No último arco de histórias do título Indestrutível Hulk, que em seguida se torna novamente apenas Hulk, o roteirista MARK WAID joga não apenas Bruce Banner e seu alterego de cabeça no mundo da Inumanidade, mas faz o mesmo com sua equipe de cientistas, dando um desfecho bastante inesperado – ou quase inexplicável – a sua história. Tudo visto nas edições 15, 17 e 18 de Universo Marvel.
Após ser “agente do tempo”, Banner se volta para a pesquisa dos efeitos da bomba terrígena. Mas quase imediatamente se vê em meio ao seu maior dilema desde que se tornou o Hulk, colocando em risco a vida do assistente com quem tem o melhor relacionamento, Randall Jessup. Mas nada disso impede que, com achados na América do Sul, todos da equipe se voltem para a solução do problema. E é então, ainda com Jessup como pivô de toda sensação de culpa em torno de sua própria existência, que Banner e Hulk voltam a ser o que sempre foram: uma força da natureza na qual poucos confiam, até mesmo aqueles que se dizem seus amigos. Daí em diante as coisas só parecem piorar.
Piora porque se inicia uma sequência familiar a Banner. Ele tenta ajudar com os efeitos da bomba terrígena, mas suas ações – como quase sempre – são mal compreendidas pelo Homem de Ferro, pelo Fera e por Hank Pym. Além de reforçar o quão pouco seus supostos aliados confiam nele, acabam favorecendo o fracasso da proposta de Banner. Um golpe em sua confiança, retornado com golpes das mãos verdes do Hulk.
Nesse interim, a equipe de Banner acaba exposta às névoas terrígenas, revelando que Jessup era um inumano adormecido que, no meio de uma discussão com seus colegas, vê-se em pleno processo de transformação. Além da desesperada reação da cientista Patty Wolman, que viu nesse fato mais uma oportunidade perdida de se livrar do câncer que ameaça sua vida, a transformação de Jessup em uma criatura que absorve sentimentos de raiva e de medo faz dele um formidável adversário para o Hulk.
Mas ainda imbuído de um grande sentimento de culpa por expor Jessup a inúmeros perigos, o Hulk luta para libertá-lo dessa condição. Mas primeiro era preciso acalmá-lo e em seguida livrá-lo das mãos de outro personagem, Ted Goodrich, que pretende estudar o novo inumano após captura-lo.
A arte nesse arco de histórias é um caos. Nada menos do que cinco artistas, com estilos nem sempre similares, se alternam até mesmo dividindo alguma das cinco partes da história. MAHMUD ASMAR, CLAY MANN, JHEREMY RAAPACK, JOE BENNET e MIGUEL SEPULVEDA, sendo que este último, em minha opinião, é o que traz a melhor representação do Hulk. Porém, independentemente de vermos ótima arte, a variação constante incomoda um pouco a narrativa, além de dar um ar de trabalho corrido.
O Hulk de Sepulveda.
Mais do que fisicamente, a história golpeia forte no ego e na confiança tanto de Banner quanto do Hulk – o que é apenas confortado pelo fato de ambos efetivamente conseguirem salvar e proteger Jessup de todos os que têm interesse em sua transformação. Porém, como resultado do confronto, o fragilizado Banner sofre um ataque de consequências inesperadas. É o fim do “indestrutível Hulk” e o início do mistério: Quem matou Bruce Banner?
João
Após ser “agente do tempo”, Banner se volta para a pesquisa dos efeitos da bomba terrígena. Mas quase imediatamente se vê em meio ao seu maior dilema desde que se tornou o Hulk, colocando em risco a vida do assistente com quem tem o melhor relacionamento, Randall Jessup. Mas nada disso impede que, com achados na América do Sul, todos da equipe se voltem para a solução do problema. E é então, ainda com Jessup como pivô de toda sensação de culpa em torno de sua própria existência, que Banner e Hulk voltam a ser o que sempre foram: uma força da natureza na qual poucos confiam, até mesmo aqueles que se dizem seus amigos. Daí em diante as coisas só parecem piorar.
Piora porque se inicia uma sequência familiar a Banner. Ele tenta ajudar com os efeitos da bomba terrígena, mas suas ações – como quase sempre – são mal compreendidas pelo Homem de Ferro, pelo Fera e por Hank Pym. Além de reforçar o quão pouco seus supostos aliados confiam nele, acabam favorecendo o fracasso da proposta de Banner. Um golpe em sua confiança, retornado com golpes das mãos verdes do Hulk.
Nesse interim, a equipe de Banner acaba exposta às névoas terrígenas, revelando que Jessup era um inumano adormecido que, no meio de uma discussão com seus colegas, vê-se em pleno processo de transformação. Além da desesperada reação da cientista Patty Wolman, que viu nesse fato mais uma oportunidade perdida de se livrar do câncer que ameaça sua vida, a transformação de Jessup em uma criatura que absorve sentimentos de raiva e de medo faz dele um formidável adversário para o Hulk.
Mas ainda imbuído de um grande sentimento de culpa por expor Jessup a inúmeros perigos, o Hulk luta para libertá-lo dessa condição. Mas primeiro era preciso acalmá-lo e em seguida livrá-lo das mãos de outro personagem, Ted Goodrich, que pretende estudar o novo inumano após captura-lo.
A arte nesse arco de histórias é um caos. Nada menos do que cinco artistas, com estilos nem sempre similares, se alternam até mesmo dividindo alguma das cinco partes da história. MAHMUD ASMAR, CLAY MANN, JHEREMY RAAPACK, JOE BENNET e MIGUEL SEPULVEDA, sendo que este último, em minha opinião, é o que traz a melhor representação do Hulk. Porém, independentemente de vermos ótima arte, a variação constante incomoda um pouco a narrativa, além de dar um ar de trabalho corrido.
O Hulk de Sepulveda.Mais do que fisicamente, a história golpeia forte no ego e na confiança tanto de Banner quanto do Hulk – o que é apenas confortado pelo fato de ambos efetivamente conseguirem salvar e proteger Jessup de todos os que têm interesse em sua transformação. Porém, como resultado do confronto, o fragilizado Banner sofre um ataque de consequências inesperadas. É o fim do “indestrutível Hulk” e o início do mistério: Quem matou Bruce Banner?
João
