segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Thunderbolts: Justiceiros

UNIVERSO MARVEL 9 10 11 12 13 14 15 Infinity MARVEL NOW NOVA MARVEL THUNDERBOLTS V2 #12 #13 #14 #15 #16 #17 #18 NOTO PALO DILLON SOULE Infinito

Mal assumiu controle de uma das mais controversas encarnações dos Thunderbolts, e o roteirista CHARLES SOULE teve que inserir a equipe no turbilhão de acontecimentos que envolveram a saga Infinito. Isso tudo cobre o que vimos entre a edição 9 e 15 de Universo Marvel, por boa parte do segundo semestre de 2014, começando por resoluções de tramas tecidas pelo roteirista anterior.

Mesmo amorosamente ligado a Elektra, o Justiceiro... Amorosamente não é bem a palavra, não é? “Justiceiro” e “amor” não combinam. De qualquer forma, Frank Castle, a sua maneira, dá conta do irmão de Elektra, Orestez, que deu tanta dor de cabeça aos T-Bolts. A arte de STEVE DILLON (numa volta efêmera), como quase sempre, não ajuda, assim como toda a história. Mas não culpo Soule, que tentou ser rápido para apagar esse episódio e seguir adiante no que tem planejado para o grupo.

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Outro ponto a ser resolvido é mais complexo: Clemência. Agora com a arte do ótimo PHIL NOTO, Soule tem mais trabalho e parece mais cuidadoso. Com a curiosidade e insistência de Venom, acabamos sabendo como e porque o Hulk Vermelho fez um perigoso acordo com uma criatura cujos poderes e sede pela morte parecem não ter verdadeiramente algum limite passível de ser medido. Por fim, o que fica claro é que a aposta arriscada não garante ou resolve nada. Clemência é o grande ponto de interrogação carregado nas costas desse grupo disfuncional de assassinos e anti-heróis.

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Por fim, a participação na saga Infinito é na verdade um grande acidente que atravessa a primeira “missão de retribuição” dos Thunderbolts. O que isso quer dizer? O Rulk, após fazer com que fizessem algum do seu serviço sujo, concede aos membros do grupo que cada um determinasse os objetivos de suas próximas ações.

O Justiceiro é o primeiro agraciado e, como não poderia deixar de ser, sua proposta é que assassinassem alguns mafiosos. Mas não quaisquer mafiosos, e sim aqueles que são o pilar de fornecimento de armas para todas as famílias criminosas: os Paguro.

Não é preciso dizer que a missão ocorre quase que simultaneamente à invasão das tropas de Thanos a Nova York, gerando uma série de contratempos – e cenas verdadeiramente engraçadas com Deadpool. O descontrole parece intensificado não só com a percepção de que o Líder Vermelho não é mera marionete, mas com o quanto Clemência entra em parafuso com tanta morte e destruição ao seu redor.

Porém, o ponto alto da história em cinco partes é o inusitado protagonismo de uma pequena e fragilizada família mafiosa, os Nobili, cuja miséria faz com que sintamos até certa empatia por eles. Especialmente depois da ascensão da desgraça que os acomete não só em meio à chacina promovida pelo Justiceiro e seus companheiros, mas com as transformações geradas pela Bomba Terrígena lançada por Raio Negro.

A arte de JEFTE PALO definitivamente não foi feita para esse tipo de história, e está muito abaixo daquela apresentada em histórias relativamente recentes do Hulk. Parece apressada e muito mal finalizada. Uma pena. Alguns painéis estão verdadeiramente bizarros.

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A missão é cumprida graças à insana genialidade (sim!) de Deadpool, Gordon Nobili (o pai da pequena família mafiosa) provavelmente ainda será visto por aí, e os Thunderbolts de Soule saem por aí com a promessa de mais caos e missões para cumprir.

João

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