quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A aranha humana e a guerreira ruiva

Para muitos, as histórias do Homem-aranha podem ter perdido completamente o sentido depois da mágica solução que deram para, mais uma vez, tentar rejuvenescer o herói, e acabar com seu casamento, em Um dia a Mais. Todavia, ainda restam algumas poucas histórias a serem publicadas que preservam a boa e velha continuidade antes de qualquer peça pregada pelo Demônio Mefisto. Na minissérie Homem-Aranha e Sonja, a Guerreira temos Magia sim, mas essa promete não desagradar meio mundo de leitores.

Homem-Aranha e Sonja

A história é completamente desvinculada de qualquer precisão cronológica, mas podemos pontuá-la entre os anos 80 e 90, quando Eddie Brock ainda estava vinculado a um certo simbionte e Mary Jane Watson era uma atuante atriz em peças teatrais. Os problemas de criminalidade de Nova York eram os de sempre e a solução, a mesma: o amigão da vizinhança, o Homem-aranha.

Os problemas começam quando uma rara e misteriosa relíquia é exposta num museu e um corrupto Senador acaba sendo persuardido por forças inexplicáveis a colocar o artefato em volta do seu pescoço. Tal ato é quem causa a libertação de Kulan Gath, velho vilão das histórias de Conan criado na época que a editora Marvel Comics ainda tinha direitos sob o personagem.

Homem-Aranha e Sonja

Esta, no entanto, não seria a primeira vez que Kulan vem a esse mundo. Histórias mais antigas trazem o vilão a era moderna confrontando não só o aranha, como também os X-men e Vingadores. E assim como foi da primeira vez, o poderoso feiticeiro transformou a nossa Nova York numa velha cidade da Era Hiboriana.

Ruas, casas e até mesmos os cidadãos novaiorquinos tornaram-se imediatamente peças do outro mundo. Apenas a violência gratuita sempre presente na cidade é que permaneceu . E os mesmos heróis sempre dispostos a defendê-la.

Ciente do que já acontecerá no passado, Kulan pretende se proteger. Convoca o editor do Clarim J.J.Jamenson como seu escriba pessoal e dá início a seus planos de defesa. E boa parte disso envolve um arqui-inimigo do Aranha, o Venom.

Homem-Aranha e Sonja

Enquanto isso, do outro lado da cidade, o Homem-Aranha acaba por se deparar com sua esposa que num aparente transe inexplicável escala um alto prédio só com as mãos. Do alto, frente a frente com o marido, Mary Jane toma em suas mãos uma poderosa espada que selará o vínculo da ruiva com uma outra de era bem diferente – Sonja.



Homem-Aranha e Sonja

Desta vez, contudo, o encontro com essa Sonja e o Homem-Aranha não é nada amistoso. Aos olhos da guerreira, o “Aranha Humana” é apenas mais uma ameaça e o ataca sem nem ao menos pensar. A batalha entre os dois envolve páginas de ação pura e o lado vitorioso inquestionavelmente foi o da Guerreira Ruiva.

Ao levantar a sua lâmina para o golpe final, no entanto, alguma memória perdida na ruiva faz ela hesitar. Desconfiada de que até mesmo essa memória seja parte dos truques do feiticeiro, as atenções de Sonja só voltam a favor da Aranha Humana quando a criatura conhecida como Venom invade o local e ataca ambos os heróis.

Homem-Aranha e Sonja

A batalha entre o vilão, Aranha e a Guerreira certamente só se concluirá na próxima edição, mas o interesse de Gulan Gath em dominar o simbionte já nascem no final desta primeira parte. Rattus, agora como servo do feiticeiro, convoca Eddie Brock, enquanto que Peter Parker é capturado por vis criaturas da era hiboriana e só tem Sonja com última esperança.

Homem-Aranha e Sonja

A minissérie que só terá 2 edições aqui no Brasil conta com um nome já bem conhecido no roteiro, Michael Avon Oeming, responsável pelo Ragnarok dos deuses nórdicos e da minissérie da Tropa Omega. Os desenhos são de Melvin Rubi conhecido desenhista de outras histórias de Sonja e artista de infinitas capas de revistas.

Coveiro

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