quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Totalmente Impressionante Hulk: Novo monstro, velhos problemas

TOTALLY AWESOME HULK TOTALMENTE IMPRESSIONANTE PAK CHO AMADEUS MADDY BANNER AVANTE VINGADORES 3 4 5 6 TOTALMENTE DIFERENTE NOVA MARVEL

Como falado um tempo atrás, a versão do Hulk como alter-ego do gênio Amadeus Cho parece meio louca, mas em alguns pontos vai lembrando algumas histórias da Mulher-Hulk (repare, disse que está “lembrando”, e não dizendo que são iguais) pelos exageros no roteiro e mesmo na estética das histórias. O roteirista GREG PAK de fato não faz ‘mais do mesmo’ com sua volta o personagem, e isso vai ficando mais claro nas edições #3-6 de Avante, Vingadores!, exatamente as que precedem a participação de Cho em Guerra Civil II.

E por falar em Mulher-Hulk, ela, Miles Morales e Maddy Cho (irmã de Amadeus e uma boa coadjuvante) não demoram para encontrar Cho encarando não só Madame Devassa, como também o monstro alienígena Fin Fang Foom (e seu surgimento repentino como o de vários outros monstros), mantendo o tom das duas primeiras partes da história. É uma boa oportunidade para mostrar que Amadeus não está totalmente livre de um fardo que Bruce Banner sempre titubeou enquanto tentava carregar.

O centro da narrativa é, de maneira bem explícita, as várias formas do que podemos considerar monstros e como lidar com eles. Amadeus, ainda tentando se adaptar a sua nova realidade, age da forma que considera mais correta, mesmo sendo ele próprio capturado como uma ameaça pela caçadora intergaláctica de nome ultrajante.

A história ainda revela que Amadeus se tornou o Hulk não apenas para salvar Banner, mas, como ele mesmo diz ao seu antigo ídolo, para que alguém que queira se tornar o Hulk ocupe esse posto. E Amadeus parece estar se divertindo mais do que nunca, mesmo que não esteja no controle o tempo todo.

Em um curto arco de duas histórias, em que a arte de FRANK CHO é substituída pela de MIKE CHOI, a inexperiência de Amadeus é explorada por ninguém menos que Encantor. Cabe a Thor, a deusa do Trovão, livrar o gigante noviço do controle da magia da asgardiana e a contra-atacar de forma bem sucedida.

A estratégia de Pak é bastante conhecida, enchendo as primeiras histórias desse novo Hulk de coadjuvantes que servem como chamariz para a proposta. Não me parece necessário. As histórias são legais; divertidas sem serem bobas. Até incomoda um pouco o quanto fica claro que ele tem uma ideia central para o desenvolvimento do personagem mas se sente quase impelido a recorrer a esse antigo macete. Vejamos como ele se sai mais ‘livre’, mesmo que saibamos que as próximas edições serão orientadas pela segunda guerra civil super-humana.

João

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