segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Capitão América: Passado não tão distante


Captain America #43

Ele estava vivo desde o fim da Segunda Guerra Mundial, e foi usado como assassino pelo grande inimigo do seu país durante a Guerra Fria. Libertado do controle imposto por um regime já não existente, Bucky Barnes, o principal parceiro de Steve Rogers antes do seu longo período de hibernação pós-guerra, ainda procurava por sua identidade perdida quando o Capitão América foi assassinado. Relutantemente assumiu o escudo e o símbolo que Steve carregou por mais de meio século, mantendo seu legado como o novo Capitão América. Contudo, seu passado como Soldado Invernal e o fardo de substituir Rogers ainda assombram Bucky, e esses não serão os únicos fantasmas do passado a lhe assombrarem no arco iniciado em Novos Vingadores 69.

A história começa com um flashback dos tempos de guerra, de uma missão em que o Capitão América e Bucky, acompanhados do Tocha Humana original, chegam a Xangai, China, em 1942, o que logo os leva a um confronto com soldados locais. Porém, a lembrança de Bucky é logo interrompida por Natasha, a Viúva Negra, que o chama de volta para o quarto para descansar. Mas ele ainda se sente estranho desde que frustrou os planos do Caveira Vermelha, que começaram justamente com o assassinato de Steve.

Capitão América: A Flecha do Tempo

Natasha diz que a sensação é normal, porque agora todos sabem de sua existência, pois ele está provando isso combatendo criminosos, e, principalmente pela sua participação decisiva na batalha final contra as forças invasoras skrull (cujos detalhes são deixados em suspenso, uma vez que Invasão Secreta ainda não teve sua derradeira edição concluída), o que fez com que parte da comunidade heróica reconhecesse seu valor.

Mas ele continua cético e hesitante, crendo que sua credibilidade depende diretamente de Sam Wilson, o Falcão, e que suas ações no passado como Soldado Invernal estão longe de serem limpas. Ele reluta em aceitar ser um herói, pois não se sente como um. Mas Natasha reafirma que Bucky não teve culpa, que foi manipulado de maneira semelhante ao que fizeram com Sharon Carter, para que ela atirasse e matasse Steve.

Capitão América: A Flecha do Tempo

As palavras da Viúva o confortam um pouco, assim como sua companhia e afeto, mas mesmo assim ele prefere sair na madrugada com sua moto, para clarear as idéias.

Ao mesmo tempo, na Unidade de Pesquisas Científicas da ONU em Nova York, um ataque inesperado ocorre. Batroc, o habilidoso lutador e vilão Frances invade o local, e com um plano bem definido vai atrás de algo bem específico.

Capitão América: A Flecha do Tempo

Enquanto isso, rodando de moto pela cidade, Bucky continua a considerar que suas últimas ações foram, de fato, dignas do que Steve esperaria dele, mesmo que a derrota do Caveira pareça algo que não o fez desaparecer para sempre. O rapaz se assusta com o próprio ceticismo, não entendendo porque não consegue ficar feliz com seus feitos. De repente, logo após ser reconhecido na rua, usando um rádio conectado à freqüência da polícia, ele fica sabendo do ataque à unidade da ONU, dirigindo-se para lá.

Capitão América: A Flecha do Tempo

Saindo de lá, Batroc confirma a obtenção das informações, quando é abordado por Bucky, que, ao atacar, ainda estranha o caráter público que sua nova persona de Capitão América demanda, já que sempre trabalhou mais como agente secreto, e ações nas quais os objetivos deveriam ser atingidos sem se preocupar com a reação da opinião pública.

Ele logo avista Batroc, e assim a luta fica mais complicada, uma vez que, mesmo sabendo das habilidades do o oponente, Bucky não tem a mesma capacidade que Steve tinha. De qualquer forma, o francês logo nota que o oponente é valoroso, e só sai vitorioso porque os agentes que o acompanhavam no roubo dispara um raio de energia em Bucky, deixando-o desacordado. Na fuga, Batroc repara o escudo revelado com a destruição de parte do casaco de Bucky, exclamando em bom francês: “exatamente o que me faltava...”.

Capitão América: A Flecha do Tempo

Finalmente colocando seu uniforme – já que as autoridades logo se aproximavam – Bucky recorre a Natasha para que consigam informações mais precisas sobre o roubo. Usando seus contatos na ONU, a Viúva Negra, com o Capitão América, ficam sabendo da gravidade dos dados roubados.

Contudo, antes disso, ficamos sabendo do objetivo daquela missão relembrada no início da edição, quando em novo flashback vemos Bucky, de metralhadora em punho, abordar um adolescente chinês que, impressionado com os movimentos do Tocha Humana, confirma sua identidade. É o professor Zhang Chin, um gênio precoce que deveriam resgatar.

Capitão América: A Flecha do Tempo

De volta ao tempo presente, o convencido Batroc se encontra com o homem que contratou seus serviços em um restaurante, mas parecia mais preocupado em falar da intervenção do novo Capitão América do que do sucesso da missão. O misterioso homem, que logo sabemos ser agente de alguém mais poderoso, fica feliz com o sucesso, mas se espanta ao ver os registros feitos pela equipe de Batroc.

Exclamando em chinês (revelando sua nacionalidade), ele não consegue acreditar que o novo Capitão América é o Soldado Invernal, mostrando-se ansioso por mostrar a seu líder tal informação.

Capitão América: A Flecha do Tempo

O passado de Bucky, como dissemos, não se deixará ser esquecido. E ao que tudo indica, mais uma vez ele deverá lidar com suas ações como agente soviético arco em três partes A Flecha do Tempo, que mantém Ed Brubaker nos roteiros e traz Luke Ross na arte.


João

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