terça-feira, 1 de novembro de 2011

Shane Black fala sobre Homem de Ferro 3

Shane Black, diretor do terceiro filme do Homem de Ferro, falou sobre a produção na “Long Beach Comic Con” com muito humor e algumas boas notícias para os fãs do herói.

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Primeiro devo dizer que adorei a postura que o diretor adotou de não querer revelar muito sobre a história do filme. Ele até usa a frase “Você quer saber agora o que acontece quando morrer?? Você vai saber quando morrer, espere até lá”. Portanto, ele não revelou muitos detalhes, mas várias pequenas coisas que não entregam o suspense:

Black disse que terão citações do filme dos Vingadores, mas que não será algo principal, ele quer fazer um filme sobre Tony Stark. E, como todos, considera Robert Downey Jr. O melhor para o papel, já que é um pouco Tony ele mesmo. Aliás, foi o próprio Robert que escolheu o diretor depois da saída de Jon Favreau, que Shane comentou não saber detalhes e considerar apenas que Jon tivesse suas coisas pra fazer. Shane esteve um pouco envolvido no primeiro filme da franquia quando procurado por Downey e Favreau para ajuda-los. Inclusive, ele disse que quer Jon de volta como Happy Hogan, o que eu acho que seria incrível.

Falando em retornos, Gwyneth Paltrow e Don Cheadle estão certos nos papéis de Pepper Pots e Rhoades. E, quando perguntado sobre a Viúva Negra, apenas fez uma piada sobre ver se estava ali no roteiro. Como ele disse, é um filme sobre Tony e eu, particularmente, preferia novas aparições que Natasha que já estará envolvida na trama de Vingadores. Bom humor foi o que não faltou ao diretor que deve imprimir (felizmente) esta marca no filme. Ele também elogiou muito o co-escritor britânico Drew Pearce (mesmo assumindo que foi uma surpresa de início ter um co-autor) e Kevin Feige, contando que o orçamento vai bem. Ele elogia fortemente Downey dizendo que escreveria pra ele qualquer dia que ele pedisse e reforça a característica cômica de improviso do ator.

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Sobre efeitos especiais, ele diz que não tem como competir com a computação gráfica hoje em dia e com certeza ela será adotada. Se preocupa apenas com atores interagindo com falta de cenários, mas não deve ser um problema, e que neste tipo de filme você só fica sabendo como ficou 2 semanas antes do lançamento, o que deve gerar uma expectativa e tanto.

Interessantemente o diretor contou que achou o final do filme do Capitão América uma bagunça e que amou Thor (o que pode nos deixar suspeitos de alguma forma) e, de resto, gosta mesmo é de animações da Pixar como “Os incríveis”. Ele também não é todo elogios para Homem de Ferro 2 e diz que achou que apesar de ter sido um sucesso de público, o filme perdeu um pouco com algumas escolhas incertas como Tony Stark não ser um herói proativo em grande parte do filme. Brincou dizendo, inclusive, que em metade do filme Tony está sentado em casa. Essa crítica é muito boa e me anima com a direção de Shane para o terceiro filme. Ele promete voltas e reviravoltas... nada de tédio!

Já no assunto vilão, Black diz que não irá revelar (já disse que gostei dele?), mas que, de fato, esse é o grande problema do Homem de Ferro: o herói nunca teve bons vilões. Quando questionado sobre Mandarim, o diretor diz que acha o personagem uma caricatura racista, o que deve ser um “não usarei ele no filme” de fato. Ele diz que veremos muito realismo e sobre o mal que existe dentro do homem, mas quando questionado sobre o tema em si, ele nega ser sobre a história “demônio da garrafa”. Para Shane é muito complicado adaptar esta parte da história do personagem porque o filme todo teria de ser sobre este tema que é um tanto complexo. Ele diz que quer fazer um filme forte, sério, sombrio, interessante e apimentado, mas que o alcoolismo não é o caminho que devem seguir.

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Ele ainda brinca em outro momento sobre qual adaptação seria dizendo que gosta daquelas que “ele é rico, tem um vilão e ele vence”. Ainda sobre algum tema, um dos espectadores pergunta se o filme se passará no natal como muitos dos filmes de Shane, e ele responde que não descartaria a ideia. Black também contou sem deixar nada vazar que leu (e releu algumas que já havia lido) muitas HQs no processo de pesquisa para a linha do filme. A única coisa que me deixa desconfiada como fã é que ele disse que a última coisa com que se preocupa são os “Easter eggs”, se bem que, de fato, não deve ser uma preocupação, mas espero que estejam lá! Além disso, confirmou a participação obrigatória de Stan Lee, mas ainda não sabe como será.

Quando Shane Black fala de forma mais geral sobre o filme deixa claro que tipo de impressão ele quer passar e que, particularmente, me agrada. Primeiramente ele diz que 10 anos atrás ninguém imaginaria um filme sobre o Homem de Ferro com um protagonista diferente do tipo super-musculoso comumente visto como herói. O diretor nos conta que olha para o primeiro filme da franquia como um “crossover” das HQs com a realidade, onde o que mais chama atenção é o próprio personagem. Black diz que quer “entrar” no que já foi montado por Favreau e brincar naquele espaço. Não simplesmente entrar lá e brincar, ele quer saber aonde vai, ou seja, ter um script bem feito onde a produção é apenas um processo de amadurecimento e enriquecimento do que já estava planejado com calma e não o centro das ideias. E se mostra feliz com o que eles já avançaram neste sentido.

Shane também comenta sobre uma nova forma de fazer filmes de quadrinhos que deve estar emergindo. Nela, o suspense supera a ação e o espectador vai se importar mais com “o que acontece com o personagem do que com o prédio atrás dele”, ele diz. Uma “vibe retrô” com um quê de 1970... esse é o tipo de filme que ele quer estar a frente.

Eu fiquei bem entusiasmada com essas declarações dele e vocês?

fonte: comicbookmovie


Cammy

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