terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Robert Downey Jr. fala um pouco mais sobre Vingadores: A Era de Ultron e Capitão América: Guerra Civil


Recentemente, Robert Downey Jr. deu uma entrevista a revista Empire onde falou bastante sobre Vingadores: A Era de Ultron e já adiantou algumas coisas sobre Capitão América: Guerra Civil. Confira a seguir!

Quando perguntado sobre como foi atuar com seu velho amigo James Spader, que interpreta o maligno Ultron, Downey disse:

Ele poderia ter feito isso da forma mais fácil, mas em vez disso ele falou "Não, se vou fazer isso, quero ter a experiência completa". Ele é o protagonista de uma série de sucesso [The Blacklist] e eu acho que ele só queria um contraponto a ela, queria realmente mergulhar em algo que pode ser extremamente difícil e ingrato [que é a captura de movimentos]. Acho que ficou bem legal a voz e a personalidade que ele colocou no Ultron que é um vilão icônico, mas também era meio bobo. Eu o conheço desde o primeiro filme que fiz em Los Angeles, "Tuff Turf - O Rebelde" e de "Abaixo de Zero" e ele sempre foi meio recluso. É o tipo de cara que você pode ficar uma década sem falar com ele e quando o reencontrar ele dirá com aquela voz: "De qualquer forma, Bobby, o verdadeiro amor é... bem, é o que estou sentindo. Você estava dormindo? Se importa se eu me sentar?" Ele é apenas o Jimmy. Ele está no filme fazendo essas coisas no estilo Shakespeare e você acredita que alguém que tem tanta personalidade, sagacidade e essa capacidade emotiva é uma ameaça. E isso é o mais importante.


Perguntado sobre se achou esquisito atuar com Spader usando um traje de captura de movimento com um rosto gigante do Ultron três metros acima de seu rosto real, Robert respondeu:

Pra falar a verdade, não mais esquisito do que o que acontece em qualquer um desses filmes. A Era de Ultron parece muito com um começo e com um fim. No roteiro tem um monte de referências a isso - o fim do começo, o começo do fim - e, honestamente, o que me deixava maravilhado em estar lá era ficar indo e voltando para o set em Shepperton, ficando em Richmond até as cenas com o [Chris] Hemsworth e saindo com Jimmy [Spader] para conhecer Aaron Taylor-Johnson e todos esses novos membros do elenco - foi simplesmente animal! É incrível tudo que aconteceu e como é ser parte do que essa indústria se tornou. Isso é um padrão de ouro do gênero e também é só um monte de caras realmente legais, agradáveis e talentosos que vez ou outra coçam a cabeça, arregaçam as mangas e dizem: "Ok, não vamos nos levar muito a sério, mas vamos continuar levando isso a sério como fizemos quando perguntamos se deveríamos participar da festa".

Mesmo sendo o quinto filme Marvel que ele faz com Paul Bettany é a primeira vez que eles dividem o set. Perguntaram como ele se sentia sobre isso e sobre o que podemos esperar do Visão no filme.

Jon Favreau [que interpreta Happy Hoggan e foi o diretor dos dois primeiros Homem de Ferro] visitou o set e foi tipo "J.A.R.V.I.S., que ***** fizeram com você?". A primeira coisa que Bettany tinha que fazer era ficar numa plataforma, se levantar na hora certa com o vento soprando e olhar diretamente pra um ponto e tinha tipo 20 outras coisas acontecendo e o sentimento geral era de "É, seja bem-vindo". O Visão sabe se expressar, e já encontra rápido o seu lugar de respeito no jogo. Era como uma poesia badass bem executada que causou um "Aha!" em todos nós. Joss tinha uma visão muito particular sobre ele, e de uma maneira bem diferente do que tinha com o Jimmy [Spader]. Acho que as pessoas vão gostar das decisões criativas que tomaram com o Visão.


Sobre a saída de Joss Whedon após Vingadores: A Era de Ultron:

É engraçado, ninguém nunca vai embora para sempre do universo Marvel. Tenho certeza de que tudo o que aconteceu durante anos, mesmo que eu não esteja mais recebendo um centavo ou se não me associarem mais com o personagem, sempre vai existir um sentimento de que você está conectado àquilo, mesmo que ninguém mais da equipe original esteja trabalhando lá. Mais do que sentir falta dele, eu seria desonesto em dizer que esses filmes não dão um trabalhão, por isso é importante para Joss tirar uma vantagem com tudo que ele aprendeu aqui e aplicar em outra coisa. Por último, ele é um criador e eu acho que o que ele fez foi muito mais do que pegar um material que já existia e transformar em uma coisa que parecia criação sua.

