sexta-feira, 2 de março de 2012

Justiceiro Max: The end

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Tenho que admitir: A Panini acertou. Esse talvez tenha sido o melhor jeito de acompanhar as histórias de Frank Caslte.

Após o final da finada revista Marvel Max, muitos órfãos se perguntaram em qual lugar sairia o material mais “adulto” da Casa das Ideias. Bom, alguns bons materiais acabaram rumando para a revista Marvel Terror. E o antigo carro-chefe, o Justiceiro, acabou ganhando alguns especiais. Vamos analisar o terceiro, com o nome de "Bem-Vindo ao Bayou" (termo que pode ser traduzido como pântano), que, por sinal, fecha a série Punisher Max iniciada por Garth Ennis.

A premissa é bastante simples: Castle tem uma encomenda a ser entregue em Nova Orleans (no caso, como forma de obter informações, Frank tem que trazer o primo do informante até a referida cidade). Numa parada em um posto com ares suspeito, Castle resolve investigar o local, já que, aparentemente, um grupo de jovens desapareceu ali. E nesse momento, Castle descobre uma família de canibais caipiras típicos daqueles filmes de terror americanos. Pronto, o banho de sangue está instalado. E, obviamente, Castle vai ter que por matar todo mundo.

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Aqui vemos todos os estereótipos que costumam aparecer naqueles filmes B de terror. O pai mandão, a filha louca, o primo super forte, o filho com problemas genéticos e por ai vai. Essa, talvez, seja uma boa definição para esse arco: Um tremendo de um filme-B.

Não que seja (de todo) ruim. Aliás, tem bons momentos. Mas só fica nisso: Bons momentos. Obviamente, como já disse em análise anteriores, são poucos os roteiristas que poderiam manter o nível de Ennis. Se os dois arcos anteriores ("As Meninas de Vestido Branco" e "Seis Horas para Matar") já eram inferiores, imagine esse, de longe o mais fraco de toda era pós-Ennis.

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Bom, 50% da dupla já é de conhecimento dos fãs. Goran Parlov ficou marcado por grandes arcos, como “Barracuda” e “A Longa e Fria Escuridão”. Não é um grande desenhista (minha opinião), mas sua passagem não foi ruim. O problema da equação está na parte responsável por escrever os textos: Victor Gischler.

Gischler ficou famoso por ser o atual escritor da revista X-Men e do arco “Maldição dos Mutantes”. Bom, acho que eu não preciso dizer mais nada. Se serve de consolo (não serve, mas fazer o quê), "Bem-Vindo ao Bauyou" é bem melhor que a “Maldição dos Mutantes”.

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No entanto, ainda não acabou. O especial é composto pela útlima revista da série, Punisher MAX 75, que traz pequenas histórias do Justiceiro, algumas escrita por nomes famosos. Em "Bonecas", Tom Piccirilli e Laurence Campbell mostram um pouco do lado paternal de Frank Castle. Por sua vez, Greg Hurwitz (Matador de Idiotas) e Das Pastoras (Wolverine) mostram o que aconteceu com a pessoal que ajudou a provocar o tiroteio que vitimou a família de Castle em "O Mediador". Na sequência, temos um vendedor de objetos raros, que usa sites de leilão para faturar uma grana. O problema é que tais objetos são as evidências do massacre da família Castle. "Abutres" é escrita por Duane Swierczyski (Cable) e Tomm Coker ( Demolidor Noir).

Na sequência, Goran Parlov retorna ao lado do premiado Peter Miligan (X-Táticos), prestando uma bela homenagem à passagem de Ennis pelo Justiceiro. Nessa história, cabe destacar que cada quadro representa os seguintes arcos (pág. 133 até 136): "Valley Forge, Valley Forge”, A Longa e Fria Escuridão”, “Fazedor de Viúvas” ,”Homem de Pedra”, “Barracuda”, “Os Escravistas”, “A volta Dos Que Não Foram”, “Mãe Rússia”, “Inferno irlandês”, “No Princípio”, “A Cela” e “Bem Vindo de Volta, Frank”. Com exceção de “Mãe Rússia", “Inferno Irlandês” , “No Princípio” (publicados na finada revista do Demolidor), "A Cela” (publicada em Justiceiro Anual) e "Bem-vindo de Volta, Frank”, todos os outros arcos foram publicados na finada revista Marvel Max. Por fim, Charlie Huston (Cavaleiro da Lua) e Ken Lashley mostram o Justiceiro em sua difícil batalha pela sobrevivência em “A Menor Parte”.

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Apesar do “The End” do título, a era MAX do Justiceiro não acabou. Lá fora, o título foi reiniciado, sob o comando de Jason Aaron (o multiplatinado roteirista de Wolverine) e Steve Dillon (o multiplatinado desenhista de Preacher). A série tem recebido muitos elogios. Espero que a Panini publique esses arcos, no mesmo formato que publicou “As Meninas de Vestido Branco”, “Seis Horas para matar” e “Bem-vindo ao Bayou”


Rafael Felga

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