sábado, 31 de janeiro de 2009

Confronto Supremo: Conclusão (ou Soc! Pow! Paff! Crash! )

Liderados por Nick Fury, vários heróis se uniram para efetuar o resgate de Reed Richards. Claro, para isso ocorrer, teriam que encarar o Esquadrão Supremo. Porém, nem tudo é o que parece nessa história e, descobrimos que o general era aliado do Dr.Destino. Agora temos reais motivos para temer a conclusão de Confronto Supremo. Espere, você acha que o motivo do medo é o vilão? Claro que não, é que o escritor da parte final, publicada em Marvel Millennium Homem-Aranha nº83 à 85, é Jeph Loeb.

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Os heróis começam a sofrer nas mãos de Victor Van Damme. Mas, afinal de contas, qual a participação dele nisso tudo? Essa é a pergunta que fica em nossas cabeças e na boca do Homem-Aranha que, felizmente, a faz para a pessoa certa.

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Voltamos um pouco no tempo, mais especificamente, ao dia que Reed fez sua proposta para Fury e essa foi rejeitada. Carol Danvers adverte que o jovem cientista iria desafiá-lo, algo que o general contava que ocorresse.

Embora não goste de lidar com Destino, assim como não gostava de lidar com Saddam, o general leva as sondas ao vilão. O objetivo? Alterá-las, para que as informações por ela obtidas fossem transmitidas para a SHIELD, antes de ir ao Edifício Baxter. As sondas são alteradas e trocadas e, como planejado por Nick, Reed lançou as sondas e o resto é história. O mundo do Esquadrão foi destruído no processo e eles buscaram retaliação.

Portanto, Richards estava sendo acusado por algo que Destino tinha feito. Será que era essa toda a verdade? No Pentágono, Reed ainda está desacordado, vítima do gás do arrogante Emil Burbank. Ele continua se gabando, relembrando de suas realizações por ser o homem mais inteligente da Terra, tendo recebido até mesmo o Prêmio Nobel da Paz. Porém, demonstra frustração por essas serem eclipsadas por Hipérion e os outros superseres, acreditando que nunca chamaria mais atenção do que eles.

Isso até ele receber uma proposta do General Alexander que, preocupado com uma eventual mudança de comportamento de Mark Milton, pede para o cientista criar alguma forma de "dar um jeito" no herói. Burbank cria um organismo que, crescendo como uma infecção, emitiria uma radiação que deteria Hipérion. O único problema era que as baixas civis chegariam ao número de 10 milhões, perdas aceitáveis para Alexander.

Porém, Emil não queria entrar na história ao lado de Hitler e Stalin, exigindo um bode expiatório. O general, mostrando uma das sondas de Reed, sugere uma invasão de outro universo.

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Reed foi acusado injustamente e nem poderia fazer nada a respeito. Isso era o que Emil acreditava, porque o líder do Quarteto Fantástico expandiu seus pulmões e fingiu-se de morto. Agora, sabendo da verdade, Reed o prende, pretendendo arrancar uma confissão.

Do lado de fora, a porrada continua comendo solta. Thor sai no braço com Hipérion, Zarda e Dr.Espectro, sendo auxiliado pelo Tocha Humana.

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E o que o grande Nick Fury pretende fazer para remediar a participação de Destino? Ora, quando se tem uma raposa no galinheiro é preciso arrumar um cão ainda mais bravo.

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Sim, meus caros, o Hulk também está presente nessa história, mas os problemas ainda não acabaram. Aconselhada por seu irmão, Pietro, a Feiticeira Escarlate concentra seus poderes no Esquadrão Supremo, trazendo uma pequena surpresa com isso.

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Um Esquadrão Supremo "clássico" entra em cena e se você acha que essa aparição é exatamente igual a da chegada do outro grupo no Ultiverso, você está certo. Tudo bem, o Greg Land já está acostumado a copiar tudo, inclusive a si próprio, mas ao menos nesse momento, tem a justificativa de repetir a mesma cena por um recurso narrativo.

Bem, o bicho pega. Pancadaria total e generalizada. No meio do conflito, algumas revelações, como uma sonda do Reed os ter levado até ali, a redução dos poderes dos dois Esquadrões pela metade e a revelação que o Dr.Destino (chamado erroneamente de Von Doom por Tony Stark), na verdade, era um robô. O conflito pára quando Joe Ledger diz a Thor que se foi alegada inocência, o verdadeiro culpado seria encontrado.

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A frase acima resume toda a 7ª edição, provando que a história foi se resumindo mais e mais apenas a pancadaria. Falando nisso, logo agora que o conflito cessa, Fury joga o Hulk na batalha, com o Homem-Aranha, literalmente, a reboque. Isso, segundo o general, é estratégia básica, pois dois lados equiparados em combate se unem quando um 3º elemento é incluído.

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Chegamos então na conclusão que, sinceramente, não tem muito o que se falar. Temos páginas e páginas dos dois Esquadrões e os heróis do Ultiverso enfrentando o Hulk. Enquanto isso, as duas versões de Arcanna Jones se unem com Wanda, buscando uma solução para resolver o problema de transporte dimensional.

Um detalhe interessante é que as duas versões do Esquadrão não só dividem os poderes entre si, mas também os pensamentos, chegando a falar ao mesmo tempo ou completarem frases uns dos outros.

Por fim, o Coisa, com uma pequena ajuda do Homem-Aranha e da Mulher-Invísivel, consegue derrotar o Hulk.

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As três feiticeiras unem seus poderes, o Esquadrão clássico parte e chega a hora das resoluções.

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Nick Fury e Emil Burbank são presos no mundo do Esquadrão (o que explica a ausência do general nas atuais histórias do Aranha), Zarda parte para investigar o Ultiverso e garantir que não se voltem contra eles, Hulk é confinado no Triskelion e Carol Danvers é cotada para assumir a direção da SHIELD.

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Agora, estranho mesmo é Stark falando ao Capitão que agora eles estavam por conta própria. Oras, eles já não estavam desde a conclusão da 2ª temporada dos Supremos? Bem, mais confusões cronológicas do Ultiverso.

E, para ter o toque piegas final, temos mais uma cena entre Reed e Ben, onde o primeiro fica triste por não poder curar o amigo (a incompetência dele nesse assunto é inverossímil demais, aqui e no 616), enquanto este demonstra não estar nem aí, mas termina em lágrimas. Cena inédita na história dos quadrinhos.

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Assim termina uma história que possui grande potencial, mas fica apenas no "quase". Triste ver que, no fim das contas, tudo se resumiu na pancadaria, principalmente a parte final. E como as cenas de ação não são lá essas coisas, por culpa de Land, acabamos ficando na mão. De interessante mesmo foram as mudanças para o pessoal do Esquadrão, com Emil e Fury presos. Zarda no Ultiverso achei meio desnecessário. Ah, esqueceram que o Esquadrão clássico chega dizendo que seu mundo também foi destruído? Pois é, coisas de Loeb.

Falando no autor, a novidade da revista será a estréia da 3ª temporada de Supremos, na próxima edição.

Para escrever uma boa história, em quem você confia? Bem, com certeza, não nele.

Eddie

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