quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Por trás de todo grande homem (de ferro) existe uma grande mulher (de ferro?)

Quando seus 5 maiores pesadelos se tornam reais, o que resta?? Enfrentá-los, claro. Muitos poderiam fugir também, mas Tony Stark nunca foi deste feitio. Ele enfrentará seus pesadelos que se tornam cada vez mais reais e perigosos, colocando não só sua vida em risco, mas a de pessoas tão importantes quanto. Pra qualquer um isso já seria mais um pesadelo, mas é só mais uma batalha na vida do Homem de Ferro.

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Depois que uma nova ameaça se apresentou na última edição, a IGA (idéias de genocídio avançadas), o Homem de Ferro tem mistérios de sobra em suas mãos para resolver e poder salvar vidas. Depois de entender que é um “novo jogador” usando uma tecnologia semelhante à sua que causou uma explosão na Tanzânia, Tony Stark foi atrás dos possíveis responsáveis. Com respaldo de Pepper Pots (que volta com tudo ao título do herói), ele encontra alguns capangas e logo os elimina. Mas eles eram muito amadores para serem seu alvo... Até MODOG, que parecer estar no comando local, não lhe exige grandes esforços e obviamente são apenas peões no jogo todo. A eliminação deste pequeno grupo conta com a narração do protagonista, como já notado nesta nova fase de sua revista, o que dá um toque inclusive cômico com alguns comentários. Um deles, bem colocado, sobre como seria colocar medo em um “visionário” como ele... Faça com que ele espere algo acontecer.

E é assim que Tony está, esperando. A IGA deve atacar novamente, ele só não sabe como, onde, quando e por que. O que, logo, sabemos. Filipinas. Uma homenagem para heróis chamados Divisão Triunfante que salvaram muitos em um Tsunami. Monges vêm entregar colares de flores e a imagem aparentemente ingênua se transforma em destruição, como a vista na Tanzânia, os homens se tornam algo como energia pura e explodem, levando centenas consigo. Mais uma vez a narração traz o “quê” a mais na cena quando dialoga sobre porque evitamos pensar o inimaginável. Se pensássemos no inimaginável, estriamos preparados para situações como a das Filipinas, mas não nos atrevemos a isso, pois pensar nele é torná-lo possível.

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Em seguida, nos é revelado o que está por trás da explosão. Ezekiel Stane e um fanático religioso que o contratou para terrorismo. Stane abole saber seus ideais porque faz o que faz apenas por satisfação própria (e dinheiro, claro) e se exalta por um momento na discussão, revelando que também sofreu muitas transformações além de energia pelos dedos como vimos antes. Ao se acalmar, tudo volta ao normal e ele mostra as “instalações” para o homem que o contrata. Um local nada agradável será onde ele transformará homens comuns em bombas ambulantes. E é assim, permanecendo o mais clandestino possível que ele continua a se manter. Este, segundo ele, é o retrato da guerra assimétrica, “bem vindo ao século 21”.

No local da última explosão, uma análise é feita por Stark, Pots e Rhodey e a conclusão de que é a mesma tecnologia da Tanzânia, ou seja, armas a base de repulsores como as armaduras de ambos. A conclusão no cenário maior de Tony é mais preocupante ainda: Seja quem for que esteja fazendo isso está se aperfeiçoando e se internacionalizando, e devem atacar novamente em breve. Mais uma vez o destino é imprevisível.

Um pequeno corte é feito nos mostrando um dos funerais dos heróis mortos pelos “monges bomba” que o diretor da SHIELD comparece. Segundo ele, uma das piores partes, pior ainda quando se trata de um “super”. Além de poucos saberem quem realmente morreu ali por toda a questão da identidade secreta que cerca muitos heróis, existe um certo rancor dos familiares por você, outro “super” ter sobrevivido. Uma certa injustiça no ar. Uma presença torna a cena mais interessante: Thor. Amigo de um dos falecidos, ele comparece e não levanta um olhar ao antigo colega vingador. Depois de muito tentar, Tony não tem outra alternativa a não ser se render a sua vontade e chamá-lo. Mas o deus do trovão não quer conversa, joga palavras duras e se retira (e ainda amassa a armadura com o Mjolnir), apesar do pedido do ex-colega de que não torne aquilo pessoal.

