Depois de conseguir alguma estabilidade no futuro, longe do radar de Bishop, Cable parecia mais do que certo em desconfiar dos “visitantes” da até então escondida Nova Liberdade, onde passou a viver com Esperança, que passou a agir como mãe da já crescidinha messias mutante (que continua chamando-o de Nathan). Os soldados que se diziam agentes do que sobrou do governo dos EUA não eram nada mais do que problemas. Sérios problemas. Ao mesmo tempo, na mesma edição 96 de X-Men Extra, acompanhamos o que os X-Men conseguem extrair de Bishop, de volta o presente, e o que ele consegue realizar de seu novo plano para exterminar a menina.
Sem ver uma forma efetiva de reagir aos militares que chegavam, Nathan, cuja narrativa da história é nitidamente dirigida à pequena messias, não pensa duas vezes a não ser em deixar o local. Mas para isso precisava encontrá-la. Ressaltando a vida que construiu com Esperança, lembra que enterrou suas armas pensando em viver tranquilamente. O que claramente não se mostrava mais possível. Mas não havia tempo de tirá-las dali, apenas procurá-la e ir embora.

No presente, Bishop fala enigmaticamente de bombas atômicas plantadas no futuro para acabar com Cable e a menina, e Ciclope tenta retirar a informação do ex-companheiro de X-Men. O Fera se mostra surpreso com o genocídio planejado por Lucas para atingir seus objetivos, tudo baseado na crença de que se a menina morrer, aquela linha temporal nunca existiria, pois é diferente de tudo que conhecem sobre o futuro. Quase se desculpando com Hank, Scott permite que Emma assuma o “interrogatório”...
O que ocorre é uma tortura mental do prisioneiro, fragilizando sua mente para que as informações procuradas sejam finalmente reveladas. Hank e Scott divergem bastante quanto ao método, mas ele é aplicado mesmo assim.

Assim, Emma descobre que Bishop já devastou a Austrália e a Ásia até o Oriente Médio, sem definir exatamente quando. Nem mesmo a fria Rainha Branca encara esses pensamentos “pescados” com tranqüilidade, e parece abalada. Além disso, a possibilidade de continuar a sondagem pode afetar gravemente a mente do interrogado.
De volta a Nova Liberdade, ao procurar pela messias, Cable é rudemente abordado por um dos soldados dos EUA e reage brutalmente. Pensando o quanto queria evitar qualquer conflito que chamasse atenção para o local onde se esconderam de Bishop, golpeia sua cabeça, fazendo com que seu capacete voe longe e revele algo assustador. Aquele “homem” não é humano, mas um inseto humanóide, que reclama pela surpresa ter sido estragada.
Isso faz com que Cable desejasse ter desenterrado suas armas, pois logo percebe que em combate corpo-a-corpo estava em clara desvantagem em relação aquele insectóide. Principalmente porque a falta de prática, seus ferimentos mais recentes, e a idade avançada só pioravam a situação. Ele amoleceu. Amoleceu por causa da menininha.
Porém, o invasor caiu no erro de pensar que combatia um mero fazendeiro, um caipiria. Mesmo enferrujado, Cable é um soldado bem treinado e com vasta experiência. Apelando para um golpe sujo que não funciona como esperava, acaba conseguindo pegar uma arma. Uma foice. É o suficiente para que o inimigo seja decapitado. Afinal, ele é “só” uma barata super crescida.

Porém, para surpresa de Nathan, ele é realmente uma barata. Sendo assim, não é a perda da cabeça que faz com que seu corpo pare. Assim, é necessário um pouco mais de esforço para derrotá-lo. Mas ele consegue.
Logo ele encontra um dos moradores locais, Griff, que já tinha visto e combatido seres como aquele, e arma uma tocaia com ele. Sabendo agora onde golpear, eles derrotam mais duas baratas rapidamente. É quando Griff, confirmando suas suspeitas, reconhece que Cable não era apenas um fazendeiro, chamando-o para organizar uma resistência. Mas ele recusa. Precisava encontrar a menina, ocultando que prezava pela vida dela muito mais do que a própria vila e seus habitantes.

Era necessário manterem-se anônimos. Era essa sua justificativa para fazer tudo aquilo por ela. Pela vida da pequena messias. E finalmente a encontra, no alto de uma torre d’água, observando tudo. Cable revela que os soldados são monstros, e que precisavam fugir.
Eles observam, escondidos, os cinco soldados restantes tentando convencer as pessoas a entrarem em casulos trazidos por eles. Claro, tudo uma armadilha. Sabe-se lá o que planejavam fazer com os agora reféns. Porém, logo os dois vêem Esperança (a quem a menina trata como mãe) entre os prisioneiros. Apesar dos gritos da menina, Cable diz que os dois precisam fugir, para salvá-la depois.

