terça-feira, 14 de outubro de 2014

Deadpool: A Mercenária, o Pentelho, o Pulguento e a Cabeça

* ATENÇÃO! ESSA EDIÇÃO TEM DESENHOS DE ROB LIEFELD



Se um Deadpool já incomodava muita gente, imagine quatro e uma cabeça! E estou literalmente falando disto. Numa empreitada épica e non-sense, o escritor Victor Ginsher resolveu que era hora do Deadpool ter seu próprio esquadrão para uma missão antologica... formado apenas por Deadpools. Na edição 6 do especial do Mercenário Tagarela por aqui, finalmente temos o préludio da Tropa Deadpool.

Dividido em cinco partes, basicamente cada capítulo traz uma breve introdução da nova versão alternativa do Deadpool a ser convocada com arte de um desenhista renomado. E o primeiro a entrar no samba é o criador do personagem - ROB LIEFELD! Desta vez, voltamos com Wanda Wilson, a Mercenária Tagarela, que vimos pela primeira vez anos atrás nas primeiras histórias do Ginsher com o personagem. Ela continua combatendo o Coronel America (que perdeu o braço pro Deadpool) em favor dos Rebeldes até que ela recebe a visitinha do Deadpool original convocando-a. Ela aceita de cara. Já o Coronel America acaba perdendo uma perna desta vez.

Na segunda história, é a vez do Deadpool Kid, uma criança rebelde que está matriculada por obrigação do governo no orfanato para crianças problemáticas do Professor Xavier. Aqui, o conteudo do roteiro sobe alguns pontos de nível. Dá para arrancar algumas risadas com o Bullying em cima do Scott Summers, que como é todo certinho acaba sendo um parceiro inusitado do Deadpool para escapar da detenção. A idéia de colocar o Xavier tentando dar um tapa no seu visual careca pra conquistar a Emma Frost também é legal. Mas o mais divertido é ver o Whilce Portacio criando sua propria versão mirim da galera. Ficou dez!

O terceiro conto é meu preferido, com o Dogpool, desenhado por Phillip Bond. Imagine um daqueles cachorros problema que acabou tendo o fim fatidico de virar cobaia pra criação de cósmeticos. Só que dessa vez, o experimento foi de mal a pior e ele virou um cachorro imorríveL (Existe a palavra? Se não, inventei só porque ficou sonoro!). Descartado inicialmente pelo laboratorio, Dogpool acaba virando atração de circo até que mais uma vez é descoberto pelos seus inescrupulosos criadores. O legal da história é a arte simplista com aquele roteiro escrachado cheio de humor negro e com gosto de material independente.


Por fim, o quarto convocado é a cabeça zumbi, velho conhecido dos leitores de Deadpool. Mais uma vez, lá está ela flutuando em alto mar quando é resgatada. Um dos marinheiros do barco a reconhece da aventura passada e já acha que ali é encrenca. O Capitão do navio já prefere tirar proveito e levá-la para o médico insano Dr. Killcraven, um cientista caçador que vive em sua própria ilha. É então o momento que o Deadpool origina vai resgatar o velho companheiro, acaba tirando uma casquinha com a filha do cientista e ainda dá um jeito de deixar a cabeça zumbi independente (com direito a helice e tudo). A arte aqui é do sempre genial Paco Medina.

Então, pra fechar, temos a cereja do bolo, a história que explica porque essa Tropa de Deadpool foi reunida. Ao que parece, o multiverso deve ser salvo por pessoas de mente muito pertubada pra conseguir aguentar o que vem por aí. Então, dois anciões resolveram apostar quem seriam os melhores indicados. O Contemplador escolheu os Deadpools. O Grão-Mestre optou por versões robôs malucas e uns ursinhos coloridos de outro planeta. Enfim, o resultado é obvio deu Deadpool - Como não poderia dar? Mas o vencedor mesmo foi você de ter aguentado até aqui. Os desenhos da última história são uma abominação feita em arte digital assinada por um tal Kyle Baker.



E taí, esse é só o começo das aventuras de Tito, Pouca Sombra, Capeto e Peitão. Sim, esses são os apelidos-codinomes respectivos das versões alternativas do personagem. Se você não comprou, aconselho a refletir pesarosamente sobre o assunto. Mas se você é fã do personagem ou do Liefeld, vai me ignorar e comprar do mesmo jeito. E se você gostou, pode ter certeza que ainda vem mais por aí e espero que o roteiro melhore. Como diria o nobre deputado Francisco Everardo Oliveira Silva, pior do que tá não fica!

Coveiro

PS: Porque sobra pra mim resenhar história assim? E com o Liefeld??

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