Seria um dia tipico para o herói amigão da vizinhança. Se balançando pela maior cidade dos EUA, resolvendo as grandes confusões, salvado vidas e fugindo da policia local. O único detalhe é que nessa história, tudo começa em 2099 e a cidade agora chama-se Nueva York. Estamos num futuro onde o Homem-Aranha é Miguel O’Hara e mais uma vez a maligna corporação Alchemax está envolvida em algo que pode por um fim naquela era.
Miguel reconhece de longe as energias cronais que vazam da Alchemax. Ao se aproximar como Homem-Aranha encontra aviões da segunda guerra e tiranossauros famintos. Mais perto do centro do problema, o mesmo topa com Tyler Stone, o pérfido dono da Alchemax que esta simplesmente desaparecendo. Ao que parece, algo aconteceu na Era Heróica que esta comprometendo a vida de Stone (e consequentemente de seu ilegítimo bastardo, Miguel O’Hara). Essa é a deixa pra o Homem-Aranha do futuro invadir nosso presente e resolver esse problema temporal.
Já em 2014, o nosso Homem-Aranha Superior tem já seus próprios problemas. A empresa para qual trabalha, os Laboratorios Horizontes, foi vendido para a Liz Allen (ex-esposa de Harry Osborn) e seu dono anterior, Max Modell esta sendo preso pelo FBI por diversos experimentos que foram considerados ilegais e perigosos. Para piorar, o pérfido ex-funcionario Tiberius Stone está assumindo como novo chefe de pesquisas do lugar e quer se apropriar de todos os experimentos dos empregados da Horizonte. E isso é uma coisa que Otto Octavius não irá permitir.
Mas não é só Otto que está preocupado com o desenrolar dessas coisas. Os demais funcionários da Horizonte querem de algum jeito provar que foi o desleal Tiberius Stone o responsável por muitas sabotagens realizadas ali. Para tal, Grady pretende usar seu portal do tempo e tirar fotos da sabotagem de Stone no passado. O que ele não esperava é que ao ligar a sua máquina saísse de lá o Homem-aranha do futuro.
Miguel não perde tempo, sabe que tem que partir direto para salvar a vida de seu antepassado dali. E com isso acaba batendo de frente com o Homem-Aranha Superior, que também queria a cabeça de Tiberius na sua mão. Mas essa briga entre os heróis do passado e do futuro mal teve chance de acontecer. Stone usou literalmente um ás na manga, ligando um aparelho que afetava o sentido de Aranha de Otto e isso quase custou a vida do pequeno Normie Osborn, se não fosse pela providencial ajudinha do Aranha do Futuro. Com isso, Liz Allen estava cada vez mais determinada de por um fim ao Laboratório Horizonte.
Já Miguel raptou seu antepassado Tiberius Stone, que prontamente percebeu que ele estava ali para garantir que viveria. Com essa certeza de que o Homem-Aranha 2099 estaria lá para garantir sua segurança, o homem certamente tiraria proveito disso. Para entender melhor o que de fato aconteceu naquela linha do tempo, Miguel conseguiu baixar o aplicativo holográfico Lyla do futuro em seu comunicador e pesquisou a relação entre a Alchemax e o Horizontes.
Falando no Laboratorio Horizonte, Grady acabou realmente indo para o passado e conseguindo a prova que precisava. Todavia, essa nova viagem no tempo mais uma vez comprometeu o equilibro das coisas. O Homem-Aranha do futuro chegou no tempo certo para ajeitar as coisas, mas nossa versão Superior do presente também apareceu de cara desferindo um soco no seu outro alterego e colocando-o a nocaute. Uma bomba cronológica estava prestes a destruir tudo e parece que agora ninguém conseguiria resolver desta vez: Miguel estava desacordado; Otto apagou as lembranças do Peter e com isso as equações que conheciam sobre aquela máquina. E Tiberius Stone estava recusando ajudar. Parecia ser o fim do ano 2099 até que no ultimo instante a mente brilhante de Octavius resolveu a equação... ou assim ele pensava.
A bomba cronológica explodiu e levou o Horizontes por completo. Todavia, Tyler Stone continuava a existir em 2099 e apenas uma nova linha temporal se sobrepôs a anterior. Aproveitando o momento, Stone deu fim a maquina temporal prendendo Miguel O’Hara para sempre no passado. Já o Homem-Aranha Superior simplesmente sumiu, mas graças a uma ultima ação de Grady, foi trazido mais uma vez ao presente. Todavia, sabe-se lá onde esteve nesses poucos minutos fora.
Por fim, pequenos interlúdios e epílogos preenchem essa história. Com intenções pouco claras para confundir o Homem-Aranha Superior, o Duende Verde se disfarça de Duende Macabro pela cidade e causa certo terror por onde passa. Aparição e Carlie Cooper continuam sua missão de saber mais sobre a nova vida misteriosa do Homem-Aranha e acaba descobrindo que as contas do herói agora são pagas por rendimentos no exterior de Otto Gunther Octavius. Mary Jane dá um telefonema pra Peter (Otto, na verdade) pontuando de vez o fim da amizade entre os dois. Max Modell se vê livre das acusações do FBI, mas precisa desistir de Nova York. Ele parte com alguns colegas da extinta Horizonte num barco para outras paragens. E Miguel O’Hara, agora preso em 2014, se candidata a vaga de secretario do jovem Tiberius Stone (seu futuro avô), que acaba de fundar a Alchemax neste ano.
Realmente, muita coisa para apenas um arco de três edições. Rever Miguel O’Hara é sempre bom e saber que ele vai estar por aí rodando por um bom tempo é animador. Essa idéia de ele estar completamente envolvido na criação da empresa que sempre lutou no futuro é uma daqueles paradoxos bacanas que o roteirista Dan Slott foi muito sagaz em colocar. E para quem ainda não sabe, esse é o primeiro passo para uma futura revista do personagem que volta (provavelmente ano que vem aqui no Brasil) sob a batuta de Peter David. Já na parte que envolve o Otto, tivemos uma série de interlúdios a serem trabalhados e que se mostram bem interessantes para complicar a vida do bom Doutor. Vamos ver o que se reserva para ele na próxima edição.
Coveiro
