terça-feira, 4 de outubro de 2011

Thunderbolts: Heroísmo inesperado

Thunderbolts #144

Passado o primeiro teste real da nova encarnação dos Thunderbolts, sem vermos nenhuma baixa e tentando nos acostumar e entender como seus novos integrantes podem se relacionar, acompanhamos em Universo Marvel 16 e 17 uma maior integração (e tensão) do grupo com os asgardianos, pois em meio aos trolls que combatiam, encontraram uma menina, que age como eles. Chamando-a de Gunna, Valquíria tenta leva-la, mas devido ao que ela e as criaturas fizeram, seu lugar é na Balsa, sob responsabilidade dos T-Bolts. E não há muito tempo para respirar, pois novas missões e provações surgem para eles.

Essas duas edições são interessantes, em primeiro lugar, para vermos o quanto Luke Cage luta para ser um bom líder e coordenador de equipe, nitidamente confiando em Soprano como uma de suas garantias de coesão da equipe. O mesmo não se pode falar dos membros mais “problemáticos”, especialmente Ossos Cruzados e o Fanático. Uma nova chance é dada a eles (e ao programa Thunderbolts) na nova missão, que é investigar uma fonte de cristais terrígenos na Nova Guiné; os mesmos que dão poderes aos Inumanos. Depois que uma equipe da ONU foi até lá, nunca mais retornou, assim como os agentes da SHIELD que foram antes desses.

Thunderbolts: Nova Era Heróica

A missão é simples, mas, claro, não tanto quanto parece. Chegando lá, até o Homem-Coisa decide seguir até dentro da caverna, onde Luke ainda tem dificuldade de coordenar indivíduos totalmente indisciplinados. Logo os vários corpos dos agentes são encontrados, estranhamente envelhecidos, ocos, tudo próximo a uma alta concentração dos cristais. O Fantasma percebe que foram contaminados por urânio, fazendo com que seus efeitos fossem imprevisíveis.

Sem ter muito tempo em pensar no risco de contaminação, uma massa biológica amorfa ataca primeiro Mach-V, e depois todos os T-Bolts. O Fantasma deduz que aqueles são os agentes que morreram, ou aquilo no que se tornaram devido à exposição prolongada aos gases. Com quase todos rapidamente incapacitados, cabe ao Fantasma (controlando a armadura do Mach-V), ao Homem-Coisa e ao Ossos Cruzados salvar o grupo. Nada promissor.

Thunderbolts: Nova Era Heróica

Fica nítido que eles lutam mais pelas próprias vidas (talvez não dê para falar isso do Homem-Coisa), mas é a chance que o roteirista Jeff Parker tem de desenvolver um pouco a personalidade dos três personagens.

Thunderbolts: Nova Era Heróica

E são eles que garantem tempo para que os outros T-Bolts se recuperem e voltem ao confronto. Com o monstro morto, resta apenas aguardarmos o que acontecerá com Ossos Cruzados, que acaba exposto à radiação dos cristais, omitindo o fato de todos.

Mal tem tempo de reconhecer as boas ações de seus mais problemáticos comandados, Luke tem que lidar com outro problema: a visita dos alunos da Academia de Vingadores, liderados pelo “professor” Hank Pym, o Vespa. Mas o resultado não veremos nessa revista, mas nas histórias do jovem grupo. Inclusive sua relação com o que acontece em seguida.

Não demora e mais um problema se apresenta, quando um blackout atinge a Balsa, levando a uma rebelião das duas alas de prisioneiros. Diante de uma reação para lá de badass do diretor John Walker, do heroísmo de Gunna, que salva Soprano (para tristeza de Rocha Lunar), do breve reencontro de Luke com o Homem Púrpura, o que chama mais atenção é o comprometimento do Fanático, que age para debelar a rebelião. Nessa hora a qualidade do desenhista Kev Walker fica evidente.

Thunderbolts: Nova Era Heróica

Assim, os mais novos Thunderbolts, mesmo diante da avalanche de adversidades, conseguem construir aos poucos alguns laços de confiança entre si, e de atos inesperados de heroísmo, além de uma boa reputação quanto à missão que foi dada, principalmente, a Cage e Walker.

Veremos em breve se essas conquistas sobreviverão à Terra das Sombras.


João

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