Spartoi de novo.

Victoria pretende entregar Quill ao Viderdoom e assim conseguir uma boa grana da recompensa do tal Sr. Facas para já tentar amenizar o prejuízo que vinha tendo com o Império. Peter desdenha dos ideias da moça, por querer honrar o império de um pai que nunca deu o devido valor a ela. Já ela questiona que Quill sempre teve tudo e trocou por uma vida de farras e fora-da-lei. Os dois praticamente se estapeiam nessa discussão, quase se matam, mas no fim Peter Quill oferece um jeito de ambos se saírem bem dessa – Ela com o dinheiro e ele com sua vida.

E assim, chegamos a Fortaleza Viderdoom, onde no coração do lugar o Conde Bligh guarda o fossimundo, uma criatura onde os prisioneiros são arremessados dentro e sofrem por longo tempo até morrer. É essa a recompensa de sangue que o Sr. Facas quer de Quill. Victorian parece decidida a entregar o meio-irmão em troca de 1 milhão de bens  líquidos e assim a grana foi depositada imediatamente em suas contas.  E uma vez com o dinheiro garantido, a farsa acabou.


Victorian, que decidiu acatar o plano mirabolante de Quill, se volta contra os soldados do Conde Bligh e ajuda seu meio-irmão a escapar. Ao acurralar Bligh, ela o obriga a transferir ainda mais bens líquidos para o Império Spartax. No fim, praticamente o lugar vai abaixo – literalmente devorado pelo monstro do fossimundo. A parceria dos dois meio-irmãos se mostra mais do que eficiente e Victorian até se surpreende quando Quill se nega recebe metade dos lucros. Quill estava interessado em outra coisa agora, em ter sua vingança contra Thanos e compensar o mal que fez a um amigo no Cancerverso (mas só saberemos o que aconteceu por lá nas próximas edições). Talvez, Victorian tenha pensado errado sobre quem é de fato o Senhor das Estrelas.

E no fim, o Conde Bligh é salvo pelo tal Sr. Facas. Ele agora trabalhará diretamente pra ele em troca de bastante dinheiro.

A resenha acima resume o que vimos na edição 4 e 5 da revista dos Guardiões. A mensal dos Senhor das Estrelas não foge muito do tipo de narrativa que temos pra essa revista. É de trama simplista e diálogos acessíveis. Nada pretensioso e mirabolante como foi na fase de Abnett e Lanning. E ainda assim isso não pode ser visto como algo negativo, já que Guardiões tem sido uma excelente revista de porta de entrada para novos leitores.  E com bons resultados até agora. Sobre a história em si, é difícil avaliar quando ainda está no começo. Por enquanto, dá pra perceber que Quill conseguiu um bom status no cinema para garantir carisma o suficiente para carregar uma narrativa nas costas. O principal desafio aqui será o de Sam Humphries criar uma rede de coadjuvantes independente dos Guardiões que seja atraente. Por hora, apesar de batido, a ideia da meia-irmã tem servido, e a promessa de colocar Thanos como futuro arqui-inimigo de Quill é instigante.

Coveiro

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