terça-feira, 14 de abril de 2015

Arena de Vingadores: Game Over



Com a morte da atlante Nala, tivemos a gota d’água. Corações foram desmoronados e almas terminaram quebradas. Ensandecido, a primeira coisa que o Anacronismo fez foi tentar matar o seu melhor amigo Bloodstone. A intrépida Cammi tentou por ordem nas coisas ainda, mas Nico e Chase a impediram de tentar qualquer coisa. Fora isso tudo, a perseguição entre X-23 e a Radiação continua. Enfim, se o Arcade queria um massacre em seu ato final, ele acaba de se formar nas últimas edições da Arena de Vingadores.

Mas ainda não é o fim para os jovens heróis. Enquanto estava completamente envolvido na sua “novela”, Arcade mal percebeu que estava sendo observado. Durante dias, havia duas intrusas no seu subterrâneo apenas observando suas ações – Deathlocket e Katy/Tim Bashir. Até ali, a dupla já sabia o que tinha que fazer. Era necessário tirar o Arcade da sala para os gêmeos Bashir invadir o sistema e derrubar aquele Mundo da Morte.

Coube então a Deathlocket criar uma confusão para atrair o Arcade. Inicialmente, ela tentou soltar os animais presos para experimentos, mas não adiantou nada. Era preciso algo maior. Então, foi ao invadir a sala onde estavam os corpos dos seus amigos mortos que ela descobriu que o Chris Powell, ex-Falcão de Aço, estava ainda vivo na sua câmara de extase. Com o susto que tomou, Deathlocket reagiu apenas gritando e somente isso tirou Arcade da sua sala.

No tempo certo, Bashir chegou a sala e começou a tentar derrubar a rede da ilha, mas não demorou muito para o Arcade voltar com a Deathlocket presa. E enquanto ele se gabava de ver no monitor os jovens Vingadores se matando como ele planejou, mal percebeu a chegada de Chris Powell por trás com um pedaço de ferro. Caído no chão, agora o jogo parecia ter mudado e sem os poderes do Mundo da Morte ali, a derrota do Arcade era certa.


Todavia, Chris ainda estava bem convalescido e mal podia suportar ficar de pé. Foi a deixa pra Arcade por a mão no monitor e se teleportar para longe dali. Restara a Katy/Tim apenas aprenderem a se infiltrar no sistema e acabar de vez com todo aquele terror enquanto mais mortes não ocorriam na superfície. Porém, quando Deathlocket saiu para tratar o Powell em outra sala, o Arcade entrou em contato por vídeo com Bashir e tentou convencer a versão malvada dos gêmeos a continuar seu plano. Em troca, ele editaria o vídeo final para parecer que Katy não era tão má assim. Ela seria a única sobrevivente a contar a história que quisesse.


E assim, Bashir aceitou a tentação. Controlou de novo a Deathlocket para alvejar Powell e apenas sentou-se na cadeira para ver os jovens ex-colegas se matarem. Porém, o que viu foi apenas mais um ato de heroísmo. Quando a Radiação já estava perdendo o controle, o Réptil se transformou num crocodilo gigante e a levou para o fundo do mar onde os dois explodiram num raio que não pudesse afetar os outros. E esse ato foi o suficiente para todos os demais pararem e cair na real mais uma vez.

Mas esse não era o fim que Katy Bashir queria. Ela então acionou todos os dispositivos de desafio da ilha contra os demais – Enxames de super-abelhas, Homens de Areia, Ondas Vivas e todas as sortes de ameaças. Os últimos sobreviventes não resistiriam por muito tempo e foi vendo aquele massacre que Deathlocket reagiu a sua programação e atacou Bashir. Ainda que isso significasse também matar o Tim, a Deathlocket desta vez matou os gêmeos Bashir se livrando de vez do controle deles.



Na superfície, a programação de ameaças cessou. Deathlocket ressurge e diz que o jogo terminou. E eles sãos os sobreviventes, mas não vencedores. Chase, Nico, Deathlocket, Anacronismo e Cammi. Também estavam em algum lugar da mata o Bloodstone e a X-23. E para surpresa de muitos, a Radiação aparece viva sendo trazida pelas ondas do mar. O resgate chega no trigésimo dia e revela que o Chris Powell também está vivo e, provavelmente, o Réptil. Os diretores das respectivas escolas estão lá para tomar seus alunos.

E longe dali, o Arcade vê na TV a repercussão de seus atos. E começa a colocar online os vídeos editados de seu grande jogo.

É a conclusão das 18 edições de Arena dos Vingadores aqui. Algo que me surpreendeu bastante, dado inicialmente todo o preconceito que tinha com a temática. Também foi o momento de descoberta de um escritor potencialmente magnifico, Denis Hopeless, que conseguiu trabalhar o caráter de personagens de universos tão dispares muito bem. Colocando ação, criatividade e humor na medida certa, Hopeless provou que pode pegar uma ideia qualquer e dar um caminho totalmente diferente e bom. O final, que deixa no ar uma suposta vitória do vilão, marca ainda mais essa série e me fez gostar de um personagem que até então eu desprezava, o Arcade. Mas a continuação disto tudo ainda há por vir em Avengers Undercover. Espero que a Panini não demore em publicá-la. Por muito tempo, Arena foi o melhor título da mensal Avante, Vingadores e nada justificaria não continuar com essa série.


Coveiro

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