quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Teia do Homem-Aranha Superior: A Ultima Balada do Agente Venom


A Filadélfia ganhou um novo protetor e – acredite se quiser – ele é o Venom.  Foi uma mudança drástica na vida de Flash Thompson. Deixou os Vingadores Secretos, separou-se de Betty, largou Nova York. Agora, ele atende como professor de educação física num colégio de dia e a noite persegue a vilania da cidade. E depois de resolver um contratempo com Eddie Brock (agora, o hospedeiro do Toxina), ele terá que lidar com uma gangue que trafica mulheres.

Dada noite em sua vigila, Venom acabou se deparando com um trio inusitado de mercenários – Escudo Letal, Arco Farpado e Aranha Sangreta – praticamente versões distorcidas dos análogos Vingadores. Mas eles não eram os únicos atrás de Venom. O constritor e o Lorde Letal também estavam em seu encalço. Era claro que o dono da gangue local, o Lorde Ogro, queria mesmo a cabeça de Thompson, mas ele também tem que lidar com a pressão da sua amiga repórter  Katy Kiernan e da jovem vizinha Andi, ambas não largando do seu pé e bem próximas de descobrir seus segredos.   E o próximo mercenário da lista contratado pelo vilão era um já bem conhecido inimigo de Flash, o Halloween.

Para lidar com esse novo jogo, Venom precisava de um suporte. E é aí que entrou Katy Kiernan, abusando de seus contatos na cidade para fornecer armas e informações antecipadas sobre o Lorde Ogro. Mas uma coisa que o nosso herói não esperava era que o Halloween se antecipasse e fosse parar justamente no prédio onde Flash mora. E ali mesmo encontrou sua refém, a menina Andi.

Eugene Thompson conseguiu chegar a tempo para salvar a garota, mas já havia uma vítima no rastro do Halloween, o pai de Andi. Já a menina acabou só saindo inteira dali por ação do próprio simbionte. De uma maneira como poucas vezes aconteceu, o alien negro se dividiu e englobou Andi. Dali, surgiu uma nova criatura chamada MANIA. Alimentada pelos sentimentos de ódio da criança, o simbionte se aderiu firme nela e a estimulou num ataque arrasador ao Halloween. Derrotado, o Agente Venom impediu que Mania matasse o vilão e o desmascarou. Aquele não era o mesmo Halloween, mas um prisioneiro qualquer que teve acesso as coisas do psicopata e acabou sendo hipnotizado assim que teve acesso ao arsenal do mesmo. A surpresa da descoberta distraiu os dois simbiontes e o novo Halloween conseguiu seu momento para fugir dali.


E naquela mesma noite, o Agente Venom e sua parceira partiram pela Filadelfia para caçar de vez os mercenários que invadiram a cidade – Constritor, Lorde Letal e tantos outros foram capturados e deixados para a polícia resolver. E isso colocaria o Lorde Ogro na linha, temporariamente.

Mas ainda havia algo a ser resolvido na vida do Agente Venom agora que seu simbionte se dividiu em dois agora. Seus sonhos diabólicos ainda o perturbavam toda noite e casos estranhos de homens fisionomicamente similares a Damien Hellstrom com o corpo rasgado na região onde antes haveria um pentagrama chamaram sua atenção. O verdadeiro Filho do Satã ainda estava bem vivo e preso desde sua última rixa com Venom. Numa rápida visita a prisão, Thompson tenta tirar suas duvidas e acaba saindo com mais delas. Ao que parece, a marca do demônio que ele possuía sumiu.

Enquanto isso, na Filadélfia, Mania continuava a confrontar sozinha o Lorde Ogro e seus homens. Todavia, numa dessas, acabou sendo atacada por Ossos Cruzados e sua seita satânica. Com dois inimigos em comum agindo de cada lado, a curta vida heroica de Mania iria durar muito pouco se não fosse pela chegada providencial de seu agora tutor, o agente Venom.

A marca do demônio agora esta com a menina Andi, de alguma forma, e Ossos Cruzados não iria sair de lá sem ela. Para tal, ele trouxe o Mestre Tumulto que convocou uma horda de seus demônios para pegar a garota. O que o vilão não contava é que seus demônios acabariam obedecendo a Mania e virando a casaca. Foi a deixa para que Venom e sua  aprendiz fugissem dali.

Mais tarde, seguindo algumas pistas, Venom e Mania foram até New Jersey resolver de vez essa questão da Marca do Demonio (onde mais seria?). Num cassino abandonado, eles tiveram uma entrevista com Mephisto. O demônio explicou todos os últimos eventos que levaram ao “nascimento” de Mania. Ela nada mais era que o clone do simbionte que o mesmo absorveu aventuras atrás. E curiosamente, ele largou nesse novo pedaço a Marca do Demonio. Sim, quem fez o pacto com Mefisto foi o simbionte afinal e não o Venom. Assim, ele se livrou do karma ao deixa-lo com seu “resto”.


As respostas que Venom queria tiveram que esperar por mais um dia ainda. A conversa com Mephisto foi interrompiada pela chegada do Ossos Cruzados e seu bando. Mais uma vez, forças demoníacas foram convocadas, mas Venom e Mania tinham Mephisto ao seu lado agora. O Demonio convocou os Monstros do Terror (as mesmas criaturas criadas por Hellstrom) para ajudar a dupla de simbiontes. Graças a marca do Demonio, Mania poderia controlar os monstros e a vitória era certa. Ossos Cruzados, Mestre Tumulto e os demais tiveram que agir. No final de tudo, Mephisto partiu sem ajudar muito na questão do demônio que possuía o simbionte da menina e Flash Thompson, que nunca pensou em ser pai devido a infância que teve, tinha ali uma responsabilidade bem parecida com isso agora.

É assim é chegado o momento da Teia do Homem-Aranha Superior se despedir do Agente Venom, uma revista bastante promissora que acabou se perdendo um pouco ao final. É claro que podemos atribuir muito disso a saída de Remender do título e Cullen Bunn assumindo. Mas ainda assim, há de se destacar bastante o estabelecimento do personagem como um herói definitivo agora  (no passado, década de 90, já havia se tentado colocar Venom como uma espécie de anti-herói sem muito sucesso).

A revista acaba se encerrando em seu número 42 com muitas resoluções corridas de plots que foram abertos no decorrer de seus três anos, mas acaba deixando um ar de nova coisa no ar que acaba não tendo muita continuidade. O personagem aparece ainda para aquele que acompanham Universo Marvel nas histórias dos Thunderbolts, mas todo o plot relacionado a Mania fica esquecido. No geral, não seria justo dizer que foram histórias ruins nesta conclusão, mas é fato que havia potencial pra algo bem melhor. Para os fãs que o personagem criou, fica a expectativa para sua volta em histórias solo no futuro.

Coveiro

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