Mar-Vell & Marvel

A “volta oficial” do Capitão Marvel não passou desapercebida pela imprensa do mundo inteiro, que vê nesse retorno algum tipo de sinal divino, cujo significado permanece obscuro. Enquanto o Clarim Diário afirma que informações sobre qualquer ligação sua com a Iniciativa não estão disponíveis, e JJ Jameson, como sempre, vê em mais um herói mais uma ameaça, o próprio Mar-Vell continua a se fazer a mesma pergunta em Avante, Vingadores! 22: qual o seu propósito nesse mundo?

Nathan Jefferson, repórter do Pulso, continua com uma intuição que lhe diz que há algo a mais na Igreja de Hala, culto surgido para adorar o Capitão Marvel, e sua líder, a Madre Starr. Contudo, sem informações mais precisas ou mesmo interessantes, é pressionado por seu chefe a produzir algo consistente. Comenta, inclusive, que que ninguém consegue ao menos falar com o kree.

Enquanto isso, Mar-Vell reflete sobre o fato de não possuir mais sua consciência cósmica. Sempre que tenta usá-la tem visões estranhas, com clarões quase cegantes, do que parece uma fuga, sem saber ao certo se ele é o guarda ou o prisioneiro, mas apenas que se surpreende com o que vê. Entristecido, constata que ir a Nova York foi um erro. Que Tony Stark o escondeu em sua torre, como imaginava, sem conseguir nenhuma resposta, lembrando-se do que precedeu essa reflexão.


Na Torre dos Vingadores, sozinho, o kree continuava intensamente atraído pelo quadro de Le Brun, Entrada de Alexandre na Babilônia, ainda que continue sem saber o que se esconde por trás daquela imagem. Interrompido pelo monitoramento do prédio, ele recebe uma das três visitas que aceitaria receber: Carol Danvers, a Ms. Marvel, com quem compartilha uma história de tempos longínquos.


No Aeroporta-aviões da SHIELD, o Homem de Ferro recebe a retornada agente Sante, responsável pelas investigações envolvendo Mar-Vell, com quem precisa tratar de assuntos urgentes sobre ele. Em primeiro lugar, demonstra o temor pela reação do império kree caso soubesse do “retorno”, uma vez que Mar-Vell foi condenado como traidor na Guerra Kree-Skrull. Contudo, uma tentativa de contatar a capital kree, Hala, demonstrou que todo o sistema permanece envolto em uma estranha redoma de energia, fazendo dele incomunicável. Mas nós já sabemos o que isso significa. Ainda assim, mesmo com os krees fora da jogada, Stark quer que Sante descubra a relação do desmemoriado Capitão Marvel e o quadro de Le Brun.


Ms. Marvel, que foi ao encontro de Mar-Vell com o conhecimento de Stark, tem uma conversa com o alienígena, dizendo como se sentiu uma humana normal quando o viu novamente, lembrando de quando se conheceram e ela descobriu a identidade secreta do kree. E como os dois se apaixonaram. Ela parece tentar expiar uma culpa que a consumia há muito, já que nem se encontrava naquela galáxia quando ele “morreu”, viajando pelo universo como Binária. Carol deixa claro que ele é sua grande inspiração como heroína, o que o lisonjeia.


Ela o convida a integrar os Vingadores, crendo que sua ajuda seria necessária contra uma grande ameaça à Terra, sem dizer ao certo qual é. Ele mal tempo de recusar, quando é atingido por uma rajada de energia. Acontecendo o mesmo com Carol logo em seguida. Surge, então, à sua frente, o Homem de Cobalto! Mas, esperem um pouco. Alguém lembra do incidente em Stamford? Lembram que os únicos sobreviventes da explosão foram Nitro e Speedball, hoje Suplício? E que alguns vilões também morreram, inclusive, entre eles, o Homem de Cobalto? Pois é. Eu lembro, e a Carol também, atribuindo isso à cada vez mais forte mania de heróis e vilões de quadrinhos não respeitarem a morte. Ela e o kree mesmo já foram dados como mortos.


De qualquer forma, ele parece não temer Mar-Vell ou Carol, e constata que há algo de diferente no kree. E parece haver algo de estranho com ele também, já que Ms. Marvel não consegue absorver suas rajadas de energia. Com os motivos do ataque permanecendo incógnitos, o Homem de Cobalto acaba derrubado pelos dois heróis. Que levam o prisioneiro à Balsa, alegres com a saudação dos civis. Porém, entre eles, dois homens de terno preto parecem frustrados pelo “plano” ter dado errado, optando por uma nova alternativa. Aquele ataque não foi aleatório.


Na Igreja de Hala, Nathan entra sorrateiramente no escritório de Madre Starr, que acaba flagrando-no em seguida. Ele não se intimida, e quer saber qual o interesse dela em criar essa seita. Ela se irrita ao ver sua Igreja chamada de seita, e parece querer convencê-lo de que sua fé é verdadeira. Sendo assim, o repórter é colocado para fora do local.


Vazio, o apartamento ocupado por Mar-Vell é visitado secretamente pela agente Sante e outros operativos da SHIELD, enquanto o kree se encontra com Tony. Eles são surpreendidos por uma sala desarrumada, com móveis arrastados, e, em seu centro, um grande mosaico de imagens imprimidas em computador. Juntas, formam a Entrada de Alexandre na Babilônia.


No Aeroporta-Aviões, Mar-Vell e Tony se encontram a sós, do lado de fora. O Homem de Ferro é direto. Quer saber como o alienígena contatou seus conterrâneos krees. Mas o herói parece tão surpreso quanto o diretor da SHIELD quando ele aponta na direção de uma aeronave kree que se aproxima, vinda do espaço, dizendo que Mar-Vell os contatou para responder por seus supostos crimes na Guerra Kree-Skrull.

As coisas pioram quando os dois percebem que foram pegos em uma armadilha. Stark não contatou Mar-Vell, mas sim pensava que sua presença ali confirmava a informação recebida pelos krees. Não há tempo para entender. Soldados saem da nave e ouvem-se ordens de execução dos dois, pela glória do império.


Quem enviou aqueles soldados kree? Quem é o Homem de Cobalto? Qual sua relação com os dois homens de preto que observavam Mar-Vell nas ruas de Manhattan? Qual o significado do quadro de Le Brun? Quem é o Capitão Marvel?


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