segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Espetaculares X-Men e Homem-Aranha: Esse dia foi louco


Em uma loja de conveniência, Bobby Drake, o Homem de Gelo e Angélica Jones, a Flama, última "aquisição" dos X-Men, encaram uma lista de mantimentos para a Escola Jean Grey para Estudos Avançados. Para chegar no local, eles pegaram emprestado um carro de Wolverine. Ao terminarem as compras, o casal encontra um bebê no lado de fora, aparentemente abandonado. Subitamente, o Homem-Aranha aparece e ordena que o bebê seja entregue a ele. O que está realmente acontecendo? De quem é este bebê e por que o Amigão da Vizinhança está tão interessado nele? É o que veremos a seguir na história escrita por Kathryn Immonen e desenhada por Paco Medina, publicada em Amazing X-Men #7 nos EUA e aqui no Brasil em X-Men Extra #17 pela Panini.

O casal está muito reticente em atender ao Aracnídeo. Seu comportamento durante a fase "Superior" não faz com que ele seja exatamente querido na comunidade super-heroica. Ele conta ao casal que esteve sob controle mental de um vilão e acrescenta que o neném que ambos encontraram não é humano. Para prová-lo, ele cutuca o bebê e seu verdadeiro aspecto se revela, o que causa um tremendo susto.


Bobby consegue acalmar o bebê lhe dando alguns "porcaritos" para comer, sob protestos de Angie. Tão rápido como chegou, o Homem-Aranha se retira e leva o bebê consigo, despedindo-se com uma frase enigmática: "Menos de uma hora pro pontapé inicial". Os dois X-Men não entendem nada e partem ao encalço dele. Eles conseguem pará-lo utilizando de maneira conjunta os seus poderes e pedem as devidas explicações. Relutantemente, o Aranha começa a dá-las. 

O herói esteve fora de casa e encontrou o neném ao retornar. Seu objetivo é levá-lo para fazer uma troca por algo que ele não menciona diretamente o que é. Pressionado a dar mais detalhes, o Aranha revela que se trata da mascote de um time, um bode, que foi sequestrado pelos pais da criança por ter sido confundido com um "importante terráqueo". O Aranha precisa reavê-la, pois ela foi deixada anteriormente sob seus cuidados num local de "vigilância pesada". Mas isso precisa ser feito antes que o jogo comece daqui a pouco. 

Bobby interrompe a conversa dizendo que o bebê precisa trocar a fralda e começa a abri-la. O resultado é catastrófico.



Então, os heróis partem para devolver o bebê aos seus pais. Eles se aproximam do zoológico e encontram lá uma gigantesca nave especial. "Isso é sua ideia de vigilância pesada?", questiona Angie ao Aracnídeo. "Eu o escondi bem à vista de todos, mas talvez tenha me esquecido de tirar a coleira de mascote super-chamativa dele."

A nave lança uma rampa e alguns extra-terrestres começam a descer por ela. O Aranha toma a iniciativa e propõe a troca "pura e simples" pelo bode. O neném começa a chorar de repente, o que pode por tudo a perder. O Aracnídeo pede pra que um garoto lance pra ele um pacote de "chips" e o neném a agarra em pleno voo e se dirige para o colo de seus pais.



Com tudo resolvido, os dois X-Men retornam para a EJG com as compras e devolvem o carro de Wolverine. Ele sente um cheiro estranho e abre o porta-malas do veículo, com um resultado catastrófico para todos os envolvidos.


A história escrita por Kathryn Immonen é uma singela homenagem a um desenho animado da década de 80, "Homem-Aranha e seus Incríveis Amigos". O curioso é que seus três protagonistas nunca haviam aparecido juntos nos quadrinhos. A abertura do desenho pode ser vista logo abaixo:



Eu gosto de histórias mais curtas e despretensiosas, mas acho que esta poderia ter sido desenvolvida em pelo menos dois capítulos, alternando os títulos. Não ficou claro para mim como o Aracnídeo descobriu quem havia sequestrado o bode e como o bebê estava relacionado a isso. Só posso supor que ele agiu por mero palpite ao avistar uma nave espacial e um bebê igualmente desconhecidos. Apesar disso, a interação entre os personagens foi o ponto forte da história, com diálogos bem sacados.

Paco Medina fez um ótimo trabalho nos desenhos e na narrativa, mesmo numa história que poderia ter rendido mais.

C@rlos

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