segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Homem-Aranha : Uma história de 500 edições no Brasil

Recentemente, quem acompanhou a sessão de cartas de uma das últimas revistas do Homem-Aranha, lançada pela Panini, viu uma nota afirmando que aquela edição representaria o equivalente a edição 500 do Cabeça de Teia, se considerarmos todas as revistas mensais principais do nosso herói desde seu surgimento pelo Brasil e passando por todas as editoras. É, de fato, uma marca histórica, ainda mais sendo este o ano dos 50 anos do aniversário do personagem.

Homem-Aranha

E é justamente o mês de Agosto que comemoramos este feito. Enquanto que nos EUA temos capas e edições especiais sendo lançadas, o pessoal do Universo Marvel 616 resolveu fazer algumas matérias especiais neste mês para celebrar aquele que é certamante o herói mundialmente mais conhecido da Casa das Idéias. Nessa primeira, resolvi pegar o gancho das 500 edições brasileiras e revisitá-las, relembrando algumas passagens marcantes e pontuar quais seriam de fato as “edições comemorativas” se a numeração se mantivesse até hoje. Estão comigo?

Bom, pra começar, vale a pena chamar atenção para uma curiosidade. Assim como nos EUA o Cabeça de Teia estreou numa revista genérica chamada “Amazing Fantasy” e logo na primeira edição fez um mega sucesso que o catapultou pra um revistinha própria, algo similar repetiu-se no Brasil. A primeira aparição do Aranha em terras tupiniquins foi no Albúm Gigante 11 (4 série) da Ebal, de 1968, onde até então era o Thor quem era o “grande astro”. Na revista, a edição equivale a 28 americana.

Homem-Aranha
O Homem-Aranha estreia no Brasil rompendo as páginas de THOR.

É claro que a Ebal (abreviação do nome Editora Brasil América) viu o mesmo potencial que a Marvel para o nosso herói e não perdeu tempo em lançar a primeira revista mensal, O Homem-Aranha, em abril de 1969 e que duraria 70 edições até 1975. A revistinha era lançada em formato americano, mas impressa em preto em branco. Contou praticamente só com edições originais do herói, mas era vez ou outra complementada com histórias do Quarteto Fantástico e umas poucas do Demolidor, Thor e Namor.

A primeira edição custava apenas 40 centavos, 36 páginas e trouxe três histórias, sendo a primeira delas a Amazing Spider-Man 1(originalmente lançada em 1963) onde o rabugento editor do Clarim Diário, J. Jameson, começa sua campanha negativa contra o herói. Também eram apresentados os demais personagens que fariam parte da mitologia do Aranha ao longo dos anos como Liz Allen, Flash Thompson e Tia May. Na mesma edição, o Camaleão surge em outra história como o primeiro “super-vilão” e conta com a participação do Quarteto Fantástico. Numa terceira parte da revista, apresenta-se pela primeira vez o Homem-Areia, numa história que acabou saindo fragmentada aqui e distribuída nas edições 2 e 3 seguintes.

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Primeiras três edições da revista do Homem-Aranha pela Ebal

A edição 2 do nosso herói, por sinal, trouxe o Abutre como vilão e era o equivalente a edição 2 americana. Numa segunda história, temos o confronto do herói com o Consertador (que saiu na época como “Reparador”) e explica pela primeira vez como funciona o mecanismo do disparador de teia do nosso herói . Na terceira edição, é o Doutor Octopus quem dá trabalho ao herói (numa história originalmente publicada em The Amazing Spider-man 3).

Contudo, somente na edição 9, lançada aqui em Dezembro de 1969, que surgiria o grande arqui-inimigo do herói, o Duende Verde, que até então não tinha nenhuma relação sequer com Norman Osborn e não passava de um bandido mascarado (originalmente, essa história foi publicada na edição 14 americana). Na mesma edição, um outro vilão também dava as caras pela primeira vez, Mysterio, que inclusive foi a capa da edição (Originalmente, The Amazing Spider-man 13).

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Surge o Duende Verde e a revelação de Norman Osborn

A verdadeira identidade do Duende Verde só seria então revelada anos mais tarde, na edição 23 da Ebal, em 1971, numa história chamada “Quão verde era o meu duende”, que foi publicada lá fora em The Amazing Spider-man 39.

Ainda em 1971, saia no Brasil o número 30 da revista, que pode ter passado desapercebido para alguns, mas levava em seu interior a primeira edição “comemorativa” do Cabeça de Teia, o equivalente a The Amazing Spider-man 50. Como todo fã fanático pelo herói deve logo lembrar, é nesta edição que se inspirou o filme de Homem-Aranha 2 de Sam Raimi em 2004, “Homem-Aranha Nunca Mais” ou , no original, “Spider-man No More”. Na mesma edição, também temos a primeira aparição do Rei do Crime.

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Respectivamente a edição 50 e 100 originais

Menos de dois anos depois, em janeiro de 1963, era vez de uma outra “edição comemorativa” ser lançada aqui e saindo até meia desapercebida em O Homem-Aranha 46. A edição 100 original do Cabeça de Teia continha a história “Aranha ou Homem?”, colocando mais uma vez uma dúvida imensa na cabeça de Peter Parker quanto a continuar ou não seu papel de herói mascarado. Na mesma edição, temos uma história equivalente ao número 99 original chamada “Esta é a sua vida, Homem-Aranha”, onde Gwen Stacy e Peter Parker falam pela primeira vez em se casar.

