sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Homem-Aranha & Deadpool: Algo entre Cinema e Política



Joe Kelly voltou a escrever as histórias do Deadpool, agora em parceria com o Homem-Aranha, e fez um arco sensacional logo na sua estreia na mais nova revista mensal do Mercenário Tagarela (uma das três mensais publicadas atualmente). Contudo, como férias é sempre algo bom, o roteirista e seu parceiro Ed McGuinness deram uma pausa na continuidade da publicação e duas histórias avulsas do título foram publicadas no lugar. Todas igualmente divertidas:



Em Homem-Aranha & Deadpool 7 (originalmente Spider-man/Deadpool 6), temos a dupla nada dinâmica indo para Hollywood. Wade descobriu que um filme baseado na sua vida está sendo feito e pediu a ajudinha do amigo teioso que já tem um histórico de filmes de sucesso para acompanhá-lo. Chegando lá, topou com algo que não esperava muito bem ser o roteiro de um filme seu. O ator principal, Donald Dryans, era um pé no saco que só queria mais holofotes para sua fama já de galã. Já nas cenas de ação, eis que todo estúdio é enganado pelo tal Dublê Salmão, um cara que usava sempre roupa de Captura de Movimentos e que enganou toda a produção só para se aproximar de um desarmado Deadpool e matá-lo.

Quando o engodo foi revelado, o Homem-Aranha (que só estava lá pra ser produtor executivo) resolve entrar em ação pra capturar o vilão. Junto com Wilson, saiu atravessando um monte de sets de filmagens com cenários de outros filmes (um prato cheio de easter eggs pro leitor). No fim, quando capturado, o Dublê Salmão revelou que era na verdade o Donald Dryans e com isso todo os planos filme vieram por água abaixo. Antes de partirem, o Aranha deixou a dica para o pessoal da pré-produção tentar ser mais honesto com a personalidade do Deadpool e adaptar algo assim. Por fim, sugeriu Ryan Reynolds como um ator mais indicado pro caso.



E nessa história, a melhor piadas ficou na página final, com o Aranha e Deadpool saindo de um certo filme da distinta concorrência não entendendo muito do roteiro e da lógica da narrativa. Essa história é de Scott Aukerman e os desenhos ficam por conta de Reilly Brown.

Agora, passando para a edição #8 (lá fora, originalmente é a 7), Gerry Duggan e Scott Koblish se reúnem mais uma vez para contar a sua versão de contos do passados do Deadpool que nunca existiram antes. De um lado, Ned Leeds e Peter Parker são enviados para cobrir um turbulento evento político. Do outro, Deadpool e o Mysterio são contratados para fazer com que esse evento político desse muito errado.

Era do interesse de milionários Edwin Badges assim como políticos antagonistas Nixon e Frankie que o candidato da oposição Jack McPherson não tivesse chance de vitorias. Para tal, organizaram por debaixo do pano para que Deadpool criasse um tumulto se passando por um dos hippies apoiadores enquanto que Mysterio usaria suas ilusões para se passar por McPherson e dar um discusso muito maluco. Acabou que Peter/Homem-Aranha descobriu tudo e melou aquela jogada suja. No fim, Deadpool até ajudou ele a espancar Mysterio e Frankie e Badges (Nixon fugiu), mas divergiram na hora de lidar com eles. Para Deadpool não adiantava prendê-los e deixar a mercê da política. Gente rica nunca é de fato presa.



O mais legal dessa última história é o visual, sempre muito retrô nas mãos do Scott Koblish. Até a edição de cores ficou bacana, emulando uma revista muito antiga com as cores e marcas próprias da época evidentes. E algumas piadas do Duggan nesse meio são umas pérolas, com destaque para as falas dos personagens cheias de gírias antigas.

E na próxima edição, Kelly e McGuinness retornarão.

Coveiro

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