quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Charlie Cox define a relação entre Demolidor e Elektra como tóxica



Em nova entrevista com o The Hollywood Reporter, o ator que vive o Demolidor no UCM particular das séries urbanas da Netflix, Charles Cox, falou sobre o que ele acha da relação conflituosa entre Murdock e Elektra levada a TV, a perda repentina do mestre Stick e em esperar o inesperado pra terceira temporada do Demolidor.

"Minha impressão é que o Matt estava iludido naquele momento. Era bem claro o que ela era pra qualquer um ali - mesmo o Stick - que quem quer que ela fosse no passado, e qualquer que seja o tipo de pessoa que ela fosse, ela não teve apenas uma mudança de personalidade ali, ela foi trazida dos mortos e se tornou algo bem diferente. Ela praticamente não é sequer mais humana. A primeira vez que ela anda pela sala, Matt nem consegue identificar seu batimento cardíaco como um batimento cardíaco humano. Ele se refere a ela como "alguma coisa"" disse o ator.

"Quando Matt se dá conta de que o que quer que aquilo fosse estava usando a Elektra como hospedeira, ele está tão perturbado pelo prospecto de ela estar ali, não apenas porque ele a amava, mas porque também ele teve que descarregar uma tremenda quantidade de culpa e vergonha pelo que aconteceu com ela, que ele se permite acreditar nela. Ele se ilude em acreditar que de alguma forma ela voltou ou que ele pode alcançá-la, e que a Elektra que ele conhecia e amou poderia estar ali de volta mais uma vez. Para mim, isso fica mais e mais ridículo quando os episódios se passam, mas isso fica totalmente preso na cabeça dele. É estranho porque ela começa a se lembrar de certas coisas. Ela começa a se lembrar dele. E isso, é claro, só aumenta a confusão de tudo" disse Cox.

"A maneira como gosto de ver a relação de Matt e Elektra é que é a versão superheróica de uma relação muito tóxica que você geralmente tem nos seus 20 anos, em que você fica naquela de estar junto e não estar junto por uns dois anos, e você nunca desiste da pessoa. Parte de você está sempre acreditando que aquele é seu grande amor da vida, mesmo que tenha sido algo sempre amaldiçoado e que nunca iria funcionar. Eu acho que eles tem uma versão superheróica desta relação" definiu.



E uma coisa que praticamente a série terminou e não teve tempo para trabalhar foi o significado da morte de Stick para seu discípulo. "Sim, tudo aconteceu muito rápido. Eu imaginei que seria alguma coisa que quando a poeira baixasse, ele iria revisitar essa perda. Ao mesmo tempo, a relação dele com Stick foi algo difícil para o Matt. Ele estavam sempre em atrito. Talvez passe uma sensação paradoxal de quase liberdade para ele, em não ficar constantemente imaginando se o Stick iria aparecer de novo no momento mais inoportuno. Uma coisa que terá que acontecer é que ele terá que se dar conta do quanto amou aquele cara, e quão grato ele é por tudo que ele fez. Isso vai ser um momento bem doloroso, eu imagino" disse Charlie Cox ao THR.

E sobre o que esperar da terceira temporada? "Eu não tenho ideia. Onde quer que eu imagine que alguma coisa vai ou o que quer que eu imagine que alguma coisa significa, quase sempre acabo errando completamente ou me surpreendendo com os roteiros que eu leio depois. Eu prefiro nem mais especular. Deus que sabe. Eu posso imaginar maneiras muito diferentes pra onde ir" disse o ator. "Ele começou lutou com o que ele era, ou ao menos um aspecto dele, ser o Demolidor e se empenhar na Justiça feita pelo Vigilante num nível básico, e não consigo imaginar um mundo onde ele se livre desta parte dele, apesar de seus esforços de aposentar os chifres como aconteceu na série. Em algum ponto, uma das duas coisas iria acontecer: Ou ele iria abraçar isso como nunca fez antes ou ele iria continuar a lutar contra isso. Mas eu algum momento, ele iria acabar sendo vencido" pontuou.

E Defensores está no Netflix, ainda galgando posto de provavelmente estar entre as séries mais assistidas nos primeiros 30 dias do Netflix. E de fato, é merecido todo o hype criado em volto dela, que mesmo com as limitações orçamentárias e de tempo comuns aos seriados de TV, entregou um pouco de cada um dos heróis de forma balanceada e também impactante para o futuro daquele microverso dentro do UCM.

Coveiro

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