domingo, 15 de novembro de 2020

Panini Brasil faz mudanças no formato dos títulos mensais da Marvel em 2021


Com a liberação do catálogo da Panini, fomos surpreendidos com a informação não só dos anúncios do mês de Novembro, como também dos anúncios do mês de Dezembro. E antes de ler esses anúncios das publicações da Marvel, a Panini Comics Brasil apresentou um texto resumindo o que poderemos esperar do novo formato das revistas mensais a partir do ano de 2021. 


Sobre essas mudanças, vamos começar a falar que o título X-Men vai realmente se tornar um título quinzenal, com o número de páginas passando a oscilar entre 160 e 176 páginas, com capa cartonada e páginas em couchê brilhante, ao invés das 112 páginas que vem sendo adotado até a edição 6, que sairá em Dezembro. Esse aumento de páginas e a mudança de periodicidade do título será para englobar todos os títulos mutantes, segundo a própria Panini Brasil, nesse encadernado dessa nova fase sob o comando de Jonathan Hickman. X-Men já vai se tornar quinzenal em Dezembro desse ano. 

Vingadores, O Espetacular Homem-Aranha e Venom são os outros títulos que passaram a se tornar encadernados com 96 páginas, também em papel couchê brilhante e capa cartão. Em Vingadores e O Espetacular Homem-Aranha até o momento seguirão mensais. Venom já se tornará bimestral, chegando nas bancas em 2021 em Fevereiro, com a edição 21, que dará a conclusão ao arco Ilha Venom e da minissérie Homem-Aranha Simbionte. 


Passando agora para o catálogo propriamente dito com os anúncios de Novembro e Dezembro, já destaquei acima sobre X-Men que em Novembro teremos a edição 5, que trará as primeiras edições de X-Men, Carrascos e Excalibur. Em Dezembro, já teremos as edições 6 (X-Force 1, Novos Mutantes 1 e Anjos Caídos 1) e, quinze dias depois, 7 (X-Men 2, Carrascos 2, Excalibur 2, X-Force 2, Novos Mutantes 2 e Anjos Caídos 2). O preço sugerido das edições é de R$24,90 cada. Esse preço vem sendo adotado desde o primeiro encadernado com a nova fase do Hickman. 


A edição especial americana Incoming virá para o Brasil com o nome de Advento, arco que explicamos aqui no site, que prepara o terreno para o próximo arco da Marvel, que será Impéryo (isso mesmo, Panini traduziu escrita assim mesmo), onde o encadernado Vingadores abordará todos as edições ligadas ao evento. Mais pra frente darei minha opinião sobre tudo isso. A revista terá capa cartonada, 96 páginas em couchê brilhante com lombada quadrada. O preço sugerido é de R$17,90 e programado para o mês de Novembro. 

Jessica Jones: Filha Púrpura é uma continuação dos eventos que ocorreram na edição especial Jessica Jones: Ponto Cego, que fiz a resenha sobre o material que veio para o Brasil. O material terá capa cartonada, 128 páginas em couchê brilhante e lombada quadrada. O preço sugerido é de R$28,90 e está programado para o mês de Novembro. 

Para os fãs dos primórdios da Marvel Comics, a Panini trará agora em Novembro o grande encadernado histórico Homem-Aranha: As Tiras (1977-1979) - Edição Definitiva. Como o título diz, o material um compêndio de todas as tiras do aracnídeo publicadas entre os anos de 1977 e 1979, contendo histórias produzidas por Stan Lee e John Romita, o paizão. Esse material terá capa dura, 336 páginas em papel offset e lombada quadrada. O preço sugerido é de R$149,90. 

Não posso deixar de mencionar as edições Marvel Vintage, que são mencionados três cadernos para o mês de Novembro, todos eles com capa dura e papel couchê no miolo. Teremos Vingadores: Guerra Kree/ Skrull, 224 páginas a R$84,90; Hulk: Futuro Imperfeito, com 152 páginas a R$57,90 e Soldado Invernal: O Inverno Mais Longo, com 336 páginas a R$122,90. 