Quando perguntado do motivo que o fez assinar com Capitão América 3 em vez de mais um Vingadores:

"Eu sou maluco pelo [Chris] Evans. Sou mesmo. Eu não sei por que ou como explicar essa afinidade peculiar que nós temos. Aliás, ele não me ligou durante seis meses. Trazer o Capitão América para um público moderno foi a coisa mais arriscada da franquia. Quero dizer, eu fiz o meu trabalho, o Hemsworth extrapolou com o dele e logo em seguida veio o Capitão. Foram os irmãos Russo e Chris que, em minha opinião, conseguiram colocar tudo nos trilhos e fizeram a franquia. Aí eles disseram "Se nós tivermos você podemos fazer isso [a Guerra Civil], se não, Capitão América 3 tem que ser sobre outra coisa". É bom se sentir necessário.

Nesse ponto, tudo deixa de ser sobre quantidades de contratos, acordos ou matérias da Forbes. E ver Chadwick sendo anunciado como Pantera Negra é tipo "Nossa, a Marvel tá fazendo tudo certo e não estão fazendo de qualquer jeito, estão fazendo porque é emocionante". Então porque eu seria o único a dizer "não vou fazer assim, vou seguir o plano inicial". Quem se importa? E, olha, eu sei que vou estar com uns 50 anos quando estiver promovendo o filme. O relógio está correndo e a quantidade de participações que eu ainda posso fazer sem me envergonhar ou envergonhar os filmes de quadrinhos também está acabando. E tem toda essa competição também. Eu não faço isso porque acho que exista uma competição, mas eu olho para o mercado e penso "talvez se essas duas franquias se unirem, mesmo que eu esteja em um papel menor, mas com pessoas que gosto e com diretores que respeito, talvez possamos manter as coisas se mexendo por aqui um pouco mais do que elas deveriam".


Sobre a possível mudança de Tony Stark para Guerra Civil, talvez se transformando em um antagonista:

É. De novo, é natural mudar o ponto de vista. A coisa principal pra mim - e acho que os Russos são brilhantes com isso e Feige nos apoiou - é que tipo de coisa pode acontecer e em que tipo de situação poderíamos encontrar Tony desse jeito? As pistas estão em A Era de Ultron. Mas o que seria preciso para que Tony mudasse completamente tudo que ele representava? No primeiro Homem de Ferro, os liberais e os conservadores foram tipo "você é o nosso cara". É, legal. Mas a ideia de ter Tony indo até Washington e dizendo "quero me alistar" não teria muito sentido se o cenário político no mundo real não tivesse mudado tanto quanto ele mudou. É o tipo de coisa que temos que seguir e sempre existe a questão da escala global que Joss traz à tona o tempo todo "O que você faria?" - É meio estranho que esses caras causem todos esses danos colaterais ao planeta e ninguém se importe com o que aconteceu ali. Você tem que descobrir o que eles fazem, "o que o governo americano faria se isso fosse real? Não seria interessante ver Tony fazendo algo que você não pode imaginar?".

Então veremos Tony como o vilão desse filme?

Eu não colocaria dessa forma. É uma história do Steve, não é como se fosse um Homem de Ferro 4: Guerra Civil. Eu acho isso muito legal também. Acho que o Evans foi a fundo com isso tudo. Parece um pouco com os gibis: por cima, parece que o Capitão é só um estereótipo americano com o baseball e tortas de maçãs, mas lá no fundo, tem todas aquelas coisas que o fazem ser um homem fora de seu tempo. Nós sabemos que ele já resolveu isso, mas qual é o problema? Ele não tem mais tanto a ver com o passado, mas podemos modernizar ainda mais o seu conflito interno.



É, parece que Downey Jr. está disposto a tudo para encerrar sua participação no universo cinematográfico da Marvel com chave de ouro, inclusive ser coadjuvante em outro filme. O que vocês acham disso tudo? Empolgante, não?




N.I.C.K.

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