Mas você deve também se perguntar agora se tivemos alguma história diferencial ou algo especial na edição 50 brasileira de O Homem-Aranha, não é? Afinal, pra uma revista chegar a 50 números naquela época e durar praticamente 5 anos, era um feito. Bem, tirando uma participação do Dr. Estranho que tenta ajudar o nosso herói a salvar seu “fã número 1” Flash Thompson, não temos nada de excepcional. São duas histórias em sequência publicadas originalmente nas edições 108 e 109 de The Amazing Spider-man.

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A edição 50 Brasileiras e fatídica morte de Gwen Stacy

Bom, deste ponto, você já deve ter notado que a Ebal acabou não publicando as histórias do herói numa ordem cronológica correta, dando alguns saltos e deixando de publicar algumas histórias que foram consideradas menos importantes pro herói. A edição 55 pode ser considerada um clássico nacional, trazendo a Morte da Gwen e suposto confronto final com o Duende Verde na capa. Originalmente, a história foi publicada na edição original 122. Na mesma edição brasileira, temos uma história com participação de Luke Cage e outra com o Homem-Lobo, alterego vilanesco do filho de J. Jonah Jameson.

Em Junho de 1974, era publicada a edição 63 d’O Homem-Aranha com uma capa que é clássica e revelando a estreia de um dos personagens que se tornaria muito querido pelos leitores no futuro, o Justiceiro. Contudo, na época, o personagem era chamado de O Vingador. Na mesma edição, também surge o Chacal e começa a ser pincelada a trama do que viria a ser a primeira Saga do Clone. Na mesma edição, histórias antigas acabam sendo revisitadas. Uma curiosidade sobre a edição posterior, O Homem-Aranha 64, é a primeira aparição do tosquicimo Aranha-Móvel, presente dado ao herói pelo seu amigo Tocha Humana. É claro que no fundo isso seria uma grande jogada de marketing para dar um pontapé numa nova linha de brinquedos. Na mesma edição, o Quarteto Fantástico dava as caras no confronto clássico com Galactus e o Surfista Prateado pela primeira vez no Brasil. Só isso, torna a edição única.

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Chega ao Brasil o Justiceiro e o Aranha-Móvel

Por fim, para encerrar a “Era Ebal” tivemos a edição 70 lançada em Janeiro de 1975. Era uma edição promissora, trazendo Harry Osborn pela primeira vez como Duende Verde, seguindo assim o manto do seu pai, numa história originalmente publicada em The Amazing Spider-Man 136. Contundo, sendo esta a última publicação da editora, não acompahou-se os desdobramentos desse eterno conflito entre Harry e Peter. Na mesma edição, Demolidor e Namor tinham histórias.

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Última edição da Ebal traz a volta do Duende Verde

Nesse ínterim de mais de 5 anos, a Ebal chegou a lançar almanaques do Homem-Aranha com coletâneas de histórias nele. Seriam os equivalentes nossos aos anuais e contaram tanto com equivalente a edições mensais americanas como especiais. Contudo, não estamos contando essas edições como parte do número 500.

Com o fim da Ebal, as edições do Homem-Aranha passaram para a editora Bloch, que voltou a lançar a revista do herói já em Maio de 1975 e durou até Janeiro de 1979. Foram 33 edições que muitos podem considerar dispensáveis já que não passam de reimpressões de histórias já publicadas só que em formatinho. Pra compensar, as histórias saíram coloridas desta vez. Era publicado mensalmente até a edição 20, quando daí a revista passou a ser bimestral.

A primeira edição de Homem-Aranha 1 tinha 68 páginas e custava 2,5 Cruzeiros e traz as primeiras histórias originais da revista do Cabeça de Teia. O mais curioso aqui é ver algumas traduções novas como “Remendão” no lugar do Consertador, “Gavião” ao invés de Abutre e “Dr. Polvo” como Octopus (pelo menos, este último só teve esse nome estranho na capa. Na edição 17, o Rhino também não escapa das novas traduções e é batizado de Rinoceronte.

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Bloch traz cores para as revistas e inova nas traduções

Poucas foram as edições realmente inéditas publicadas nesta fase, como foi o caso de Homem-Aranha 13 e 14 contendo histórias que acabaram sendo puladas pela editora anterior. Uma curiosidade presente nas últimas edições, a exemplo da número 30, são as capas com fotos do ator Nicholas Hammond, que na época estrelava o seriado do Homem-Aranha na TV por aqui. Pode ser coincidência ou não, mas essa edição equivale a número 100 no Brasil se fossemos considerar a numeração continuada.

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Edições equivalentes a 100 e 101 trazem o Aranha do seriado na capa.

Na edição 31, além das histórias do gibi, acompanha uma matéria especial sobre o telefilme do herói. A última edição publicada pela editora foi a 33, que equivale as edições originais The Amazing Spider-Man 86 a 88. Na história, temos a participação da Viúva Negra com um novo uniforme e um confronto com o Dr. Octopus. Na capa da edição, a chamada é sobre o Homem-Aranha revelando-se para seus amigos próximos... ou assim ele tentava.

