terça-feira, 7 de novembro de 2017

Kevin Feige esclarece a questão da Manopla do Infinito



Se observamos bem, praticamente todos os filmes da Marvel Studios criados nos últimos nove anos giram em torno das Jóias do Infinito. É a culminação deste tema acontece nos dois próximos filmes dos Vingadores. Todavia, havia uma pequena pendência a se resolver nessa questão. Algo sutil, visto num piscar de olhos numa cena, mas que muitos fãs fervorosos cruzaram os braços esperando por uma explicação - Afinal, quantas Manoplas do Infinito há no UCM? Thor: Ragnarok respondeu a isso e Kevin Feige comentou sobre o assunto com o Slash Film.

Quando foi exposta pela primeira vez ao público numa Comic Con, a Manopla do Infinito com as jóias é um tanto diferente da que veremos em Guerra Infinita. Na verdade, ela era mais uma adereço para instigar os fãs do que qualquer coisa. Quando a colocaram no Cofre de Odin, muita gente ficou com a pulga atrás da orelha. Como assim o maior objeto de poder reunido da Marvel estava ali a mercê de Odin? E pra piorar, porque ao final de A Era de Ultron o Thanos pega uma outra luva (sem as jóias)?

O diretor e os roteirista de Thor: Ragnarok resolveram essa questão em 2 segundos do filme. Quando Hela entra no cofre secreto de Odin, desmerece a coleção do Pai de Todos acusando que boa parte ali são réplicas ou itens falsos. Ela derruba a manopla como se fosse um objeto de decoração qualquer. E isso faz todo o sentido. Se Odin realmente estivesse de posse de todas as gemas reunidas, ele não precisaria mais nunca se preocupar com as mais recentes ameaças de Asgard. Ele mesmo estaria em outro patamar. Fora isso, em outros filmes, Sif e Volstagg já haviam colocado que para segurança do universo, era bom que nunca duas jóias do infinito estivessem de posse de um mesmo dono. Foi assim que a Jóia de Realidade foi parar nas mãos do Colecionador.




A cena de Thor: Ragnarok em si era desnecessária. Aquela manopla era apenas um easter-egg parcamente visualizado em uma cena apenas no corte do filme que foi aos cinemas (ver acima). Era apenas uma alegoria pra agradar aos fãs (um geninho perdido no meio do desenho). Mas na base de fãs muitas vezes é necessário por todos os pontos nos "i" para diminuir eventuais pedras no telhado. E Kevin Feige explicou ao SlashFilm como veio a ideia de colocar isso no terceiro filme do Thor:

"Voltando todo o caminho até a Fase 1, onde a Guerra Infinita era apenas um brilho no fundo dos nossos olhos, estávamos já trabalhando nos Vingadores e tentando juntar tudo para a conclusão da Fase 1. E aquela era apenas uma única cena. Um única cena com ela no fundo" disse o Presidente da Marvel Studios. "E bem rápido, dentro dos dois anos seguintes, nós pensávamos "Bem, definitivamente aquela não pode ser a manopla. A Manopla não pode estar lá. Então, já tinhamos bolado internamente uma teoria Marvel de que ela era falsa. Aquele Odin que você viu nos outros filmes e que eu acho que é um bom pai. Bem, ele é um pai okay. Meio que forjou aquela rivalidade".

"Como descobrimos no filme, ele baniu sua filha primogênita porque ele meio que já tinha conquistado o que queria, estava no topo dos nove reinos. E estava como que pensando "Oh, isso é muito violento". E Hela retrucou "Grato por ter tudo, envergonhado de como conquistou". E vemos num mural no filme uma história nada bonita de como Asgard conseguiu todo aquele ouro. Odin tinha já um histórico de fazer o que queria pra manter o poder. E voltando atrás, provavelmente depois de cinco anos, começamos a pensar em meio a nosso grupo criativo que "Bem, aquela era uma manopla falsa. Porque , se os Asgardianos sabiam que tinham algo de tamanho poder ali, eles poderiam teoricamente arrasar Asgard e o que fosse com um, citando os quadrinhos, estalar de dedos. Eles poderiam questionar a habilidade de Odin em protegê-los" afirmou.

"Então, Odin colocou algo falso e prosseguiu. "Olha, está tudo bem. Eu a tenho. Está bem, está em nosso cofre, não se preocupem. E isso até a Hela ir até lá. Foi divertido voltar aquele cofre, por sinal, desde o primeiro Thor. Foi a oportunidade de voltar até lá só pra dizer que era falso. Então para as pessoas agora, assim como para os que trabalham na Marvel Studios, que estavam prestando atenção, isso era responder a questão. E para as pessoas que sequer sabiam da existência daquela Manopla fora de foco que aparece no fundo de um cenário de Thor 1, apenas denota o conhecimento dela sobre as coisas de Odin e como ela deprecia o jeito que ele lidava com as coisas agora que não mais buscava o verdadeiro poder que está na superfície".

Agora, o campo está completamente livre pros Russo trabalharem sua história para as jóias do Infinito. Só atualizando os leitores da última localização de cada uma delas segundo os filmes do UCM, temos a Jóia da Mente atada a testa do Visão, a Jóia do Espaço ainda presa no Tesseract que estava no Cofre de Odin mas provavelmente foi levada por Loki, a Jóia da Realidade fazendo parte da Coleção de Tivan em Luganenhum e a Jóia do Tempo guardada por Wong no Tibet. A Jóia da Alma é a única ainda não localizada.

Coveiro

comments powered by Disqus