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Nem só de compromissos heróicos, vive Tony Stark, e uma festa de um grupo de pesquisa, chamado “starkdinâmica”, formado por diversas pessoas brilhantes patrocinadas por sua empresa, é um deles. Esta cena mostra que Matt Fraction está trazendo um clima semelhante ao do primeiro filme do personagem o que, em minha opinião, acarreta muitos benefícios para a história. Depois de um pequeno “flerte” com Pepper no elevador mostrando, mais uma vez, uma deliciosa personalidade da parte da moça, Anthony se rende as belas mulheres da festa pedindo uma bebida à secretária, algo que a deixa revoltada. Sorte dela, sair dali foi crucial para sua sobrevivência já que segundos depois, “homens-bomba” da IGA explodiam o prédio. Isso ao mesmo tempo que Stane esbarra com o anfitrião. Enquanto o Homem de Ferro imediatamente surge com a armadura e não sofre danos na explosão, o jovem Stane permanece ali, em pé, sorrindo.

Mas o Homem de Ferro quer mesmo saber de Pots, que estava do lado de fora do prédio quando ele desabou. Ele a encontra gravemente ferida, mas viva e o discurso da narração mostra toda sua preocupação e consideração com a amiga. Ela é levada para o hospital tanto quanto outro sobrevivente: Zeke Stane, que passa sorrindo ainda pelo herói. Depois disso, Tony simplesmente sabe. Stane é o responsável por tudo aquilo e provavelmente quer o assassinar. Maria Hill persuade o diretor que aquilo não é suficiente para incriminá-lo. Tony conta (com ajuda visual aqui) sua história com o pai do jovem terrorista. De como Obadiah Stane foi o segundo homem a derrotá-lo, já que o primeiro foi ele mesmo, por estar bêbado demais para se importar. A retrospectiva aqui é muito interessante e bem narrada pelo protagonista, ele lembra de como Obadiah não gostava de perder tal como seu pai que se matou em sua frente. E, portanto, o jovem Ezekiel devia ter a mesma característica.

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Ele volta ao local da explosão para mais uma análise, mas sua mente permanece em Pepper que se encontra em cirurgia. Ela sobreviveu à explosão, mas, além da concussão e costelas quebradas a pior notícia é que estilhaços penetraram sua caixa torácica. Muitos estilhaços. Muito pequenos. Próximos à coluna e ao coração, tantos e tão pequenos que complicariam uma cirurgia no estado em que ela se encontra. A história parece familiar? Pra Tony também, e é assim que ele sugere ao médico que faça o mesmo que fizeram com ele alguns anos atrás, quando ele se tornou o Homem de Ferro. Ele a convence de colocar o mesmo mecanismo que o salvou no Oriente Médio no peito para livrá-la dos estilhaços no coração, pelo menos até ela estar bem suficiente para outra cirurgia.

Enquanto sua mente está com a amiga, seu corpo está nos destroços e encontra um artefato redondo igual ao encontrado na explosão da Tanzânia. Tudo que ele precisava, mas antes que se retire é recepcionado por armaduras chinesas que ordenam sua prisão por ele estar na cena de um crime e não reconhecerem a autoridade da SHIELD. Tony analisa os “caçadores” e vê que não há piloto, são controlados a distância, algo que vem muito a calhar quando se quer explodi-los. Basta levá-los como iscas para território aéreo internacional e bum. Pronto. Ele já tem o que precisa, mas antes, precisa ver como está Pots e seu novo aparelho no peito.

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O outro sobrevivente que se encontrava no hospital era Stane, mas ele logo se livra das enfermeiras com seus raios repulsores nos dedos e foge. Sua companheira, Sasha (que o “ajudava a se recuperar” desde a outra edição), o espera no carro como previsto. Zeke conta a ela que tudo saiu como previsto, ele sobreviveu (informação meio obvia, mas tudo bem), mas está difícil se recuperar desta vez. A carne humana é frágil demais para compensar tanta produção de calor, algo precisa absorver e redirecionar, um traje ou um uniforme. Dito e feito. Após uma fortuna gasta, estudos e tentativas frustradas resta mesmo um traje que evita que ele gere queimaduras em si mesmo.

Com uniforme, capacete e pele reparada ele está pronto para “matar Tony Stark” em suas palavras. E o próprio se encontra no hospital com a amiga Pepper com o aparelho colocado em seu peito com sucesso e a pergunta como se sente. “Invencível” é a resposta.

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Cammy

ps. para ver as capas alternativas clique aqui, aqui e aqui.

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