quinta-feira, 5 de novembro de 2020

X de Espadas: A história de Arakko... de novo - Parte 12

A edição de X of Swords: Stasis termina com uma chocante revelação para Apocalipse. Sua supostamente perdida esposa, Genesis, era na verdade a Aniquilação e por trás de todo o ataque traiçoeiro de Arakko no Outro Mundo rumo a nossa realidade com o objetivo de exterminar Krakoa e seus mutantes. Com X-Men 14, Jonanthan Hickman coloca esse casal face a face mais uma vez e mais uma vez ouvimos a história de Arakko. Desta vez, sob a perspectiva de Genesis.


Num canto da cidadela flutuante de Saturnyne, Apocalipse encontra mais uma vez Genesis. O velho mutante parece estar abatido com a revelação e sua esposa graceja por ele parecer "fraco" ao se refugiar ali. Apocalipse então cobra da esposa o fato de ela usar a espada crepuscular, que outrora partiu a Terra de Okkara e separou os dois. Genesis diz que aquilo não passa de um instrumento e oferece um tempo para conversar e esclarescer as coisas antes do Torneio começar. É assim que ouvimos mais uma vez a história de Arakko.


As imagens são as mesmas do que já vimos antes, mas sob a visão de Genesis nem tudo é igual. Ao que parece, não está claro porque Apocalipse foi o único que ficou na superfície e deixou sua esposa e filhos para trás. Diferente do que dizia a outra história, Genesis não considerou tal ato um sacríficio da parte dele. Deixada sozinha para lutar, ela continuou a guerra contra Ameth e prevaleceu. Eles perderam muitos naquele dia, mas o exército do Espada Branca que ia na frente garantiu a segurança dos que vinham depois sob o comando de Genesis. Vimos então ela construir a nação de Arakko naquele mundo bem protegida das hordas externass de Ameth.

Foi quando o profeta Idyll previu a queda do lugar e Genesis decidiu atacar antes que os inimigos chegassem. Ela venceu várias lutas até ser derrotada pela primeira vez pelo Espada Branca, que criou um tipo de seita de mortos que renascem com seu exército. De volta pra casa, Genesis encontrou sua irmã que lhe informou a verdade sobre Ameth. Ao partir para o reino de Aniquilação, descobrimos que na verdade o reino de Amenth por todos esses anos fez experimentos geneticos e criou um exército de hibridos entre mutantes e os demônios. Aí vem a parte que a história mais muda - Genesis enfrentou Aniquilação naquele dia e a matou.

Contudo, ao matar Aniquilação e deixar a máscara dourada sem dono, o exército de híbridos de mutantes-demônios saiu por aí fora de controle e começou a destruir tudo ao redor. Alcançou Arakko desprotegida antes da volta de Genesis e quase dizimou o lugar. O Conjurador foi enviado pra superfície em busca de ajuda, acreditando que o avó tinha de fato criado um grande exército dos mais fortes mutantes para um dia lutar contra Amenth. Contudo, enquanto isso, Genesis não resistiu e tentando controlar as hordas inimigas acabou vestindo a máscara. Ela não conseguiu ser forte o suficiente e a Aniquilação dominou-a e passou a controlar o seu exército rumo a Krakoa. Dryador foi só o começo.

Genesis termina sua história contando que assim que sua maior vitória foi também sua maior derrota. Agora, não há mais o que fazer. Ela quer Krakoa. E mesmo que seu marido esteja agora ao lado para ajudá-la a resistir, nada impedirá Aniquilação de ter o que quer. Apocalipse diz que Krakoa não é de nenhum deles para ser tomada. Contudo, a Ilha Mutante teria espaço para os mutantes de Arakko, seus filhos e sua mulher. Genesis desdenha da conversa. Diz que Arakko foi feita sob a Guerra e Krakoa parece ser algo fraco, leve. Irá durar? Bem, Genesis em breve saberá...

A história termina com alguns extras que valem a pena ser lidos. Assim como Krakoa, parece que Arakko é forjada sob três leis principais - Fazer mais mutantes, Destruir seus inimigos e Defender a Terra Destruída. Os extras também revelam como Arakko conseguiu se manter por tanto tempo íntegra dentro de sua fortaleza. Toda e qualquer insurreição era impedida física e mentalmente. Podemos dize que os mutantes de lá era Prisioneiros de sua própria terra. Por fim, houve uma última profecia do mutante Idyll: "Apenas sob a Lua Negra, dois se tornarão um. Uma luz branca vai julgá-los e uma terra vermelha irá separar os dois para sempre".

A edição é bastante complementar aqui e não chega exatamente a colocar nada novo. Pode até ser um pouco irritante para o leitor ter que inclusive acompanhar os mesmo quadrinhos já feitos por  Leinil Francis Yu em quase 100% da revista. Temos apenas umas novas páginas de Mahmud Asrar que esclarece mais a relação espinhenta entre Genesis e Apocalipse aqui. Não vou dizer que a edição é desnecessária, mas sim que foi um exagero narrativo repetir tudo isso com quase pouca coisa nova a aderir a história. Mas tudo bem. Jonanthan Hickman tem direito a patinar e errar de vez em quando.

Coveiro

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