X-Men: Laços Hereditários

Após resistirem ao confronto contra os Filhos da Câmara, os X-Men liderados por Vampira (que se mostrou uma líder audaciosa ao bater de frente com Ciclope) têm duas missões. Encontrar a pessoa ou pessoas que seqüestraram as já resgatadas Lady Mental e Sentinela Ômega e que atende pelo nome de Pan e descobrir como recuperar Estrela Polar e Aurora, antigos aliados transformados em oponentes. Em X-Men 74, na história publicada em X-Men Annual 1 (por Mike Carey e Mark Brooks), buscando resolver primeiro o problema dos irmãos canadenses, o grupo se dirigem à SHIELD, ainda dirigida por Maria Hill, pedindo ajuda na solução. Porém, essa visita trará muito mais do que se imaginava.

Para começo de conversa vemos um adormecido Exodus, ex-acólito de Magneto, revivendo momentos de sua longínqua vida na França Medieval e sob a autoridade do mutante magnético. A lembrança do fracasso com os acólitos o desperta. Enquanto isso, explicando a situação à Hill, Vampira diz que só precisa dos equipamentos que a SHIELD antes usara para tentar reparar o que a Hidra fez com Jean-Paul para, rememorando todas as lembranças dos irmãos, trazê-los de volta ao normal. Sem paciência, a diretora praticamente fala para eles usarem e não encherem mais o saco.


Depois de mais uma tentativa mal sucedida de Mística em se aproximar de Vampira, dizendo ter entrado nos X-Men por causa dela, a ex-vilã considera sair da equipe se sua presença é tão incômoda. Em seguida, Cable prepara todos os equipamentos, dizendo que em um dia eles reviveriam 20 anos, e acompanhamos um divertido flashback com uma montagem de imagens antigas da Tropa Alfa, além de outros momentos cruciais na vida dos irmãos. A homossexualidade de Jean-Paul e a esquizofrenia de Jeanne-Marie.


Na sala de controle do Aeroporta-aviões o que parece o ataque de uma estranha aeronave, sem motor e sem armas, que, se desviando dos mecanismos de segurança, acaba se espatifando nos escudos da base da SHIELD. Quando os agentes crêem no sucesso da defesa, algo inesperado. De dentro do silo de mísseis surge Random, sumido das HQs há muito tempo. Em seguida, Exodus, acompanhado de Tempo e Frenesi, adentra a sala e incapacitam os agentes. Random parece preocupado com o bem estar dos oponentes, posição não compartilhada pelo líder da ação. Ele sabe que os X-Men estão ali, e pretende usa-los para atingir seus objetivos.


De volta à sala onde a memória dos irmãos Beaubier é restaurada, o ataque é percebido por Cable, mas não a tempo. Uma explosão advinda dos bancos de memória desperta os irmãos, que, com as memórias fundidas e extremamente confusos, partem de lá em disparada.


Enquanto Hill toma as medidas de segurança necessárias, acaba interrompida pelo convencido Exodus, que resiste facilmente aos agentes telepatas que investem contra o invasor. As ilusões messiânicas do mutante continuam, quando continua o discurso de ser, como seu nome, o caminho capaz de levar a um caminho melhor. E toma o aeroporta-aviões.

Vampira faz justiça à posição de líder e designa funções aos dois comandados disponíveis, Cable e Mística. Porém, em seguida, é derrubada pelos poderes temporais de Tempo. Frenesi a provoca, falando dos poderes “roubados” de Solaris e dela ser uma ameaça a quem considera amigo. Quando Vampira estava prestes à ser subjugada, é Mística, com uma abordagem diferente da forma tradicional dos X-Men (como quase tudo nesse grupo), que vai ao resgate de sua filha adotiva.


Cable cruza com Random, tentando convencê-lo a desistir do ataque. Este lhe explica que ele não é muito simpático aos atuais colegas, mas o que quer que estavam fazendo ali, era necessário. Questiona, inclusive, o que os X-Men estavam fazendo a respeito da Dizimação, ao que Nathan responde abrindo um rombo no adversário. Mas isso não é suficiente para segurar Random, que, imobilizando Cable diz que “ele” queria algo que o ex-mutante tinha na cabeça. Ficando a identidade desse misterioso mandante incógnita.


Longe dali, Jean-Paul e Jeanne-Marie conseguem finalmente voltar a si. Enquanto Mística não consegue derrubar a impenetrável Frenesi, os Beaubier intervêm, ajudando a arremessar a ex-acólita, com discurso parecido ao de Random, para fora do aeroporta-aviões. Pela conversa que os irmãos têm com Vampira e Mística, sua recuperação parece plena.


De volta a Exodus, ele afirma à Hill que não está ali para destruir nada. Ele lembra o limbo para o qual os X-Men o mandaram quando Xorn II consumiu membros de uma versão da Irmandade dos Mutantes no buraco negro que tinha no lugar da cabeça (não leu essa história? Sorte a sua!!), onde afirma ter vislumbrado visões reveladoras. Exodus lamenta os resultados da dizimação e procura, com equipamento similar ao cérebro que montou com peças dos dispositivos presentes no aeroporta-aviões, as crianças mutantes para recomeçar o crescimento da raça em Genosha. Surpreso com o que vê, é interrompido por Random, Tempo e os X-Men, acaba questionado por Cable, que diz que a informação que ele procura já era de seu conhecimento.

Não houve NENHUM nascimento de bebês mutantes desde o Dia-M! Os feitos da Feiticeira Escarlate não atingiram apenas aos mutantes, mas ao próprio gene x. Não nascem mais mutantes graças à filha enlouquecida de Magneto. Com sentimentos de revolta e decepção, Exodus prefere partir sem lutar. Pensar melhor no que fazer para reverter o que considera uma sentença de morte para a raça mutante.


Maria Hill não parece muito feliz com os estragos causados, reclama da anistia dada aos X-Men, e os faz partirem também. Agradecendo a Jean-Paul pela ajuda, Vampira se irrita quando ele diz que quem a protegeu de fato foi Mística, demonstrando ainda estar distante de um entendimento.

Em um epílogo, parecido com o do tenebroso arco Sangue de Apocalipse, Exodus e seus acólitos vão até a Antártica, onde o líder do grupo se encontra com uma figura “sinistra” nas sombras. Dizendo saber como sua raça será salva, exige a fidelidade do mutante em troca do prometido.


A busca pelo nascimento de novos mutantes para a reconstrução da raça estão longe de terminar.


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