sábado, 24 de janeiro de 2009

Quarteto Fantástico: Não exatamente o fim


Quarteto Fantástico do Presente e do Futuro

Um Destino do futuro veio até o nosso atual presente com uma importante missão: evitar que Reed Richards destrua a humanidade. Para tal, ele deve impedir de todas as maneiras que hoje ele leve adiante aquilo que chama de idéia 101, o último plano do Sr. Fantástico que tem como meta “corrigir tudo”, mas que acabou dando errado. Mas seria mesmo essa a verdade? Reed, um vilão? Victor, nosso salvador?


Ao que parece, as palavras do Doom do futuro começam a ganhar peso quando Reed atira a sangue frio no Namor, estourando a cabeça daquele atlante viajante do tempo. O mesmo é feito, sem pestanejar, ao idoso Pantera Negra. Sob olhares perdidos de sua família, resta a Reed explicar a situação.

Quarteto Fantástico do Presente e do Futuro

Obviamente, o Sr. Fantástico não é um assassino. E isso porque aquele Namor e o velho T´Challa não são nem mesmo humanos. Não passam de robôs muito bem construídos pelo Doom do futuro. E agora, os olhares voltam-se para o velho ditador da Latvéria, que ainda assim insiste em acusar Reed de ser o câncer da linha temporal de onde veio.

O fato é que as recentes ações de Richards parecem corroborar tudo o que é dito por aquele Destino. Reed ajudou a criar uma verdadeira solitária gigante na Zona Negativa para preender heróis. Utilizou-se de técnicas de clonagem (ainda ilegal no país) para dar vida a uma blasfêmia que simulava o amigo deus nórdico, Thor. Tudo isso foi feito sem pestanejar, com uma arrogância que Doom acusa ser a mesma que crescerá nele num futuro não muito distante.

Quarteto Fantástico do Presente e do Futuro

No meio de tantas acusações, o velho amigo Ben não resiste e parte para o “pau”. Em meio a chutes e socos caíndo andar por andar do edifício Baxter, os dois vão para nas ruas de Nova York. A luta se estica até Destino carregar os autoreparos em sua armadura e desferir um raio no Coisa.

Não demora nada para Sue, Johnny e Richards chegarem para se juntar a luta, mas são facilmente derrotados pela tecnologia futurista de Doom. Todavia, rendido, Reed quer apenas saber se suas ações futuras prejudicam a humanidade. E, então, Doom se delicia com o temor nos olhos do seu grande rival. Seria Reed maligno, de fato?

Então, eis que o nosso “borracha” tem a chance de saber a resposta em primeira mão. Uma plataforma do tempo se abre bem próximo aos dois e de lá surgem a versão futurista do Quarteto Fantástico.

Quarteto Fantástico do Presente e do Futuro

A grande questão então surge. Seria Destino capaz de mudar seu passado sem apenas criar uma nova linha temporal distinta? Não seria essa a terceira lei de Kang que demonstra que é impossível mudar o passado para corrigir nosso futuro?

A resposta é sim. Sim, se a mudança for sutilmente orquestrada. E a presença do Quarteto do Futuro ali parece confirmar de fato a hipótese de Destino. A única questão é saber que lado os nossos heróis do presente devem ficar.

Quarteto Fantástico do Presente e do Futuro

Ironicamente, essa nova história para o atual quarteto parece apenas se repetir para aqueles do futuro. Como que prevendo cada passo dado, eles chegam a definir ações e próximas palavras daquele encontro. E mesmo assim, tudo acaba na boa e velha luta.

Mais experientes, os membros mais velhos do Quarteto conseguem sobrepujar Reed, Benjamin e Johnny do presente. Mas cabe as duas Sues resolverem a questão forçando Destino a falar a verdade. E eis que o Ditador que mesmo com todas as maldades e defeitos nunca foi dado a mentiras, confessa seu plano.

Quarteto Fantástico do Presente e do Futuro

O futuro não é um ruína. Na verdade, é próspero e a humanidade vive melhor do que nunca. Destino apenas inveja que essa grande conquista tenha sido apenas obra de Reed e não sua. E eis que a sutil mudança que Destino queria causar ali era justamente que essa vitória fosse orquestrada por suas mãos. No canto, o ditador lamenta mais uma vez sua derrota.

Contudo, o nosso Reed parece ter uma idéia para que desta vez todos saiam vencedores. Usando sua máquina do tempo, Richards transporta o Destino do futuro para uma terra em ruínas, dizimada pelo Hulk, que se matou logo em seguida. E eis que é dada a oportunidade para o vilão ter seu próprio mundo para salvar.

Quarteto Fantástico do Presente e do Futuro

Confusões a parte, as duas gerações do Quarteto Fantástico se despedem. Mas antes de partirem para o futuro, o velho Reed conta um pouco estaria reservado aquela família. “Vai ser difícil, mas vai ser divertido também” falou ele tocando o seu eu mais novo no ombro. “Haverá aventuras e novas descobertas ainda mais fantásticas do que as coisas que vocês viram até hoje. Haverá provocações e sofrimentos. Vocês salvarão o mundo no último momento possível. Frequentemente, salvarão mais do que isso. Haverá amor, sentimento de família e muito amizade. Não será sempre tranqüilo, mas nós vamos superar as dificuldades juntos. E quando tudo acabar, vamos deixar o mundo melhor do que ele era. E isso é o máximo que alguém pode querer”.

Quarteto Fantástico do Presente e do Futuro

O equipe do futuro parte e os nossos conhecidos heróis parecem mais felizes com as perspectivas da idéia 101. Existe uma dúvida no final disto tudo, no entanto. E Sue a pergunta ao seu marido. Afinal, quantas pessoas é preciso para que o planeta mude assim? E a resposta chega a ser bem óbvia para velhos e novos leitores.

Quarteto Fantástico do Presente e do Futuro

Esta edição 42 de Universo Marvel marca o fim do fim, ao menos para a era de Dwayne McDuffie na batuta do Quarteto Fantástico. O escritor que assumiu o título as pressas ainda no final da Guerra Civil, acabou em um ano mostrando um pouco de humor jovial misturado com aventuras um tanto exageradas, mas que sempre estavam bem acompanhadas da arte de Paul Pelletier. Agora, uma nova fase está por vir. E ela promete! Aguardem.

Coveiro

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