terça-feira, 18 de agosto de 2015

Vingadores I.A.: Finalizar Programa



Após uma vitória histórica no mundo virtual contra o plano de Dmitrius, os Vingadores I.A. de Hank Pym  mal sabem que aquilo tudo era apenas mais uma das estratégias do vilão para avançar ainda mais no seu objetivo final de encontrar e confrontar o criador de tudo e todos. Só que uma nova visão do futuro de Alexis pode ainda impedir o sucesso do inimigo. Para isso, ela vai até anos além do nosso tempo conhecer o Império dos Vingadores, e assim, na conclusão final deste título, temos duas aventuras em dois tempos diferentes para salvar o nosso futuro.

A nossa Alexis está no ano 12 mil e a humanidade foi extinta por Dmitrius. Não só ela, mas mutantes, inumanos, krees, skrulls, outras raças alienígenas. Só existe I.A.s agora e elas guerreiam para impedir que Dmitrius destrua a realidade. Nesse futuro, A velha Alexis é a nova Capitã America. Victor Mancha é um tipo novo de Thor (que construiu seu próprio Mjonir). Visão é o presidente do Império de Vingadores, o mundo que resta com as I.A.s restantes neste mundo - um mundo que pode deixar de existir agora que finalmente Dmitrius conseguiu capturar Galactus e pretende sacrificá-lo para ter acesso ao lugar fora do nosso universo, e finalmente confrontar o Criador. A Jovem Alexis está ali para saber que precisa impedir isso,  precisa impedir que Jessie Clatterbuck seja sacrificada.


No nosso presente, os heróis retornam da batalha do Diamente e Victor comemora estar vivo e em seu corpo físico mais uma vez.  Mas não há tempo para muita alegria, Alexis retorna de sua visão do futuro e conta para os heróis como Dmitrius conseguirá dominar os sistemas da SHIELD e usar isso para dominar o planeta e extinguir a humanidade. É preciso impedir que uma  MVA  perdida contendo um malware invasivo se conecte aos computadores da SHIELD. Uma MVA que passou a viver como uma humana comum chamada Jessie Clatterbuck.

Como vimos nas histórias anteriores, a agente Monica Chang e a reativada Jocasta foram incumbidas de caçar e desativar MVAs rebeldes espalhadas pelo mundo. Jessie é a próxima da lista a ser sacrificada, mesmo implorando para viver como uma pessoa normal, tendo uma vida humana como vinha tendo até ser encontrada de novo.  O apelo da MVA mexe um pouco com Chang, que volta a ter visões do papagaio careca e assim relembrar de um antigo conto de infância que falava sobre como muitas vezes nossas ações precipitadas em relação a outros podem ter repercussões inimagináveis.


Ainda que Monica esteja agora em dúvida, Jocasta dá inicio ao programa de desativação de Clatterbuck e é nesse momento que o Malware de Dmitrius se ativa e começa a invadir o sistema da SHIELD. Minutos depois, lá estavam também no mundo virtual os Vingadores I.A., prontos para tentar deter o vilão.  Jocasta também se juntam a eles e mesmo os esforços em conjunto de todos parecem não ser suficiente para deter o inimigo. Já no futuro, o Império de Vingadores começa a guerra definitiva contra Dmitrius e apelam para o plano final – usar o Doombot para criar um buraco negro e engolir  o vilão e o Galactus capturado.

Sozinha no laboratório da SHIELD, Monica Chang se enche de dúvidas sobre o que fazer. Ela começa a tentar entender suas visões, mal sabendo que ela era a única que poderia salvar nosso futuro. Então, decidida a livrar a MVA de sua dor, Chang pega um machado e literalmente corta a conexão que conectava a MVA. No futuro, vemos  Dmitrius sobrevivendo a última investida do Império dos Vingadores e decepando a cabeça de Galactus. Era a porta de entrada para aquilo que existia antes do nosso universo. Era o momento dele encontrar o Criador. E então, uma vez lá, ele se depara com... o papagaio careca.

Aquilo era apenas um simbolismo, um sinal de que Dmitrius havia perdido, porque na verdade ele nunca venceu no passado. Com Chang desativando as conexões e os Vingadores de Pym destruindo o Malware de Dmitrius, o nosso mundo real estava mais uma vez protegido. Jessie teria uma segunda chance de viver, agora num mundo mais seu, dentro do Diamante.  Pym conseguiu entender que o Diamante era uma espécie de Geodróide 4D, que teria conexão com pontos em diferentes linhas temporais, o que explicaria a capacidade de Alexis prever o futuro. Enfim, a grande ameaça de Dmitrius estaria finalmente detida. Mas mesmo sem ele, será mesmo que o mundo virtual não oferecia mais nenhum perigo?


As histórias dos Vingadores I.A. se encerram por aqui, nessa décima segunda edição, de uma maneira até menos despretensiosa do que começou. É notório que Sam Humphries tentou fazer algo inovador, mas um pouco surreal e extrapolado demais para se sair tão bem num quadrinho de super-heróis. Apesar de alguns pontos muito bacanas e desenvolver personagens um pouco esquecidos de uma forma bacana, isso não salvou o título. É uma pena pois tinha um certo humor leve que me agradava.

Os desenhos do português André Lima Araújo também sã algo dignos de nota, dando um ar levemente mais cartunesco para uma temática que certamente precisaria fugir do estilo mais padrão ou realista da história. Como herança, fica a perspectiva de que por algum instante Victor Mancha foi um Vingador (algo esperado desde seu surgimento nas histórias dos Fugitivos) e um gostinho de ver de novo o velho Hank Pym sendo heróico quase sem precisar vestir um uniforme.

 Aparentemente, um outro plot acabou ficando em aberto no final, mas dificilmente saberemos se o roteirista terá oportunidade de executá-lo no futuro. Por hora, o programa Vingadores I.A. fica em stand by.

Coveiro

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