quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Fabulosos X-Men: Curandeiros em extinção

Como se a morte de mutantes causada em todo o planeta pelas névoas terrígenas não fossem suficientes, os Cavaleiros da Tempestade estão de volta, assassinando curandeiros mutantes para "evitar trapaças na sobrevivência dos mais fortes", filosofia de seu antigo mestre, Apocalipse. Com os X-Men "oficiais" refugiados no Limbo, cabe ao grupo de Magneto proteger os últimos membros de sua espécie com poderes de cura. Mas falar é mais fácil que fazer.



Infelizmente, os Cavaleiros da Tempestade já saíram na frente nessa caça, e com isso o número de curandeiros foi basicamente reduzido a três. Magneto e Psylocke conseguiram convencer Christopher Muse, o Triagem, a aceitar sua proteção. Dentes-de-Sabre e Monet, por sua vez, não tiveram a mesma sorte, o que resultou no assassinato de Joshua Foley, outrora o Novo X-Man conhecido como Elixir.

Já com Shen Xorn (sim, o irmão daquele outro Xorn que se fez passar pelo Magneto no passado, lembram?), foi a vez de os Cavaleiros serem pegos de surpresa, resultando na morte de um de seus integrantes. Mas, com Xorn isolado do resto do mundo, os assassinos só precisavam matar Triagem para acabar com qualquer chance de cura para os mutantes, o que praticamente seria condenar a espécie à morte nas circunstâncias atuais.



Teve início então uma caçada em que os dois lados se consideravam caçadores. Magneto enviou sua equipe para o esconderijo dos Cavaleiros da Tempestade, mas o confronto entre os dois lados foi só um truque dos vilões para averiguarem se Christopher estava com eles. Assim que perceberam que não, eles se teletransportaram para o esconderijo de Erik, Genosha (ou o que sobrou dela), selando os demais X-Men em sua pirâmide.

Mas, se eles pensavam ser os caçadores, descobriram da pior forma possível que eram a caça: Magneto já estava preparado para essa manobra dos Cavaleiros, e com os destroços metálicos da ilha, matou parte do grupo e ganhou tempo até que os X-Men chegassem para terminar o serviço. Antes de partir, e para garantir que a perseguição acabaria de vez, ele detonou várias bombas espalhadas por Genosha.



Triagem acabou sendo levado para o Limbo, onde estaria em segurança (ou não, como podemos ver no primeiro arco de Extraordinários X-Men... mas enfim). Tempestade tentou convencer Psylocke e M a ficar por lá, mas Monet está furiosa pela morte de um conhecido seu pelas névoas, e quer compensar a perda descobrindo e punindo os responsáveis pela tragédia. Já Betsy considera, por ora, que a postura proativa de Erik é necessária no momento para assegurar a proteção aos mutantes que ainda estão na Terra (e, é claro, ela ainda quer descobrir o que aconteceu com o Arcanjo, que parece ter virado uma máquina de matar sem mente, mas que ainda se manifesta para ela como um indivíduo de alguma forma).



Porém, isso não significa que Psylocke aceita passivamente todas as decisões de seu líder, e assim que os dois se reencontraram na Terra Selvagem, ela fez questão de dizer que não tolerará que Magneto esconda segredos dela: assim que ela souber que ele a manipulou para seus fins individuais, ela não pensará duas vezes antes de puni-lo. Mas parece que o aviso entrou por um lado e saiu pelo outro. Pois Magneto descobriu que, enquanto tudo isso acontecia, Mística e Fantomex foram contratados pelo Clube do Inferno para investigar as atividades das Empresas Futuro. E ele está bastante interessado em saber o que os dois descobriram...



Esse arco foi publicado nas edições 2 a 5 de X-Men, com roteiro de Cullen Bunn e arte de Greg Land. Embora esteja melhor do que sua média, Land ainda compromete a série com um trabalho artificial e pouco dinâmico. Felizmente, Bunn está compensando essa falha no enredo e nas caracterizações, do pragmatismo de Magneto ao sarcasmo da Monet. No geral, foi uma história interessante, mas as próximas precisarão melhorar se a equipe criativa quiser prender a atenção dos leitores mês a mês.

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