sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Barracuda: Muita @#$%#% no ventilador

* Atenção! Artigo escrito por nosso colaborador Rafael Felga

Barracuda: Final

Aqui estamos, do Site 616, orgulhosamente apresentando a última parte do review de Barracuda. Todos que acompanham a revista Marvel MAX sabem quem é essa ilustre personagem. Sabem que ele é escrito por um dos caras mais criativos ( e dementes, no bom sentido) de toda a história, o ilustríssimo Garth Ennis. Pois bem, sei que isso não é comum, mas aqueles que tem estômago sensível, não gostam de carnificina ou não gostam do senhor Ennis, por favor, não leiam este review. Ennis realmente pegou pesado com o seu humor negro (mas em compensação, eu adorei esse final). Decidiu ficar e ler? Bom, eu avisei...

Nossa última parte começa em Marvel Max 64, com uma reunião dos enviados das agências de manutenção da lei dos EUA para cuidar da situação um tanto delicada que se encontra Santa Morricone. Lockhart, do FBI, começa a explicar quem são os jogadores envolvidos, analisando o passado de cada um e como eles se relacionam. Porém, tendo em vista os interesses de uma multinacional norte-americana (no caso, as Indústrias Hart, empresa que Digby trabalha), quaisquer intervenções em Morricone são suspensas, o que deixa Lockhart p... da vida. Mas ele não se desespera. Ele tem um às na manga: Barracuda.

E por falar no demônio encarnado, por onde ele anda? Bom, ele e a/o adorável Fifty estão colocando em prática o plano elaborado anteriormente: o de transformar Wanda na presidente de Santa Morricone. Eles, juntamente com o Presidente Luna foram passear no vulcão local, palco de algumas execuções dos opositores do regime. Luna compara seu vulcão à Montanha da Perdição, só que sem os hobbits de sexualidade duvidosa (umas das melhores piadas que eu já li).

Barracuda: Final

Enquanto Fifty e Barracuda ouvem o glorioso presidente da progressista nação sul americana, Angelone começa a executar seu plano para mandar Barrucada para o mármore do inferno. Para isso, resolve comprar o General de Luna e seus tanques para ver se acaba de vez com a raça de Barracuda.

Barracuda: Final

Nosso herói, no entanto, ainda não está preocupado com Angelone. Ao executar o seu plano de mandar o presidente para dentro do vulcão, ele é surpreendido. Luna diz que sabia da traição de todos, já que todos os planos foram entregues por Flannery. Após uma conversa sobre lealdade (coisa que nessa história não existe), Luna quer que Fifty faça algumas coisas picantes com ele enquanto joga Barracuda vulcão abaixo. E dependendo do serviço, vai ver o que vai fazer com ele/ela (ainda não me decidi qual é o gênero dele/dela).

No belo castelo de Luna, Flannery cuida de Oswald. Este, que está tomando a sua medicação para a controlar a hemofilia, quer saber onde está Barracuda. O nosso padre (que de casto, não tem nada) responde que ele está com Luna. Flanney já não consegue controlar o seu apetite pelo garoto, apesar dele estar fora dos parâmetros dele.

Barracuda: Final

Voltando ao presidente, Fifty se recusa a fazer aqueles serviços para o respeitável presidente. E claro isso gera um impasse. Barracuda, esperto como sempre, tem uma solução: Pede que Fifty mostre suas partes originais para Luna. Luna, como todo homofóbico, pira ao descobrir que cometeu um grande erro (aliás, anda comum isso não?). A piração é tanta que ele se mata, o que poupa o trabalho de Barracuda e Fifty.

Barracuda: Final

Flannery está prestes a consumar o Artigo 214 do Código Penal Brasileiro quando é surpreendido por um estouro na mansão de Luna. Além disso, Wanda o pega com as calças na mão (literalmente falando), tentando entender o que está acontecendo. O estouro foi provocado por um ataque coordenado por Angelone, que quer acabar com a raça do Barracuda.

Mas nosso intrépido herói está alheio a tudo isso. Ele e Fifty estão relembrando os bons momentos que eles tiveram no exército. Lembram daquele personagem racista que aparece na primeira edição da mini? Pois é, é do exército que eles conhecem. Alheio a esse bate-papo interessante, o piloto recebe uma ordem para aterrisar em determinado local, sob pena de levar um míssil na fuça.

Nesse momento, Barracuda é surpreendido por um exército a sua espera, que está sendo comandado por Angelone. Barracuda então toma uma atitude de macho: “Me passa a @#$$@$$ da metranca”.