Mais uma vez no presente, Hank tenta obter algum progresso na análise do dispositivo temporal anexado ao braço mecânico até então usado por Bishop, sem esconder a raiva que sente pela tortura que lhe foi imposta. Tortura que quase o levou à morte. O mutante do futuro finalmente parece disposto a cooperar. Diz que precisa mostrar algo a Ciclope. Algo enterrado. Ele dá a localização e só nos resta aguardar para saber o que pretende com isso.
Mais uma vez em Nova Liberdade, Cable só pensa em reforçar o quanto a menina precisa confiar nele, pois devotou sua vida a protegê-la. Assim, desenterrando as armas e uniforme há muito escondidos, cumpre o que ela tanto ansiava, e, sob os elogios da pequena, parte para o resgate de sua “mãe”.

Porém, pode ser tarde. Com um dos soldados continuando seu discurso de salvar o país com aquelas pessoas da vila, os casulos onde alguns já estavam alojados se rompem, revelando grandes baratas sem nenhuma aparência humanóide. Ele mesmo, retirando seu capacete, espalha o terror nos cidadãos ainda não aprisionados, ainda que diga que não é necessário terem medo.

A segunda parte do arco continua sem sabermos que fim levou Esperança, mas com a certeza de que, na próxima edição, os invasores terão um oponente de peso na tentativa de conquistar o pequeno paraíso que descobriram.
João
* Título do review inspirado no filme Joe e as Baratas.
Sem ver uma forma efetiva de reagir aos militares que chegavam, Nathan, cuja narrativa da história é nitidamente dirigida à pequena messias, não pensa duas vezes a não ser em deixar o local. Mas para isso precisava encontrá-la. Ressaltando a vida que construiu com Esperança, lembra que enterrou suas armas pensando em viver tranquilamente. O que claramente não se mostrava mais possível. Mas não havia tempo de tirá-las dali, apenas procurá-la e ir embora.
O que ocorre é uma tortura mental do prisioneiro, fragilizando sua mente para que as informações procuradas sejam finalmente reveladas. Hank e Scott divergem bastante quanto ao método, mas ele é aplicado mesmo assim.
De volta a Nova Liberdade, ao procurar pela messias, Cable é rudemente abordado por um dos soldados dos EUA e reage brutalmente. Pensando o quanto queria evitar qualquer conflito que chamasse atenção para o local onde se esconderam de Bishop, golpeia sua cabeça, fazendo com que seu capacete voe longe e revele algo assustador. Aquele “homem” não é humano, mas um inseto humanóide, que reclama pela surpresa ter sido estragada.
Isso faz com que Cable desejasse ter desenterrado suas armas, pois logo percebe que em combate corpo-a-corpo estava em clara desvantagem em relação aquele insectóide. Principalmente porque a falta de prática, seus ferimentos mais recentes, e a idade avançada só pioravam a situação. Ele amoleceu. Amoleceu por causa da menininha.
Porém, o invasor caiu no erro de pensar que combatia um mero fazendeiro, um caipiria. Mesmo enferrujado, Cable é um soldado bem treinado e com vasta experiência. Apelando para um golpe sujo que não funciona como esperava, acaba conseguindo pegar uma arma. Uma foice. É o suficiente para que o inimigo seja decapitado. Afinal, ele é “só” uma barata super crescida.
Logo ele encontra um dos moradores locais, Griff, que já tinha visto e combatido seres como aquele, e arma uma tocaia com ele. Sabendo agora onde golpear, eles derrotam mais duas baratas rapidamente. É quando Griff, confirmando suas suspeitas, reconhece que Cable não era apenas um fazendeiro, chamando-o para organizar uma resistência. Mas ele recusa. Precisava encontrar a menina, ocultando que prezava pela vida dela muito mais do que a própria vila e seus habitantes.
Eles observam, escondidos, os cinco soldados restantes tentando convencer as pessoas a entrarem em casulos trazidos por eles. Claro, tudo uma armadilha. Sabe-se lá o que planejavam fazer com os agora reféns. Porém, logo os dois vêem Esperança (a quem a menina trata como mãe) entre os prisioneiros. Apesar dos gritos da menina, Cable diz que os dois precisam fugir, para salvá-la depois.
Mais uma vez em Nova Liberdade, Cable só pensa em reforçar o quanto a menina precisa confiar nele, pois devotou sua vida a protegê-la. Assim, desenterrando as armas e uniforme há muito escondidos, cumpre o que ela tanto ansiava, e, sob os elogios da pequena, parte para o resgate de sua “mãe”.
João
* Título do review inspirado no filme Joe e as Baratas.