quarta-feira, 26 de junho de 2013

Vingadores: Caça à Fênix

 photo avengers

Se uma Fênix já dava motivos para preocupação com sobra para a equipe dos Maiores Heróis da Terra, imagine cinco delas? Esse foi o resultado inesperado de uma plano de contra-ataque desesperado de Tony Stark que acabou transformando Ciclope, Emma Frost, Magia, Colossus e Namor em hospedeiros de fragmentos da Fênix (como visto na edição 3 da minissérie Vingadores vs X-Men). Agora, eles são os novos “deuses” do mundo, consertando a sua maneira os problemas do globo e deixando os Vingadores sem muitas opções sobre o que fazer.

Paralelo a minissérie, acompanhamos na revista mensal dos Vingadores algumas ações paralelas do grupo. Até então, nas últimas edições, vimos como Thor e os demais conseguiram a muito custo um fragmento da entidade cósmica para assim poder entendê-la melhor. Agora, partido para a segunda metade da saga, com tudo fora de controle, os planos começaram a se tornar mais drásticos. A começar pela história da edição 112, que traz o Hulk Vermelho tomando sozinho uma fatídica resolução – Matar Scott Summers.

Ciente de que Steve Rogers não chegaria a esse ponto, mas que no fim, como militar iria entender a sua ação, o Rulk parte sozinho para Utopia, deixando de lado sua força bruta e colocando em prática sua estratégia militar. Se infiltra na cidade apenas como o velho General Ross, armado com um rifle de longa distância. Seu objetivo, no entanto, não chega nem perto de ser alcançado. Ele é interceptado por Emma Frost, que como retaliação o obriga mentalmente a tentar se matar. Todavia, sendo um “Hulk”, já sabemos que isso é algo impossível e é aí que entra o Vermelhão. Descontrolado, ele começa a atacar tudo e se mostra um grande adversário até mesmo para os Fênix juntos. Ainda assim, as entidades cósmicas conseguem derrubá-lo e decidem devolve-lo aos demais Vingadores com uma mensagem não muito subliminar.

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Num outro tie-in da saga, dessa vez na edição 113 dos Vingadores, temos um outro estratagema em execução. Ciente de que a maioria dos planos dos heróis estavam fadados ao fracasso pela presença de muitos telepatas entre os X-Men (e falta destes nos Vingadores), eles decidem partir para eliminar tal ameaça e assim diminuir a desvantagem entre os lados. Dois são os alvos principais segundo Wolverine – Emma Frost e Rachel Summers (que como vimos recentemente, mudou de lado). Mas para ter sucesso nisso, eles precisam também de um psíquico como aliado. Wolverine e Capitão América se entreolham e sabem a quem recorrer.

Logan acaba servindo como isca, convidando Rachel sozinha para uma conversa no bar. E é óbvio que os dois lados não bobearam e trouxeram outros membros como cobertura. Um inevitável confronto acontece, mas o plano surpresa do Capitão América é bem sucedido. Charles Xavier se revela e confronta Rachel. A moça realmente não é páreo para o maior telepata da Terra, mas evoluiu e se mostrou uma grande adversária no plano psíquico. Todavia, antes da briga acabar, Xavier se arrepende de ter agido e tomado partido no confronto. Com um comando mental, derruba a todos (menos a Mulher-Aranha que tem excelentes escudos psíquicos implantados pela Hidra). Ela implora para que ele acabe logo com isso, mas Xavier está decido. Com um outro comando mental, implanta mentalmente uma sugestão em todos para que esqueçam tudo o que aconteceu naquele lugar. Mas até quando ele ficará realmente de fora?

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Por fim, num último tie in ligado a saga (mas não muito), temos uma historia exclusivamente focada na relação um tanto mal definida de Clint Barton e Jessica Drew criada por Brian Michael Bendis. Os dois juntos decidem sozinhos impedir que o Sr. Negativo e seus subalternos roubem uma instalação da HIDRA. E no decorrer de toda a ação, temos uma verdadeira “DR” entre o casal.

Diálogos divertidos de Bendis distraem, mas essa história acaba lembrando que essa relação começou e continua muito forçada. Os dois no fundo nem sabem se definem-se como namorados e ressalta como a Jessica só teve vida amorosas conturbadas. No fim, quando os demais Vingadores chegam ao local, está tudo mais que resolvido. Todavia, uma ligação da Víbora mostra que talvez tudo não tenha passado de um despiste para que a vilã tenha agido num outro lugar de seu interesse.

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Numa análise mais “rasteria” dessas histórias, dá para perceber que Brian Michael Bendis realmente já estava mais que desgastado dentro das páginas d’Os Vingadores. Diferente do que já aconteceu em outros tempos como na Guerra Civil, e até mesmo do que rolou paralelamente em Novos Vingadores que reservou histórias melhores, essas curtas tramas ligadas a saga principal não são outra coisa a não ser uma mera encheção de linguiça. Nem mesmo a volta de Walter Simonson conseguiu dar algum brilho as histórias. E na próxima edição, já temos o começo do arco que servirá de despedida do Bendis no título. Vem em boa hora.

Coveiro

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