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Última edição da Bloch

Em fevereiro de 1979, os quadrinhos Marvel passavam agora pela mão de uma outra editora, a RGE que teve o bom senso de continuar a série de onde a Bloch parou, também em formatinho e colorida. Sem causar assim grandes danos ao leitor, a Rio Grafica Editora (antecessora da Globo) produziu 49 edições do Homem-Aranha até Janeiro de 1983, custando inicialmente 20 cruzeiros e com 52 páginas.

A edição 1 contava com a história original publicada em The Amazing Spider-man 61, com o subtítulo “Que teia embaraçada nós tecemos...”, envolvendo uma trama com o Capitão Stacy e o Rei do Crime. Na mesma edição, uma outra história com a inumana Medusa.

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Primeira edição do Homem-Aranha pela RGE

Como já devem ter notado, muitas dessas primeiras histórias publicadas pela RGE já tinham saído em outro formato, ainda em preto e branco, pela Ebal. Contudo, isso não fez com que elas perdesse a mesma magia e fossem trazidas ao leitor numa nova perspectiva. Foi o caso da edição 18 de O Homem-Aranha, onde os editores resolveram fazer um certo mistério com a Morte da Gwen Stacy na capa desta vez.

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Edição 18 traz mais uma vez a morte clássica de uma personagem.

As novas e inéditas histórias do herói começam de fato a partir da edição 26, com o legado do Duende Verde passando para Harry Osborn no número anterior e a conclusão do arco saindo nesta (The Amazing Spider-man 137). Sendo Harry agora seu maior inimigo, Peter acaba saindo do apartamento que eles dividiam e vai morar com ninguém menos que Flash Thompson. Já da pra supor os problemas que vão vir daí, né?

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A partir desta edição, só histórias inéditas...

O número 29 traz o pontapé inicial de uma das histórias que marcaria e envolveria o Homem-Aranha pro resto de sua vida, a Gênese do Clone. Na capa, aquela expectativa no ar é deixada com a volta do grande amor da vida do Sr. Parker. Na mesma revista, temos a primeira aparição do vilão Ciclone no Brasil (equivale as histórias de The Amazing Spider-man 143 e 144). É na edição 31 brasileira que o nosso herói finalmente tem um confronto com o Chacal e descobre sua identidade secreta e intenções.

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Confusões com clones começam já na Era RGE

Contudo, a conclusão da saga em si, só ocorre na edição seguinte, número 32, quando o Homem-Aranha depara-se pela primeira vez com seu clone (que futuramente conheceremos pelo nome de Ben Reilly), que morre e Peter é consumido pela dúvida de atualmente ser ou não o verdadeiro Parker. Essa edição 32 comporta o número 150 de The Amazing Spider-man.

Por outro lado, se formos considerar mantendo a numeração desde o começo do Aranha por aqui, a edição 150 brasileira seria o equivalente ao Homem-Aranha 47 da RGE. Na edição temos um confronto do Aranha com o novo Duende verde numa história nomeada “Verde como o Duende” e equivalente aos números 178 e 179 de The Amazing Spider-man

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Edição 47 equivale a 150 brasileira e a série RGE encerra-se no número 49

Já a última edição da RGE foi a Homem-Aranha 49, que equivale ao número 152 nacional se contarmos as edições do zero. Ela saiu em Janeiro de 1983 e traz as histórias originalmente publicadas em The Amazing Spiderman 181 e 182, com uma reflexão da vida do herói ao visitar o túmulo do Tio Bem e um confronto com o tosco vilão Rocket, que anda de skate por aí. Junto desta última edição, temos uma matéria anunciada na capa com informações internas do Homem-Aranha.

E com o fim da RGE, finalmente chegamos a Era da Abril Comics nos quadrinhos do Brasil. Só com o Homem-Aranha foram 205 edições em formatinho (seguida do formato Premium que falaremos mais adiante). Só não é um recorde de edições continuas porque Capitão América teve ao todo 214 edições neste formato.

Tudo começou em Julho de 1983, quando a primeira edição da nova editora ía às bancas. Ela tinha ao todo 84 páginas e lombada quadrada, mas mantendo o formatinho estabelecido pelas editoras anteriores. Na primeira edição, com capa de John Romita Jr, temos uma história de Dennis O’Neil e desenhada por Frank Miller que saiu originalmente em The Amazing Spider-Man Annual 15. O título era Homem-Aranha: Ameaça ou Calamidade Pública? O Aranha se unia ali ao Justiceiro para deter os planos do Dr. Octopus. No mesmo número, o Cavaleiro da Lua e a Mulher-Aranha davam as caras com histórias solos.

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Homem-Aranha inicia sua longa carreira na Abril

No segundo volume, entrava aqui outra história fora da revista principal mensal. “Demônio do passado” era uma das primeiras histórias do título Marvel Team-up que sairia por aqui. A história é uma bem clássica, que colocava o Aranha junto com ninguém menos que a Sonja, escrita por Claremont e desenhada por John Byrne. Numa segunda história, temos finalmente a continuação de The Amazing Spider-man justamente do ponto onde parou a RGE, no número 183. Junto a isso, Mulher-Aranha e o Quarteto Fantástico acompanhavam a revista.

