domingo, 11 de maio de 2008

Justiceiro: A Busca pelo Herói


Punisher War Journal #5

A revista Justiceiro: Diário de Guerra ressurgiu direto como uma história ligada à Guerra Civil, na qual vemos a ajuda que o vigilante mais impiedoso da Marvel deu ao grupo anti-registro e, de forma surpreendente, deixou clara sua adoração pelo Capitão América. Mas Steve Rogers perdeu a guerra. Entregou-se, ordenando que seus comandados parassem de lutar. Mas Frank Castle não parou. Pegou a máscara jogada por Rogers e continuou. Detonou o vilão Rino. Detonou um bar cheio de vilões meia-boca que tratavam a prisão como um country club, de onde pareciam sair a hora que quisessem. Porém, desde o tempo da Guerra Civil, Frank tem uma pedra e seu sapato: G.W. Bridge, que inclusive se demitiu da SHIELD para agir de forma mais “livre” e capturar definitivamente o Justiceiro. Na volta do artista Ariel Olivetti, Matt Fraction (de Punho de Ferro) continua a escalada de Castle no mundo dos supervilões.

A história continua, então, em Marvel Action 16, sob uma perspectiva inusitada do que seria o diário de Frank. Isso porque a ótica mostrada é a de Ian. Um jovem novaiorquino que se tornou policial depois do 11 de setembro, que se orgulha por ser útil a turistas e moradores, por nunca ter sido necessário sacar sua arma para manter o quarteirão de que toma conta em ordem. Isso tudo muda quando, no meio da tarde, de uma explosão, através de um rombo em uma parede, surge o criminoso conhecido como Guerrilheiro – cujos poderes se assemelham ao de Random, que recentemente apareceu em X-Men.

Enquanto Ian não consegue tirar a canção NYC (sigla de New York City), do grupo Interpol, atrás do vilão surge um furioso G.W. Bridge. Mas se sua missão é capturar o Justiceiro, o que está fazendo ali? A resposta só virá mais tarde. Enquanto isso, Guerrilheiro pega uma mulher de refém, fazendo com que o jovem policial saque sua arma pela primeira vez. O velho agente da SHIELD tenta fazer com que Ian se afaste por aquilo estar fora de suas capacidades, mas ele se recusa.

Justiceiro: Diário de Guerra

Em plena Times Square os problemas se multiplicam, quando, sob os olhares da imprensa, a imagem do ataque se reproduz em todos os telões do local e, provavelmente, de todo o país. Ian mostra uma coragem surpreendente, e Guerrilheiro vai perdendo a paciência. Bridge convoca um esquadrão de mata-capas e vai falar com os policiais responsáveis pela cena do crime. Ganhando controle da operação, ainda que em um discurso um pouco furado pareça não querer ganhar, o velho agente enfim descobre quem é aquele policial magricelo cuja coragem pode causar uma tragédia.

Justiceiro: Diário de Guerra

Ian é fruto de dois episódios recentes de morte e destruição nos EUA. O cargo que ele ocupa, "policial auxiliar", foi criado pelo antigo prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, logo depois do 11 de setembro, quando duas aeronaves domésticas atingiram propositalmente o World Trade Center, sob ordens do terrorista internacional Osama Bin Laden. Ian, por seu lado, perdeu o irmão em Stamford, incidente que deixou mais de 600 mortos após ataque desordenado dos Novos Guerreiros e estopim da Guerra Civil.

Já sob os olhos de uma equipe especial da polícia, Guerrilheiro parece prestes a fazer uma besteira. Contudo, além do helicóptero para fugir que exigia, aumenta sua lista em um discurso para as câmeras que parece totalmente ensaiado: ele quer Frank Castle no local. Mas, por quê?

Justiceiro: Diário de Guerra

Quando Ian parece se acovardar cada vez menos, o criminoso perde a paciência e, grita para todos ouvirem que não foi aquilo que combinou com Bridge. Mas antes de terminar a frase, no meio da multidão ele percebe Castle observando tudo. Esquecendo qualquer outra coisa em volta, prepara-se para atirar. Mas antes, um tiro pega seu pescoço de raspão, incapacitando-o. O autor dos disparos é Bridge, que vê sua perigosa armadilha para capturar o Justiceiro ir toda errada graças ao heroísmo de Ian.

Justiceiro: Diário de Guerra

Ele consegue disfarçar e evitar qualquer questionamento mais profundo sobre as palavras do Guerrilheiro, mas Frank sabe o que ouviu. Já novamente misturado à multidão, pensa em como seu “caçador” está se afundando para capturá-lo. Envolvendo-se em qualquer tipo de sujeira.

Porém, antes que pudesse continuar, uma cena muito mais chocante toma conta dos telões de Times Square. Onde antes se via as imagens de um vilão de quinta categoria criar um rebuliço em Manhattan, surgem imagens do assassinato do Capitão América. Todos ficam atônitos, inclusive Frank, cuja única reação é pensar “ele não”. E o Justiceiro se sente sozinho na multidão.

Justiceiro: Diário de Guerra

O que fará Frank Castle, agora que o herói por quem tinha mais respeito morreu sob circunstâncias misteriosas? Respostas na próxima edição.


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