quinta-feira, 16 de maio de 2013

Vingadores: Protetor... não mais.

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Os planos de Norman Osborn contra os Vingadores mais uma vez foram destroçados. Aquele que já foi Duende caiu, desta vez está em coma e não representa tão cedo uma ameaça. Mas ainda assim, a marca que deixou terá sequelas. E na iminência de uma Guerra entre Vingadores e X-Men, Steve Rogers reconsidera sua posição como grande líder da comunidade super-heróica. É nesse clima que começa o novo arco dos Vingadores no número 110 e que conclui no 111 da revista homônima. E ainda retrata a situação do alien Noh-Varr, agora chamado de Protetor, que agora vive entre os Mais Poderosos da Terra e mostrará as consequências do grupo de heróis que foi até o espaço numa missão suicida para deter a Fênix.

Nas primeiras páginas deste novo arco, que conta com a arte já marcante de um velho conhecido dos leitores, Walter Simonsons, vemos o Capitão América despejando toda sua frustração contra dróides de treinamento. Tony surge, faz sua habitual piadinha, mas isso não alivia o peso nos ombros de Rogers. Mais tarde, no alto da recém contruída Torre Stark, o Sentinela da Liberdade reflete tudo o que seus recentes inimigos falaram. Thor surge (pela primeira vez desde sua morte em Essência do Medo), e nota a tristeza no Capitão. Curiosamente, o Deus do Trovão coloca o fato de que Rogers, mesmo sendo um herói do governo, sempre lutava melhor quando estava na oposição. Agora, estando ele na situação, como se portará?

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Mas o Capitão afirma ter feito um compromisso com o presidente e que irá honrá-lo. Para ele bastaria apenas uma vitória e seria suficiente. Thor ri e mostra tudo ao seu redor. O dia nasceu e todos estão bem. Ali estava a vitória do Capitão América. Ainda assim, como que atendendo aos pedidos dos pensamentos de Steve, Noh-Varr aparece com uma pista sobre o atual paradeiro de alguns dos membros que se uniram a Osborn recentemente – A cientista Suprema Monica Rappacini e a IMA.

A invasão e ataque ao QG da IMA é um sucesso. E mesmo com as ameaças de Monica de que aquela pequena vitória dos Vingadores não duraria muito, foi o suficiente para levantar a moral de Steve Rogers. Todavia, o bom humor da equipe não duraria para todos naquele fim de dia. Noh-Varr, ao retornar da missão, acaba recebendo uma surpreedente mensagem da nova Inteligência Suprema Kree. Informando que a força Fênix se encaminhava para a Terra, Supremor ordena que o jovem Kree a intercepte e a contenha para si. E que qualquer interferência de outros, mesmo do seu grupo, deve ser eliminada.

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Já na edição 111, que coloca a perspectiva dos Mais Poderosos Heróis da Terra pouco antes do fatídico confronto com os mutantes na edição 1 da minissérie Vingadores vs X-Men, vemos uma breve reunião onde Rogers monta o grupo especial que tentará deter a vinda da Fênix para a Terra ou buscará conseguir um bom fragmento dela para que possa ser estudado e explorado. Basicamente, Thor servirá de líder de campo, junto com o restante dos Vingadores Secretos, acompanhados ainda do Visão, Miss Marvel e do novato Protetor.

O jovem alienígena tem pouco tempo no planeta agora e sabe que não deve voltar depois de tudo que precisará fazer. Se realmente atender os pedidos da Inteligência Suprema e trair seu grupo, o Kree não terá mais lugar no planetinha azul. Então, resta-lhe apenas visitar seu novo amor, Annie, que conheceu durante sua fase como fugitivo no Reinado Sombrio, e se despedir. Ele não sabe se vai voltar, mas deixa como lembrança um fragmento de cristal com ela. 