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Já na segunda edição, o herói encontra-se com a bela Sonja

Dizem que o número 7 é de sorte, e foi justamente nessa edição do Homem-Aranha que a personagem Gata-Negra surgia pela primeira vez no Brasil. Curiosamente, essa história teve cortes brutais de páginas comprimindo as edições 194 e 195 de Amazing Spider-man em uma só. Esse tipo de prática tornou-se bem comum na editora Abril durante todos os seus longos anos, inclusive alterando sutilmente algumas histórias para amenizar o desnivelamento da cronologia de algumas histórias. Na mesma edição, tivemos também um confronto com o vilão Mosca e uma história do Capitão Marvel.

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Gata Negra surge e comemoração de 15 anos do herói no Brasil

A edição 9 do Homem-Aranha teve um lance bacana. Na capa, a editora Abril lembrou dos 15 anos do Homem-Aranha em terras tupiniquins e fez uma edição comemorativa. Em seu interior, tivemos no seu interior a edição original 200 do Cabeça de Teia repleta de historinhas curtas picotadas, juntamente com outras histórias da Mulher-Aranha e de Nick Fury.

Na edição 10, temos na capa uma chamada bem apelativa, contando com uma história publicada originalmente em What if 24, levantando a hipótese de “O que aconteceria se Gwen Stacy não tivesse morrido?". Já na edição 17, é a vez dos jovens leitores se assustarem com o nosso herói tornando-se o próprio Lagarto, referente a uma história publicada na segunda revista mensal do Aranha lá fora, Peter Paker The Spectacular Spider-Man 38 a 40. Na mesma edição, Moebius e o Iguana davam as caras, além do Ka-zar ganhar espaço na revista com uma história solo.

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Em 1987, era-nos apresentado finalmente um dos mais misteriosos vilões do Homem-Aranha, o Duende Macabro, na edição 47 (correspondente as edições 238 a 239 de Amazing Spiderman). Curiosamente, a edição seguinte, a Homem-Aranha 48 seria o equivalente a nossa edição 200 publicada no Brasil. Ela trazia nada especificamente particular, apenas uma história do aranha contra o Gladiador, além das histórias do Ka-zar e Quarteto Fantástico (estes na brilhante fase de John Byrne).

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Edição 47 apresenta Duende Macabro e 48 equivaleria a número 200.

A edição 62 do Homem-Aranha trazia mais uma história da revista Marvel Team-Up, com o Cabeça de Teia se associando com o Vingador Magnum. É uma história sem importância, mas vale chamar atenção aqui pela montagem brazuca da capa, que trazia o até então inédito Todd McFarlane, que só veríamos muito mais a frente nas páginas da revista.

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McFarlane faz estréia precipitada em montagem de capa no Brasil

Em Maio de 1989, a revista passava por uma mudança de visual. Agora, o herói teria um artigo na frente do seu nome e a logo teria um outro formato a partir do número 71. Se isso não for o bastante para justificar o destaque desta revista, vale ressaltar que foi aqui que começou a saga do uniforme negro, após o fim das Guerras Secretas. Originalmente, essa revista englobava a The Amazing Spider-man 252 (com Stern e DeFalco cuidando do roteiro enquanto que Ron Frenz era o artista da época) e Peter Parker, The Spetacular Spider-man 90 (escrita e desenhada por Al Migrom).

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Revista com nova logo e herói com novo uniforme

O drama do novo uniforme se estenderia até a edição 76 nacional, quando finalmente foi revelada a natureza simbionte e malévola da roupa. Na mesma revista, um personagem que foi presença marcante nas histórias do Aranha no final dos anos 80 foi apresentado – O Puma. A edição cobre a revista The Amazing Spider-man 256 a 258.

Na edição seguinte, temos a volta do uniforme original e uma capa que faz referência direta a primeira aparição do Homem de Ferro bem bacana (originalmente sendo da revista The Amazing Spider-Man 259). A chamada da revista também alerta que teremos uma saraivada de personagens como Rei do Crimes, Manto e Adaga, Gata Negra, Cabelo de Prata e o Resposta, originalmente publicadas em Peter Paker The Spectacular Spider-Man 96 e 97.

A edição 88 de O Homem-Aranha, publicada em Outubro de 1990, traz uma das histórias consideradas mais espetaculares do cabeça de teia, com a conclusão da Morte da Capitã Jean Dewolff e o confronto com o Devorador de Pecados (Peter Parker, the Spetacular Spider-man 108 a 110), escrita por Peter David. O mesmo escritor foi responsável por revelar um mistério esticado por longo tempo na revista O Homem-Aranha 95, a identidade do Duende Macabro (The Amazing Spider-man 289), ou pelo menos, a que se acreditava na época.

