quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Justiceiro: Sob a Mira de Um Legado


Punisher War Journal #11

Depois de ter assassinado a namorada de seu parceiro Stuart Clarke, uma inocente, sob influência de um grupo de nazistas liderados pelo Monge do Ódio, dos quais foi surpreendentemente salvo e liberado por G.W. Bridge, e ter se vestido como o Capitão América nas últimas edições de Marvel Action, as histórias do Diário de Guerra do Justiceiro chegam a um momento de mudança de direções, à medida que Frank Castle coloca em perspectiva suas ações nos últimos tempos. Na história de Marvel Action 21, alguns elementos lançados nessa nova série tomam novos rumos.

Em primeiro lugar Brigde, que recebe uma visita de ninguém menos que o diretor da SHIELD, Tony Stark, o Homem de Ferro, que questiona a última fuga do Justiceiro, quando este o tinha em suas mãos. Antes de ouvir a resposta do velho soldado, supõe que tudo tem a ver com o fato dele não se adaptar a essa nova fase da SHIELD sem Nick Fury. Em parte ele está certo, porque Bridge diz não gostar muito do seu chefe atual.

Justiceiro: Diário de Guerra

Mas é mais do que isso. Todas as tentativas para pegar Castle, fossem elas legais ou ilegais, e Bridge tentou todas, fizeram com que ele entrasse em uma tremenda crise de consciência e espiritual, questionando se está fazendo a coisa certa. Deixou Frank escapar porque não quer agir como um matador de aluguel, um homem obcecado, punindo um homem que combatia nazistas. Extremamente religioso, isso estava acabando com seu sono. Stark não acredita que ele deixou o Justiceiro escapar.

Mas o diretor reconhece como aquele senhor de idade se arriscou sozinho, contra um psicopata como Castle e um bando de nazistas, e literalmente salvou o dia. Para Stark, Bridge é um herói. Mas fala que as coisas mudam, que mudar de opinião sobre as coisas não é errado, mas faz parte do crescimento dos seres humanos. Com o que tem dentro dele, Bridge ainda é um herói, e se estivesse disposto, continuaria contando com ele como seu soldado. O discurso surte efeito, e Bridge aceita voltar à ativa.

Justiceiro: Diário de Guerra

Em Washington, Frank Castle reclama do fato da maioria de seus esconderijos terem sido destruídos... por Bucky! O Soldado Invernal estava no encalço do Justiceiro para fazê-lo responder por usar roupas que lembravam o Capitão América, e agora era hora de pagar por isso. Demonstrando ser também um homem bem informado, Frank deixa claro que sabe sua verdadeira identidade.

O Soldado Invernal diz que Castle não sabe o que Steve Rogers significou para ele, e o desafia a resolver a questão no braço. Mas o Justiceiro diz que quer conversar antes, o que Bucky aceita. É o suficiente para que receba um golpe baixo de Frank, que acaba conseguindo apontar uma arma bem no queixo de Bucky, demonstrando que não tem medo dele, e que pode derrotá-lo.

Justiceiro: Diário de Guerra

Só que não estava ali para isso. Frank devolve as roupas inspiradas nas do Capitão, e indica onde Bucky pode encontrar a máscara de Steve, que ele recolheu do campo de batalha do fim da Guerra Civil, afirmando que só ele merece tê-la. Castle não quer mais aquilo. O fardo deixado pelo Capitão América é pesado demais, especialmente para alguém que coloca em dúvida suas próprias ações, depois de matar uma mulher inocente.

Justiceiro: Diário de Guerra

Por fim, a terceira linha dessa história nos leva ao tratamento que Ian, o aspirante a policial que acabou ajudando o Justiceiro em um ato de bravura, abalado psicologicamente depois do ocorrido. O rapaz se mostra alguém que tenta seguir modelos bem específicos de heróis em sua vida. A médica que o atende pergunta sobre o Justiceiro, causando confusão, já que, mesmo tendo salvado sua vida, ele é um assassino. A analista fala que esse é o herói, mesmo controverso, com quem Ian mais teve contato em toda sua vida. Um herói do mundo real.

Ela tenta fazê-lo observar as ações do Justiceiro sob outro ponto de vista, uma vez que ele só mata aqueles que Ian considera vilões, vingando os inocentes. E quando fala de inocentes, a doutora lembra da família que o rapaz perdeu no desastre de Stamford, estopim da Guerra Civil, o que o deixa retraído. Mas ela insiste, dizendo que Ian queria morrer salvando inocentes, para impedir que os outros tivessem a perda que ele teve. “Sim, eu quero ajudar as pessoas”, ele sussurra.

Justiceiro: Diário de Guerra

A doutora diz que Ian responde bem às terapias de choque e todo tratamento a que vem sendo submetido, e inesperadamente o recompensa dando-lhe de presente uma arma. Hesitando no início, o rapaz, que nunca havia atirado, quase entra em um transe, gargalhando de prazer com os tiros disparados no salão de tiro ao alvo. Porém, algo sinistro é revelado.

Usando uma roupa semelhante à do Justiceiro, a doutora diz que Ian está se saindo bem, depois de ser submetido a choques e drogas psicotrópicas, e que vai deixar o arquiteto de todo o tratamento muito satisfeito. Um sorriso disforme se abre, enquanto o Retalho, adversário tradicional de Frank Castle, coloca-se ao lado da “médica” com uma roupa quase idêntica à do Justiceiro, branca com uma caveira negra, como um negativo do vigilante.

Justiceiro: Diário de Guerra

A repercussão dessa história virá a seguir. Mas, antes, o Justiceiro se envolve com a saga Hulk Contra o Mundo.


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