Eu acredito que essa decisão da Panini com relação aos títulos regulares vai dividir a opinião do público. Claro que ao passar pela postagem da Panini no Facebook, aparentemente muita gente não gostou muito da decisão do encadernado dos X-Men, tornando o preço mais inflacionado, mesmo que ainda significou em uma redução drástica de número de edições nas bancas. E as desculpas de sempre ainda é sobre que a Panini está melhorando o material apenas para inflacionar os produtos e tornando os quadrinhos mais de elite. Alguns até propõem a volta do formatinho em papel jornal como uma possibilidade de mais popularização dos quadrinhos. 

Particularmente, no começo com os X-Men, achei interessante, porque se fez uma material gráfico com uma qualidade muito refinado e não ficou, no meu ponto de vista, caro. Contudo, não é um tipo de coisa que muitas estão vendo com bons olhos. É a velha questão que muitos levantam que eu resumo como "preferência por um material físico que posso jogar fora depois, mas que eu possa pagar, do que apenas ter um material que pode ser colecionável". 

Mas uma coisa que eu realmente achei muito preocupante foi X-Men. Mesmo que a fórmula tenha funcionado para lançar Dinastia X e Potências de X, e que particularmente não curti tanto, é preocupante ver que o título será quinzenal para poder abraçar todos os títulos que são publicados pela Marvel. Isso limita consideravelmente o poder de escolha do público, uma vez que se o leitor apenas quiser acompanhar um título, ele terá que pagar por um preço que embarca outras que ele não tem interesse. 


Muita gente esperava que a Panini Brasil fosse ampliar o catálogo, mesmo que isso significasse entupir as bancas com dezenas de títulos da Marvel, além de outras editoras que não podemos ignorar a existência delas. Sinceramente, acredito que o problema sempre irá existir, uma vez que o nosso país ainda trabalha com bancas e nem todas as bancas tem o trabalho de ter um cuidado primoroso com quadrinhos. Em um cenário hipotético, se a Panini resolvesse trazer de volta o formatinho, pessoas reclamariam porque haveria muito material com grandes avarias, por serem mais frágeis e facilmente descartáveis. Trabalhar com os títulos todos separados, sem nenhum mix, haveria uma lotação de materiais nas bancas, que poderia a acarretar em materiais danificados porque eles seriam muito mal alocados. 

Sempre haverá reclamações, mesmo se a Panini resolver investir em lojas especializadas em quadrinhos, as famosas comicshops. Claro que em nenhum momento vou defender que é importante manter uma qualidade de quadrinhos mais alta, ou que quadrinhos tem que espelhar a realidade social da grande maioria então que seja ignorada a qualidade gráfica. Apesar que a Panini Comics ainda tem o problema de revisão textual de seus títulos, até mesmo revisão de arquivos para gráfica, como aconteceu com um material do Conan, que parte dele foi impresso sem nenhuma tradução. Então, o que eu posso fazer é manter esses questionamentos abertos a vocês, apresentando esses problemas. 

Outro ponto é que, mesmo que eu diga que a ideia desses mixes possa ser preocupante agora, eu vejo que mais pra frente ele se torna uma solução interessante, como a publicação do arco Impéryo, que ficará concentrado todo em um mix só, bem como o arco X de Espadas, que ficará apenas em X-Men mesmo que saindo quinzenalmente. Esses dois exemplos, em matéria de valores, mostra que fica mais em conta ler todo o arco assim do que se fosse ter que comprar todos os títulos. 



Particularmente, eu realmente tenho interesse agora em adquirir o que sair do arco Impéryo e o arco X de Espadas, que a Panini Comics já sinalizou que teremos ambos no próximo ano. Talvez eu também pegue alguma coisa do Quarteto Fantástico desenhado pelo R.B. Silva. E você, caro leitor? O que você achou dessas mudanças para o próximo ano? Vai te impactar muito? Não vai impactar tanto? Vai também deixar de colecionar quadrinhos depois desse anúncio? Quer a cabeça de todos da Panini Brasil numa bandeja? 

Marcus Pedro

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