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Edição 88 traz a Morte da Capitã Jean Dewolff e o número 98 equivaleria ao número 250 em contagem initerrupta, com direita a capa alterada só pra o Brasil

Meses depois, o Homem-Aranha chegava na edição 98, o que equivale a edição número 250 se contássemos initerruptamente os números. A história interior é até marcante, traz o pedido de casamento de Parker para Mary Jane (com uma capa um tanto modificada de The Amazing Spider-man 290). Curiosamente, o casamento de Parker e MJ (The Amazing Spider-man Annual 21) ocorre duas edições depois, em Homem-Aranha 100, revistinha que se tornou um marco já que seria a primeira vez que o cabeça de teia chegaria a tal número. Na mesma edição, temos a Lua de Mel, originalmente publicada em Peter Parker, the Spetacular Spider-man 7.

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A histórica edição 100

Um dos mais clássicos vilões do Aranha que seria nos apresentado em março de 1992, Venom, surgiu pela primeira vez aqui nas páginas de Homem-Aranha 104, mas foi na edição 105 que tivemos o confronto com o herói e tomamos conhecimento da origem do monstro (The Amazing Spider-man 300). Na capa, uma chamada sugeria que aquela seria a última vez que o uniforme negro seria usado (Peter, na época, oscilava entre o tradicional e uma roupa normal parecida com a preta das guerras secretas em suas histórias). Isso, como todos sabem, foi um pedido de Mary Jane ao ser ameaçada por Eddie Brock, já que aquela roupa preta a aterrorizava. Na mesma edição, temos uma história com Silver Sable (The Amazing Spider-man 301).

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Edição 104 traz o Venom e 105 comporta The Amazing Spider-man 300

No decorrer dos anos, a revista seguia em ritmo alucinante, com muitas histórias marcantes e que nem todas caberiam neste resumo. Rapidamente, vale lembrar que a edição 122 nacional mostra o Homem-Aranha ganhando os poderes do Capitão Universo, sendo isto parte do mega-crossover da época, Atos de Vingança. As histórias repercutiram em todas as revistas mensais do Aranha na época (The Amazing Spider-man 326, Peter Parker, The Spectacular Spider-man 158 e Web of Spider-man 59). Já na edição 124, enquanto ainda rolava os Atos de Vingança, tivemos a estréia dos Novos Guerreiros como parte do mix da revista (New Warriors 1) com roteiro de Fabian Nicieza e arte de Mark Bagley.

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Aranha cósmica e estreia dos Novos Guerreiros

Em 1995, a edição 139 tem a estreia de um outro herói espetacular do universo Marvel, o Falcão de Aço (Darkhawk 1), por Danny Fingeroth e Mike Manley. Curiosamente, a capa é uma montagem da edição The Amazing Spider-Man 353, com a retirada do Justiceiro da imagem. A vida do Falcão no Brasil seria curta. Apenas 5 edições das 50 lançadas la fora foram publicadas aqui. Nas mesmas páginas, temos as historias originalmente publicadas em Peter Parker, The Spectacular Spider-man 176 e 177, onde vemos um Homem-Areia mais redimido. Isso logo levaria o vilão a se tornar brevemente um Vingador Honorário junto com Rage e o Homem-Aranha como vimos na edição 140 nacional. Curiosamente, apesar de fazer parte da história, a capa original de The Amazing Spider-Man 348 teve o vilão reformado sendo apagado. Eu não sei explicar o porquê.

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A espetacular estreia do Falcão de Aço na edição 139 e o Homem-Areia Vingador na 140. Ambas as capas com sutis modificações típicas da Abril

Chegamos finalmente a outubro de 1995 e temos em Homem-Aranha 148 uma revista que é um marco. Ela equivaleria a edição 300 nacional , mas acaba não tendo nenhum destaque grandioso em suas páginas. Muito pelo contrário. Na edição, temos uma galeria de vilões bucha com Morsa, Homem-Sapo e Coelha Branca (Peter Parker, The Spectacular Spider-man 185) e Hypertron (Web of Spider-man 83), que inclusive ilustra a capa. Duas edições depois, chegamos à marca da edição 150 da Abril (marca imbatível a qualquer momento de todas as editoras). A edição teve uma chamada comemorativa e o dobro de volume (164 páginas). A história, no entanto, foi bem razoável com o vilão Rosa, o filho do Rei do Crime (originalmente, as edições Web of Spider-man 84 a 89) e um extra com participação do Thanos (Spider-man 17).

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Respectivamente, a edição 148 (equivaleria a 300 do total) e a 150 da editora Abril

No ano seguinte, em 1996, temos o pontapé inicial de uma série de confusões na vida de Peter Parker, que muitos lembrarão como a fatídica e malfadada Saga do Clone. O grande responsável foi o já experiente escritor do herói, David Micheline, e os desenhos já traziam o traço de Mark Bagley, que se tornaria um ícone no futuro como artista do herói. No Brasil, temos de cara uma chamada marcante anunciando a volta dos pais de Peter na edição 152. Ela foi publicada originalmente em The Amazing Spider-man 364 e na mesma edição temos outras questões familiares sendo resolvida entre Dr. Connors e sua esposa e filho (The Amazing Spider-man 365).

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Histórias Marcantes: O Retorno dos pais de Peter e a morte de Harry Osborn (originalmente em Spetacular Spider-man 200)

Colocando um fim num ciclo da vida do herói, a edição 158 nacional traz a conclusão da trama envolvendo o segundo Duende Verde, Harry Osborn, culminando em sua morte. Essas histórias foram originalmente publicadas nas marcantes Peter Parker, The Spectacular Spider-Man 199 e 200 (esta última com o dobro de páginas).