A equipe parte para os confins do espaço, bem próximo do Império Kree, onde acontece todos os eventos drásticos que vimos em Capitão América e os Vingadores Secretos 22 e 23 (aconselho aguardar ainda neste mês o nosso resumo sobre isso pra ver o que de fato ocorreu). Sem sucesso na sua missão inicial e com boa parte dos seus membros de equipe comprometidos, coube mais uma vez a mente brilhante de Noh-Varr pensar em um jeito de ainda tirar um sucesso de sua missão.

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Ao procurar entender o que deu de tão errado no aparelho que deveria servir de ‘gaiola’ para parte da Força Fenix, o jovem Kree percebe que há ali um outro objeto no lugar que pode ajudar mais no sucesso da missão, o Mjolnir. Forjado em Uru, nobre metal asgardiano, a arma do Deus do Trovão guarda resquícios da força Fênix desde a recente batalha. Isso faz  Protetor acreditar que ele possa cortar a entidade cósmica e assim conseguir que parte dela seja colocada de fato na ‘gaiola’. Então, um novo aparato é construído e Thor, desta vez sozinho, consegue o feito.

Contudo, já de volta a nave, o que ninguém esperava é que a fidelidade de Noh-Varr ao seu povo fosse inquestionável. O jovem Kree agiu rápido e covardemente. Mesmo com um pouco de remorso, derrubou todose ainda deixou a nave dos Vingadores Secretos a mercê da gravidade do sol. Em seguida, partiu para Hala.

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De volta a capital do império Kree, Noh-Varr leva seu trunfo a Inteligência Suprema, mas pela primeira vez a questiona. Caso não leve aquele fragmento da Fênix ali contido na ‘gaiola’, a Terra não teria chance e seria consumida. Supremor parece desinteressado no destino do nosso planeta, diz que aquele seria o destino final dos terráqueos e que isso livraria Noh-Varr de seu compromisso como guardião de lá. Não aceitando aquilo como resposta, Protetor se rebela contra seu superior e ataca.

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Contudo, no meio do conflito entre ele e os demais soldados Krees, surgem os Vingadores, que obviamente conseguiram encontrar um jeito de se safar da morte certa. O grupo sequer quis entender a situação direito. Julgando Noh-Varr como um traidor, o ataca e toma a ‘gaiola’ da Fênix de suas mãos. E mesmo com o rapaz pedindo por perdão, os Vingadores Secretos o abandonam.

Sem os amigos e caçado pelo seu próprio povo, Noh-Varr se torna um pária. Seus braceletes negativos dados por Supremor simplesmente somem. Não é mais que um mero soldado como antes. Resta-lhe fugir. Deixa Hala para um destino ignorado. Mas será que ele voltou para Terra? Bem, o brilho de um certo memento que ele deixou na mão de Annie pode sugerir isso. Quem sabe?

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Se a história pareceu confusa e desconexa para você, não ache que perdeu algo. Na verdade, as coisas andam saindo um pouco fora de compasso aqui no Brasil. E mesmo tirando esse equivoco das revistas tupiniquins, não dá pra aliviar a culpa (não sei se do Bendis ou do Editorial como um todo) em criar esses plots tão paralelos a saga principal e ainda por cima intricados com tramas e subtramas em revistas distintas. Olhando para o todo, o que posso dizer de toda essa parte ocorrida no espaço, é que não foi apenas desnecessária e esticada demais. Foi simplesmente chata.

No fundo, tudo o que foi construído para as possibilidades de Noh-Varr desde que Bendis decidiu tirá-lo do limbo editorial foi por água a baixo nesses números. A evolução, que vinha ocorrendo a anos desde a Guerra Civil, quando foi inserido de fato em nossa realidade 616, já havia se perdido ao final do Reinado Sombrio. E quando assumiu esse novo papel de Protetor do nosso planeta, acabou subaproveitado nas histórias dos Vingadores. E agora, completamente descartado. É um pena, já que sou um dos poucos que gosta do Noh desde sua primeira minissérie, uma das poucas coisas feitas pelo Morrinson que curti. O que dá pra esperar é que este fim deste Jovem Kree, seja Protetor ou Marvel Boy, não seja definitivo.

Coveiro

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