sexta-feira, 14 de junho de 2013

Wolverine: 300

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Após uma tumultuada despedida de São Francisco, Logan está preparado para viver sua nova vida como diretor do Instituto Jean Grey, em Nova Iorque. No entanto, certos fantasmas orientais ainda rondam a vida do baixinho canadense. É o que veremos em Wolverine n° 99 até 102.

“De volta ao Japão” é o típico arco de Jason Aaron escrevendo Wolverine. Temos personagens bizarros, muita violência, ação desenfreada, alguma sacanagem aqui e ali. Basicamente, o feijão com arroz de sempre, sem grandes surpresas. Aaron, aliado a diversos grandes nomes como Adam Kubert, Ron Garney, Billy Tan, consegue entregar aquilo que promete: Uma boa história do Velho Carcaju.

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Sobre a trama, não há grandes reviravoltas. Basicamente, Logan se envolve em uma explosiva guerra entre a Yakuza e o Tentáculo pelo controle do submundo do crime. No caso em questão, a guerra é deflagrada por Azuma Goda, líder da facção japonesa do Tentáculo, que está claramente insatisfeito em seguir as ordens de um ocidental ( Wilson Fisk, o Rei do Crime, que assumiu o lugar de Matt Murdock após os eventos de Terra das Sombras).

No entanto, o que aparenta ser uma guerra por poder se revela um plano mais elaborado. Goda está cansado da atual situação do Tentáculo, que, na opinião dele, se tornou uma organização espalhafatosa e sem moral. Ele quer resgatar o fundamento básico do ninjutsu para a instituição, A invisibilidade. A guerra entre as facções é justamente para isso: Destruição mútua, de modo a aniquilar o Tentáculo no processo, para que a organização renasça como uma verdadeira ameaça. E, obviamente, Logan é parte importante desse plano.


Goda, obviamente, não está sozinho nessa empreitada. Além de seus bizarros ninjas, Goda contará com a ajuda do casal “voltei dos mortos” do momento, Dentes de Sabre (mais ardiloso do que nunca) e Mística (mais tarada do que nunca), além de recrutar, à força, Shigen Harada, o filho bastardo do Samurai de Prata, para sua empreitada.

É claro que Wolverine não vem desacompanhado. Inicialmente, Logan contará com a ajuda de Seraph, antiga dona do Bar Princesa, de Madripoor. Já no Japão, Wolverine contará com a ajuda de Yukio, que ficou paralítica em decorrência dos eventos acontecidos à época da possessão demoníaca de Wolverine, além de sua filha adotiva, Amiko, que entrou no fogo cruzado em razão do seu relacionamento com Harada. 

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É claro que o plano de Goda falha. Mas não por causa de Wolverine. No final, os aliados de Goda estão interessados em algo mais. Dentes de Sabre, Mística, Lorde Letal e o novo Samurai de Prata terminam como os novos comandantes do submundo do crime oriental. E Wolverine tem seu relacionamento com Melita interrompido, cortesia de Darkholme. Tais fatos são os principais desdobramentos dessa história.

 É uma boa história de ação. Não há nada de excepcional, ainda mais se comparada com outras histórias escritas pelo autor. Mesmo as consequências não são tão bombásticas assim. Cabe destacar que o rodízio de artistas ao longo da trama não ajuda, pois prejudica um pouco o ritmo da história. Mas, apesar de todos esses problemas, é uma boa história de ação, ainda que sem o impacto de outras tramas que Aaron já criou.

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Cabe destacar um fato interessante. Muitos devem ter percebido que a renumeração da revista, que passou a ser contada do número 300. Foi uma jogada editorial da Marvel adotadas em algumas revistas. A mudança de numeração se deve ao fato que, se a revista fosse publicada de forma ininterrupta e sem relançamentos, a numeração dela atual seria 300. Assim, como forma de homenagear a revista (e tentar vender mais), houve a remuneração.

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“De volta ao Japão” não é um arco excepcional, mas serve como um bom passatempo, como tem sido, de forma rotineira, as histórias de Aaron no comando do baixinho invocado.

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