E é em 1997, n’O Homem-Aranha 165 que temos finalmente o começo d’A Saga do Clone dos anos 90. A revista passa agora a ter 100 páginas e na capa, Mark Bagley assustou muita gente colocando os dois Peter em choque. Nesta mesma época, vale nota, a outra revista mensal nacional do herói, A Teia do Aranha, já passaria a publicar histórias atuais do personagem e trabalhar concomitantemente com o título principal para desafogar a quantidade de revistas mostruosas ligadas a confusão de clones do Aracnídeo. O mesmo acontecia lá fora, com todos os títulos ligados ao Aranha interligados. Nessa edição, a história começa em Web of Spider-man 117, segue em Amazing Spider-Man 394, Spider-Man 51 e Peter Parker, The Spetacular Spider-Man 217.

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As reviravoltas da Saga do Clone, estréias de "Untold Tales of Spider-man" e a "surpresinha" de Mary Jane.

No mês seguinte, em O Homem-Aranha 166, paralelo à Saga do Clone, teríamos a estreia dos Arquivos Secretos do Homem-Aranha (do original, Untold Tales of Spider-man), roteirizados pelo brilhante Kurt Busiek. Depois, em O Homem-Aranha 167, Peter teria uma nova dor de cabeça ao descobrir que seria pai (The Spectacular Spider-man 220), sendo esta mais uma deixa para que em breve Ben Reilly assumisse de vez o manto. E assim aconteceu por 10 edições, surgindo um novo Homem-Aranha, loiro e com uniforme reformatado. Todavia, os fãs árduos de Peter Parker logo pediriam sua volta e a Saga do Clone se encerraria de vez no final de 1998, nas páginas de A Teia do Aranha. O penúltimo capítulo, no entanto, você poderia ver em O Homem-Aranha 186, com arte do brasileiro Luke Ross (The Spectacular Spider-man 240).

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Chega de clones!

A edição 197 da revista do Aranha trazia o começo de um outro arco bastante curioso da vida do Aranha, Crise de Identidade (Sensational Spider-Man 26, The Amazing Spider-Man 433 e Spider-Man 90), quando Parker decidiu assumir outras 4 identidades de heróis para diminuir assim a perseguição sobre ele. Curiosamente, a edição seguinte 198, que trazia o terceiro capítulo deste arco, equivale nada menos a edição 350 nacional em contagem initerrupta. No interior, você confere a arte do paraense Joe Bennet e paulistano Luke Ross, ao lado do saudoso Mike Wieringo (The Amazing Spider-Man 435, Sensational Spider-Man 28 e Peter Parker, The Spectacular Spider-Man 257).

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Edições 197 e 198 (que equivale a 350) com Crise de Identidade

E logo no começo dos anos 2000, Homem-Aranha chegaria ao feito do número 200 pela Abril. Contudo, a editora não preparou nada extravagante para a edição. Nenhum número dobrado de páginas e as histórias do interior eram meramente razoáveis, com um mero confronto com o Duende Verde (Spider-Man 97 e 98, The Amazing Spider-man 441 e The Spectacular Spider-man 263). A edição seguinte, Homem-Aranha 201, pelo menos trazia a chamada para “Um Novo Começo”, já que comportava o título resetado lá fora: The Amazing Spider-man 1 (com desenhos de John Byrne) e Peter Parker: Spider-Man 1 (Com Andy Smith e John Romita), Webspinners: Tales of Spider-Man 1 (John Romita Sr.) e um livro de esboços do Aranha com Romitinha mostrando sua arte.

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Edição 200 da Abril e recomeço dos títulos americanos na 201

Essa longa série da Abril, a maior até os dias de hoje, se encerraria em Julho de 2000, na edição 205, com uma chamada para a volta do Rei do Crime (Peter Parker: Spider-Man 6), juntamente com outras duas histórias envolvendo o Quarteto Fantástico e uma outra envolvendo os vilões do grupo, Mago e Ardiloso (The Amazing Spider-man 4 e The Amazing Spider-man Annual’ 99).

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É o fim do formatinho!

A partir deste ponto, a editora Abril Jovem resolveu investir numa nova formatação, uma empreitada ousada e infeliz, que durou apenas 17 edições. Conhecida como a “Linha Premium”, as revistas de todos heróis publicados até então foram reduzidos a cinco, sendo apenas 3 Marvel. Homem-Aranha passou a ter acabamento de luxo, capa cartonada e lombada quadrada e apenas 164 páginas por edição.

O número 1 da série saiu aqui em Agosto de 2000, custando 9,90 reais, que pra época foi considerado muito acima da média para revistinhas de heróis. A arte da capa foi personalizada, com os brasileiros Luke Ross no traço, Fábio Laguna no nanquim e Donizete Amorim nas cores.

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A polêmica 'Era Premium' tem inicio...