Barracuda: Final

Bom, até agora o Ennis pegou leve né? Poucas mortes ou mortes de personagens sem nenhum relevo. Aliás, teve pouco sangue se for pensar (para os padrões Ennis de ser). Agora a coisa começa a ficar mais interessante, que é mostrada em Marvel Max 65.

Angelone não perde tempo e manda bala em Barracuda. Aliás, manda um tanque para cima dele. Pena que o tanque não funciona tão bem quanto o esperado. Armas velhas, de acordo com Fifty. Barracuda manda todos para aquele lugar, mas também manda uma rajada de metralhadoras neles.

Barracuda: Final

Obviamente, o ataque não passa despercebido. As forças americanas resolvem intervir, botando mais lenha na fogueira. Lockhart e Bobby pegam o helicóptero sem armas. Coisas da experiência adquirida em campo, diz Lockhart.

A mansão de Luna vira um campo de guerra. Barracuda resolve segurá-los o máximo que pode, enquanto Fifty e o piloto correm para a casa. Angelone quer a cabeça de Barracuda a todo custo, não se importando se a munição é velha ou não.

Dentro da mansão, Barracuda quer a cabeça de Flannery, que sai correndo o máximo que pode. Fifty e Barracuda se preparam para uma grande guerra. Obviamente, nem todo mundo pensa assim. Digby sai correndo, alegando que não faz parte dali, que é americano, que tem imundade....Bom, resumindo: Ele leva um tiro na fuça e é esmagado duas vezes por um tanque. Até que ele não teve uma morte tão trágica assim, não?

Barracuda: Final

Dentro da mansão, todo mundo pensa como escapar com vida daquela situação. Até mesmo nessas situações, é possível aprender alguma lição. Barracuda então ensina a Oswald como o mundo é um lugar sujo e cruel. Comovente, não?

No meio da batalha, Flanerry pega Oswald, pensando em usá-lo para escapar com vida daquele rebuliço. Obviamente, o nosso valoroso herói não deixa, arremessando-o pela janela, onde encontra seu destino nas mãos de uma estátua.

Barracuda: Final

Todos correm para o helicóptero, na esperança de sair do local. Wanda então é alvejada, porém como acertam o seu silicone, isso não gera muitos problemas. Mas Fifty não tem a mesma sorte.

Barracuda: Final

Enquanto isso, na mais santa paz, Lockhart e Bobby observam o que eles definem como um monte de @$%%$@@$%$ no ventilador. É claro que alguém vai levar uma boa bronca, mas Lockhart diz que aprendeu uma coisa nessas missões no sul: “Nunca coloque seu nome no plano ao entregá-lo”, diz o experiente agente.

No helicóptero, as coisas não melhoram, já que este está sem bússola. Os sobreviventes nem querem saber o destino, contanto que não seja Morricone, qualquer lugar está bom. Só que os problemas não acabam. Angelone está vivo e quer a cabeça do Barracuda. Mais um bate-papo interessante sobre lealdade. Porém o impasse é resolvido por Oswald, que acerta uma azeitona na cabeça do pai. E fica feliz, já que virou um “Gangster F%$@$%#

Só que o momento de comemorações não dura muito. Ao cumprimentá-lo pelo feito, Barracuda acerta um tapinha nas costas de Oswald. Até aqui, nenhum problema. O problema é que Oswald é hemofílico, e isso é o suficiente para tirar sua vida. A cena me lembrou aqueles episódios de Happy Tree Friend. Todos os planos de Barracuda foram por água abaixo. Ah, o helicóptero também, já que acabou o combustível, em pleno alto-mar.

Barracuda: Final

Só sobram Wanda e Barracuda (por enquanto, já que quando a fome do Barracuda aparecer...). Barracuda resolve ver o lado positivo da situação, aproveitando o pôr-do-sol. E claro, recomeçar do zero para depois ir atrás do nosso amigo com caveira no peito.

Barracuda: Final

E mais um final feliz nos é apresentado pela dupla Goran Parlov e Garth Ennis. Mais um grande trabalho do selo MAX (isso é claro, se você tiver estômago). No mês que vem, uma nova mini do Ennis (que é talvez um dos grandes astros da MAX), “A Guerra é o Inferno”. Estejam aqui para acompanhar esse mais novo lançamento. Até próxima!

Rafael Felga

Leia também, os review anteriores do Felga sobre o Barracuda:
Barracuda: Viva la revolución
Barracuda: A noite é tudo menos uma criança

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