quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Surfistas Prateados Millennium

Um dos principais ícones do universo cósmico da Marvel, o Surfista Prateado, além do grande número de fãs, apresenta um atributo nada comum: mais de uma versão no universo Millennium, bem diferentes entre si.

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Nos números 78 a 82 de Marvel Millennium, Mike Carey - escritor desta versão do Quarteto Fantástico -, introduz Norrin Radd ao Ultiverso. Nascido na planeta Zenn-La, o homem conhecido como “Explorador Prateado” se encontra exilado por trair seu rei, Revka Temerlune Edifex Scyris III – apelidado por Johnny Storm de “Homem Psíquico” -, e em busca de redenção.

Mas antes de nos aprofundarmos nesta versão, falemos sobre o primeiro Surfista Prateado deste universo. Na saga Pesadelo Supremo, que apresenta o Galactus do universo Millennium – chamado Gah Lak Tus -, Warren Ellis não deixa de referenciar o mais famoso arauto do devorador de mundos. Aqui, a história se desenrola da seguinte forma:

À medida que Gah Lak Tus se aproxima da Terra, misteriosos homens prateados começam a organizar suicídios em massa por meio de seitas, objetivando a diminuição da resistência popular, facilitando o trabalho do devorador. Esses humanóides, além de poder manipular energia, possuem capacidade de alterar sua forma corporal, podendo tornar-se homens alados e formas ovais de prata, o que rende a principal referência ao Surfista.
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Confrontado pelo Homem de Ferro e pelo Capitão Mahr Vehl, um desses indivíduos, que se aproximava da Terra em forma oval, assume a clássica forma do Surfista Prateado e sua prancha, como pode ser visto a seguir.

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Quando Gah Lak Tus desiste de consumir a Terra, os homens de prata simplesmente voltam a integrar a frota, deixando o planeta. No encontro recente do Quarteto Fantástico com Norrin Radd em pessoa, o líder do grupo presume que ele e Gah Lak Tus provavelmente já se esbarraram, e que foi em sua fisiologia e aparência que a entidade se inspirou para criar seus aliados.

O encontro em questão se dá da seguinte forma: À procura de uma fonte energética para o misterioso cubo cósmico que criou, graças a planos inseridos em sua cabeça pelo monarca alienígena Thanos, Reed Richards acaba capturando um estranho objeto em forma de prancha de surfe. Quando o dono do artefato, Norrin Radd, chega à Terra para recuperá-lo, reconhece naquele um mundo perfeito para os ideais de seu senhor. Um planeta dividido por guerras e desastres, pronto para receber a dádiva da felicidade inabalável que apenas o Homem Psíquico poderia conceder.

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E assim o faz. Tendo suas identidades substituídas pelas dos antigos habitantes de Zenn-La, toda a população da Terra habita agora o planeta alienígena, um mundo ideal, sem insatisfações. Mas Reed desconfia haver algo errado com este mundo, e a estátua do agora adorado Explorador Prateado o revela ser o próprio Norrin, contando a história daquela civilização.

Milênios atrás, Revka, o telepata mais poderoso de Zenn-La ergue uma teia psíquica sobre o planeta, com ajuda de máquinas amplificadoras, e torna-se imperador do planeta ideal. Mas sendo o rei, sua mente estava livre daquele estado de eterna satisfação, tornando-o o único a viver fora do paraíso. Decidido a treinar um substituto, Revka escolhe o jovem Norrin Radd, livrando-o também do controle mental. Mas, insatisfeito com o mundo privado do livre arbítrio, o jovem trai seu rei, desativando as máquinas mantenedoras de tal estado. Fato que, contrariando as expectativas de Radd, enlouquece o povo, que cai na auto-destruição.

São as identidades destas pessoas, falecidas há eras, que foram agora reescritas nas mentes da humanidade. O Surfista ajuda o Quarteto a recuperar suas identidades e unidos, os heróis subjugam a ameaça e restauram o planeta Terra ao normal. Mas e quanto a Zenn-La? Vivendo junto a seus poucos capangas, o Homem Psíquico vive feliz uma vida bucólica, sob efeito de seu próprio poder. O rei se lembra de já ter havido um homem prateado, mas não se recorda de seu nome, enquanto Norrin Radd vaga pelo espaço mais uma vez, acompanhado somente de sua prancha.

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Léo

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