A primeira edição de Homem-Aranha Premium contava com um encontro entre o Cabeça de Teia e o deus Asgardiano Thor (Thor 8 e Peter Parker: Spider-Man 2) e uma curta história mostrando um “Mundo Perfeito” criado por Mysterio para os heróis e seus coadjuvantes ( The Amazing Spider-man 7 e 8). Junto ao Mix, a nova Mulher-Aranha (Mattie Franklin) despontava em sua própria revista, Spider-Woman 1 e uma edição anual do Thor (o que é bastante curioso ele fazer parte do Mix, já que o Aranha estreou aqui numa revista dele).

Para dizer que não houve nada de marcante nessas edições, ressaltarei aqui a edição 5 da linha Premium que traz nada menos que a suposta morte da Mary Jane Watson num desastre aéreo (Amazing Spider-Man 13 e Peter Parker: Spider-Man 13). Na mesma revista, uma história completa com a Viúva Negra e alguns contos do passado do herói publicado em Webspinners: Tales of Spider-Man 15 e 16. Em dezembro de 2001, a vida curta das Premiuns chegariam ao fim com o número 17. Nela, teríamos a aparição do Homem-Areia, Gata Negra e mais um combate com o Duende Verde (Peter Parker: Spider-Man 22, The Amazing Spider-Man Annual 2000, n° 1/2000 - Marvel Comics e Spider-Man: Revenge of The Green Goblin 1 a 3). A edição foi complementada com uma história dos Vingadores e o ressurgimento do novo Capitão Marvel.

Homem-Aranha
...e acaba 17 números depois. É o fim da longa Era Abril!

Sem perder tempo, em Janeiro de 2002, a editora Panini começava suas atividades guiando os heróis Marvel no Brasil. A sua primeira edição do Homem-Aranha equivaleria ao número 375 juntando todas as edições. A revista foi lançada com o preço inicial de 6,90 e contou com apenas 76 páginas (curiosamente, um preço de custo mais alto do que o valor de capa atual). As histórias são continuações diretas das publicações da Abril, começando com um arco envolvendo Venom e o dos únicos parentes vivos dos Stacy, Arthur, Tio de Gwen (Amazing Spider-Man 22 a 24) e uma história com participação da Geração X (Marvel Team Up 1).

Homem-Aranha
Começa a Fase Panini no Brasil

A edição 6 do Homem-Aranha pela Panini traz de volta a Mary Jane para a vida do herói, com uma ilustração belíssima de capa por Kaare Andrews (originalmente publicada em Peter Parker: Spider-man 29) . Contudo, uma nova marca comemorativa seria com a publicação da edição 26 por aqui, que equivaleria nada menos do que ao número 400 em contagem initerruptas (capa original da edição Peter Parker: Spider-Man 53, escrita por Zeb Wells). Já a edição 33, traz no seu interior a monumental edição comemorativa 500 de The Amazing Spider-man (que retomou a numeração original), com arte fenomenal do J. Scott Campbell na capa.

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A volta de Mary Jane no número 6, edição 26 chegando a marca de 400 mensais do Aranha e edição 33 traz histórias de The Amazing Spider-man 500.

Na edição 41, começa o excepcional arco de 12 edições do Marvel Knight Spider-Man, com roteiro de Mark Millar e arte do casal Dodson (mais tarde, essa edição sairia por aqui reunidas no encadernado Caido entre os mortos). Quando as primeiras revistas da Panini chegaram aqui no número 50 pela Panini em fevereiro de 2006, vieram acompanhadas com um baralho Marvel de brinde. Nesta edição comemorativa, mais uma vez foi o confronto com o Duende Verde que ganhou destaque na capa (Marvel Knight Spider-Man 12), pontuando assim a fase Millar sob a batuta do Cabeça de Teia. Na mesma edição, o leitor tinha também histórias do Venom por Daniel Way, Sensational Spider-man escrita por Jenkins e The Amazing Spider-man com roteiro de J M Straczynski e arte de Deodato.

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O clássico Marvel Knight Spider-man e a Panini chega a 50 edições

Em 2006, paralela a saga Dinastia M, o Cabeça de Teia era jogado em um outra realidade vivendo uma vida que nunca teve com Gwen Stacy na edição Homem-Aranha 58 e 59 (originalmente, publicada em Spider-man: House of M). Já o número 60, dava inicio ao arco que supostamente mudaria a dinâmica do herói, Homem-Aranha, O Outro. O arco iria até a edição 63 brasileira, se espalhando pelas revistas Friendly Neighborhood Spider-Man, Marvel Knights Spider-Man e The Amazing Spider-Man.

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Realidades alteradas, Guerra Civil e Herói desmascarado.

O ano de 2007 marcará para sempre a história de quadrinhos no Brasil com a publicação da fabulosa saga, Guerra Civil. Nela, como sabemos, o Homem-Aranha revelou sua identidade ao público e as repercussões disso foram vistas na revista mensal, no caso, na edição 68 de Homem-Aranha (The Amazing Spider-Man 533). Na mesma edição, também rolava um confronto com o Lagarto no arco “Feroz” (Sensational Spider-man 27), recentemente republicado pela Panini.

