Como todos nós sabemos, o Sr. Terror aprontou mais uma das suas. Graças a um dos seus trabalhos como mercenário, acabou deflagrando um vírus mortal. E agora tem que resolver essa bagunça que, inclusive, envolve um antigo adversário seu. Hora de vermos o desfecho.
Em Marvel Max 80, Terror e sua assistente, Sra. Primo, estão no Afeganistão em busca de Aban, o portador são do vírus. Terror reclama da alta temperatura do deserto e pede para parar e esperar até o anoitecer. Como vocês, caros leitores, lembram, Meyer, o contato do exército israelense, acabou se suicidando. Como Meyer sabia a localização do grupo que provavelmente raptou o garoto, Terror resolveu absorver as pernas dele.
Após pararem por um tempo e Terror dar em cima novamente de Sra. Primo, a dupla segue viagem, até que encontram um vilarejo totalmente massacrado. Aparentemente, a pequena vila foi destroçada por algum grupo terrorista e não pelo fatídico vírus. Primo sente um odor muito forte (e não é seu parceiro). Ao rumarem para o local, acabam encontrando diversos corpos. Terror pede para que sua parceira não chegue perto, porque poderiam estar contaminados com a peste. Após uma breve investigação, descobre-se que os corpos foram mortos com tiros na cabeça. E para variar, nenhum sinal de Aban.
Enquanto pensam sobre o caso, Terror é surpreendido com um tiro no meio de sua testa. Ao perceber que está sendo alvejada, Primo busca proteção e começa o tiroteio. No entanto, mesmo com um balaço na cabeça, Terror consegue render o líder do exército. Uma trégua é proposta e começam a se revelar fatos importantes.
Mabubulá, líder do exército, conta a respeito de Aban. Mas para o mulçumano, o garoto é o filho do demônio. Eles tentaram de todas as formas eliminar o garoto. Até que Mabubulá resolveu mandar o garoto para seu irmão, que tinha um laboratório em Istambul. Só que algo deu errado (o Sr. Terror é o algo de errado) e Aban foi tirado de lá. Uma equipe sob o comando de Mabubulá ia resgatá-lo e levá-lo de volta ao Afeganistão, mas a doença que o garoto carrega está cada vez mais forte. E com isso, o rastro do menino é perdido.
Não restam muitas escolhas. A única esperança de Terror encontrar uma cura é indo atrás de seu antigo adversário, o Rei Dragão. E não é uma travessia fácil. Primeiro, Terror precisa absorver novas partes. Depois, encaram soldados que acabaram contaminados e todo tipo de obstáculo. Depois de 4 dias de viagem, Terror e Mabubulá estão perto do seu objetivo.
Ao chegarem na caverna que Zahhak, encontram-na cheia de gás para os nervos, o que acaba chamando a atenção de Mabubulá, que só volta sua atenção para o objetivo principal quando é lembrado por Terror. E adentrando a Caverna, encontram o Rei Dragão completamente louco.
Após conseguir colocar as ideias em ordem, Zaahk percebe a presença de seu adversário milenar, que o chama pelo nome de Fereydun. E ainda começa um diálogo, em que Terror promete soltar o feiticeiro em troca da obtenção da cura para a doença. Primo não acha que seja uma boa ideia, no que é acompanhada por Mabubulá, mas Terror afirma que tem tudo sobre controle.
Ao libertar o Rei Dragão, este pergunta se é a mesma doença. Ao receber a confirmação por Terror, Zahhk fala que o garoto, Aban, é seu filho e conta um pouco da vida do seu terrível rebento. Primo já começou a se movimentar, enquanto Terror fala que o mundo ficou grande demais para ser conquistado. Mas Zahhk, então, tem uma ideia melhor: Deixar o seu filho reduzir o mundo. E nisso, arranca a cabeça do Sr. Terror.
Em Marvel Max 81, o que vemos é um verdadeiro destroçamento de Terror. Primo recomenda que Mabubulá e sua tropa recuem. Terror ser destroçado por Zahhk faz parte do plano. Pelo menos é o que dizem. Primo e seu amigo árabe fogem o mais rápido possível da fúria do feiticeiro. E também tem que correr de Terror, que está assimilando todos os corpos que aparecem na sua frente. Mabubulá tenta deter o mercenário com o gás para os nervos, enquanto Primo se pergunta onde está Hafifa.
Hafifa chega com a sacola de Primo, que tem uma cabeça morta. Primo a atira dentro da caverna, para que terror se recomponha. E eis que surge o Agente Pfifer. Após um pequeno desentendimento, Pfifer revela que seu helicóptero foi atacado pelo Rei Dragão. E o plano de Terror se revela. Ele deixou que Zahhk comesse sua cabeça, que tinha um dispositivo localizador em seu interior, para poder rastreá-lo e levá-lo até Aban.
A cena é cortada para mostrar um pouco do passado do filho do Rei Dragão. Se para Zahhk o grande problema era o barulho insuportável que seu filho fazia, para outros o grande problema era a peste que ele disseminava. E foi nesse momento que o Rei teve a brilhante ideia de jogar o garoto no mundo.
Tudo isso está sendo contado por Aban, em um aeroporto. O garoto revela que, antes de ser jogado no mundo para propagar a peste, seu pai, em conjunto com magos e cientistas, ficaram 15 anos tentando descobrir uma cura. E descobriram que a cura para a doença era a urina do garoto. Aban relata que o pai voltou a gostar dele e, por causa disso, acabou ganhando algumas recompensas. Mas depois de encher baldes com a cura, o garoto foi trancafiado, até ser libertado pelos Mujahdins.
Enquanto relata suas experiências de infância para todos os mortos do aeroporto, Zahhk chega e propõe um acordo com Aban. Mas Aban não quer fazer mais nenhum acordo com seu pai, e passa a demonstrar a evolução dos seus poderes em cima do pai, que só não morre porque é imortal.
Terror encontra a carcaça de Zaahk e pede para que a levem de volta para a caverna. Agora é hora de encarar o garoto, apesar de todos os corpos que Terror assimila estejam completamente podres.
Aban está bradando ao mundo que é o deus da morte, fato que não impressiona um (mais que o normal) podre Sr. Terror.Por mais que mercenário absorva os corpos, todos eles estão contaminados com a doença de Aban. Até que um saudável Mabubulá oferece seu corpo saudável para Terror, que consegue colocar o garoto para dormir.
Uma semana depois, e como em um final de filme hollywoodiano, Terror salva o planeta com a urina do garoto e ainda ganha uma super arma contra o seu odor. E quinhentos anos depois, nós também vemos que Aban e seu pai estão vivos, aprisionados dentro da mesma caverna e morrendo de tédio.
Mais uma série da linha Max chega ao seu fim. Se por um lado, a despeito dos desenhos, o enredo da história tinha começado bem, não posso deixar de dizer que achei o final bem medíocre. Tudo bem, depois do final do Justiceiro do Ennis não tem como achar qualquer outra coisa interessante, mas o final foi bem fraco. E aguardem o grande final da passagem da Max pelo site, com a conclusão do já referido Justiceiro.
Rafael Felga