É na edição 76 da Panini, publicada em Abril de 2008, que temos o equivalente a 450 edições nacionais mensais do Homem-Aranha juntando o todo. Na história, temos ‘A volta do Uniforme Negro’, onde vemos aqui os desdobramentos por Peter ter revelado sua identidade ao público, pondo em risco a vida da sua Tia May (Originalmente, temos aqui Sensational Spiderman 36, Friendly Neighborhood Spider-Man 18 e The Amazing Spider-man 540).

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Edição 76 (que equivale a 450) traz a volta do uniforme negro e que leva as histórias mais polêmicas deste novo século - Um dia a Mais e Um novo dia.

Ainda em 2008, em Homem-Aranha 82, temos a fatídica e polêmica saga “Um dia a mais” chegando a sua conclusão e mudando completamente a vida do nosso herói (Sensational Spider-man 41 e The Amazing Spider-man 545), além de histórias menores publicadas em Spider-man family 5. Na edição 83, temos a nova fase do herói, “Um novo dia”. A partir daí, apenas o título “Amazing Spider-man” passaria a existir, tornando-se uma publicação três vezes ao mês com rodízio de roteiristas e desenhistas por arco. Peter Parker não era mais um homem casado, nunca o foi. E tudo parecia novo para os leitores que olharam essa mudança com muita desconfiança (nesta edição, as histórias foram originalmente publicadas em Spider-Man: Swing Shift n° 1, Amazing Spider-Man 546 e 547 e Spider-man family 7).

A edição 87 da Panini adiantava-se um pouco na publicação de uma das histórias para estrelar uma das capas mais legais do cabeça de teia, junto com o presidente dos EUA, Barack Obama (The Amazing Spider-Man 583). Na história regular, o herói confrontava um novo vilão chamado “Ameaça” (The Amazing Spider-Man 556 – 558). Lá fora, essa edição com Obama é considerada uma das revistas mais vendidas do século.

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Edição Presidencial

Em 2010 temos o primeiro marco da Panini. Suas revistas Marvel chegavam a primeira vez ao número 100 pela Panini, mas o Homem-Aranha não teve tanta sorte e as histórias de dentro da revista foram muito fracas. Incluíram aqui as edições originais The Amazing Spider-Man 589 mostrando um confronto com o vilão Mancha, Amazing Spider-Man Extra 3 focada no personagem ressuscitado Harry Osborn e um confronto do Aranha com Rattus, Spider-man: Election Day com Capitão América e a recém lançada Amazing Spider-Man Family 1 com o Lagarto. O maior destaque ficou pra especial entre o Homem-Aranha e Tocha Humana numa aventura na Bahia de Los Muertos.

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Edição 100 da Panini com histórias de pouca repercussão

Um momento mais especial foi guardado para a edição 104, com o Casamento da Tia May, numa belíssima capa desenhada por Olivier Coipel (The Amazing Spider-Man annual 36). Além de uma história divertidíssima com o jantar entre as duas famílias dos noivos, os Parkers e os Jameson, tivemos a conclusão do arco do Filho da Pátria (The Amazing Spider-Man 599) e algumas partes da edição especial The Amazing Spider-Man 600. O casamento de verdade, só vai ocorrer na edição 105, mas acabou sendo obscurecido por um confronto mortal com o Dr. Octopus (The Amazing Spider-Man 600). E na edição 106, temos a volta de Mary Jane à trama e problemas com o Camaleão, que gerou uma baita confusão na vida de Peter (The Amazing Spider-Man 601 a 603).

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Um outro casamento na vida dos Parkers incluem a edição especial The Amazing Spider-man 600

A volta de Mary Jane não passaria batida de modo algum. A queridinha de todos os leitores reaparece aqui para por um ponto final a toda confusão mal explicada relacionada o pacto de Mefisto. Começando na edição 121 e indo até a 123, temos o arco de histórias “Um Momento no Tempo” , escrito por Joe Quesada e desenhado por Paolo Rivera.

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Quesada tenta redimir o impacto do casamento que nunca existiu

Então, chegamos a recente edição 126 lançada pela Panini, que nada mais, nada menos, equivale ao número 500 se contarmos todas as revistas mensais com título “Homem-Aranha” até hoje. Na capa, você vê o personagem com um novo uniforme especial para confrontar o Duende Verde e o ponto de partida para uma nova fase na vida do Aracnídeo, “O Grande Momento”. No interior, temos as edições marcantes The Amazing Spider-man 650 e 651, definindo de vez Dan Slott e Humberto Ramos como a equipe criativa principal à partir de agora. As edições também passaram a ser quinzenais.

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Edição 126 equivale a 500 edições totais brasileiras mensais do Aranha

Com isso,temos uma boa cobertura de como foi a vida do nosso herói em suas publicações tupiniquins, que ao invés de comemorarem 50 anos, tem ainda 44 aniversários de vida. É claro que teremos mais novidades por aí em breve. Nos EUA, vários especiais estão sendo lançados este mês de Agosto e logo logo saíra por lá a edição 700, que promete ser marcante. No Brasil, o próximo marco só vira daqui a uns bons meses, quando a Panini alcançar a marca dos 150. Até lá, certamente tem muita história nova a ser contada.

Coveiro

As fontes dessa pesquisa e imagens incluem o site Guia dos Quadrinhos, Guia Ebal e muitos sebos virtuais que seriam impossíveis para enumerar aqui.

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