domingo, 19 de agosto de 2012

A Teia do Aranha: O Passado e o Futuro se entrelaçam...

Teia

Além de ter uma das revistas mensais mais sólidas do Brasil, o que garantiu que pudéssemos estar esse ano comemorando 500 edições lançadas aqui, o Homem-Aranha também é um dos raros super-heróis que já chegou a possuir mais de 2 revistas ao mês com suas aventuras sendo publicadas. Estreando em Outubro de 1989, a Teia do Aranha começou com uma ótima sacada da Abril em resgatar as velhas histórias do Teioso publicadas ainda na época da RGE e trazê-las para os novos leitores e assim resgatando não só clássicos antigos (agora publicados de uma forma mais decente) como histórias que acabaram inéditas por aqui. É a continuação da nossa comemoração de 50 anos do herói pela 616!

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O número 1 da Teia do Aranha tinha 68 páginas, formato americano de 21 por 27 centimetros , colorido e trazia de volta as aventuras iniciais do Aranha quando era apenas um universitário iniciante (The Amazing Spider-man 53 a 55), confrontando o Dr. Octopus e trazendo a primeira aparição de Robbie Robertson nas páginas do herói. Na capa, uma chamada destacava que aquela era a revista que traria a “escalada do Aracnídeo no Brasil”. E foi mesmo...

Em 1990, a revista passaria para um novo formato na edição 5, agora em formatinho, mas ainda com 68 páginas, incluindo as edições originais The Amazing Spider-man 63 a 65. Nela, o Abutre é a grande ameaça, que quer se vingar de seu sucessor, Blackie Drago.

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Na capa da edição 13 da revista, mais uma curiosidade dos efeitos dos anos 90, trazendo a arte de Todd McFarlane, sucesso da época, apesar das histórias do interior ainda serem antigas, desenhadas por John Romita nos anos 70 (No caso, as edições The Amazing Spider-man 87 a 90). Mais uma vez, é o Doutor Octopus o vilão da história. Já a edição 23, traz mais uma vez uma das mais marcantes histórias do Teioso – A morte de Gwen Stacy e confronto final com o Duende Verde original ((The Amazing Spider-man 121-122). Na mesma edição, o Aranha se vê num combate fervoroso contra o Hulk ((The Amazing Spider-man 119 a 120).

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Quem achou que a Teia do Aranha escaparia da fatídica Saga do Clone se enganou. A Gênese do Clone teria sua conclusão na edição 31 da Teia do Aranha, que saiu em 1992 pela Abril, e foi uma ótima maneira de relembrar eventos importantes que marcariam a Segunda Saga do Clone que brevemente seria lançada (The Amazing Spider-man 149 a 150). Na mesma edição, uma história com o Shocker (The Amazing Spider-man 151 a 152).

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Uma mudança no logótipo da revista acontece a partir da edição 51. Na capa, temos o anúncio da estreia da Gata Negra (desta vez, com seu nome correto e não “mulher-gato” como originalmente saiu pela primeira vez na Abril). A revista inclui aqui as edições The Amazing Spider-man 194 a 195, mas curiosamente traz também a primeira história do herói publicada em The Amazing Spider-man 1, num confronto com o Camaleão.

O grande momento desta primeira fase de A Teia o Aranha, no entanto, aconteceu em 1994, quando a Abril decidiu usá-la para republicar as Guerras Secretas. Desta vez, sem edições e completamente fiel a original. A história começa em A Teia do Aranha 62 (com layout do título prateado) e vai até 66, com destaque para a edição 64 que traz na capa o Uniforme Negro.

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A edição seguinte a conclusão da Guerras Secretas traz uma capa destacando a fase do simbionte alienígena e contem as histórias originalmente publicadas em The Amazing Spider-man 252 a 254. Já o número 74 d’A Teia do Aranha traz o Casamento e Lua de Mel de Peter e Mary Jane, com uma capa editada de The Amazing Spider-man Annual 21. Em Janeiro de 1996, quando a revista alcança o número 75, ela entra em nova fase e passa a publicar a partir de agora apenas histórias inéditas e atuais do Aracnídeo. Com uma leve mudança no layout de capa, vemos um confronto com o Abutre desenhado por Sal Buscema. Originalmente, inclui as edições Peter Parker, The Spetacular Spider-man 186 a 188 e de brinde uma aventura dos Novos Guerreiros (New Warriors 31).

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No segundo semestre do mesmo ano, em Agosto, a revista passa a andar “casada” com a mensal principal do Homem-Aranha e vemos a repercussão do surgimento de Richard e Mary Parker e a volta de Venom nas histórias da edição 82 da revista. Originalmente, inclui as edições The Amazing Spider-man 373 e 375 e uma história do Thor (o número 455 americano). Curiosamente a morte dos pais de Peter (e todo o mistério envolvendo ele) aconteceria também em Teia do Aranha, no número 85 (Peter Parker, The Spetacular Spider-man 208 e The Amazing Spider-man 388).

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A edição 89 da Teia do Aranha traz dois marcos importantes. A partir daqui ela passa a ter 100 páginas. Paralelamente, é a edição que traz pela primeira vez o Aranha Escarlate, desencandeando de vez a Segunda Saga do Clone nas revistas. Aqui, temos as histórias contindas em (Web of Spiderman 117 a 119, Spider-man 51 a 52, Peter Parker, The Spetacular Spider-man 217 e The Amazing Spider-man 394). A suposta revelação de quem era Clone e quem era original também aconteceria nas páginas desta revista com o “Julgamento de Peter Parker” (Web of Spiderman 126, The Amazing Spider-man 403, Spider-man 60 e Peter Parker, The Spetacular Spider-man 226).

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Então, em 1998, a edição 100 da Teia do Aranha vem com um pequeno marco pra época, já que era a estréia de Ben Reilly como o novo Homem-Aranha, com outro uniforme, série diferente de apetrechos e tudo mais. A primeira história é numa edição 0 de Sensational Spider-man, seguida de The Amazing Spider-man 407 e Spider-man 64). Todavia, a vida de Ben Reilly como o novo Homem-Aranha seria curta e a malfadada Saga do Clone se encerraria na edição 110 da Teia do Aranha com a morte de Reilly (Spider-man 75). Na mesma edição, Parker resurge como herói nas páginas de Peter Parker, The Spetacular Spider-man 241 desenhado por Luke Ross. Neste mesmo número, um material extra pra explicar melhor sobre toda confusão do Clone é publicado em Homem-Aranha: O diário de Osborn (Spider-Man: The Osborn Journal).

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Meses depois, a revista da Teia do Homem-Aranha entraria mais uma vez numa nova formatação de layout de capa. Em dezembro de 1999, momentos finais do título, a edição 121 e 122 publicava a saga “Crise de Identidade” pareada com a outra mensal.

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Depois disso, em Teia do Aranha 125, a Teia do Aranha seria responsável por publicar um dos mais curiosos títulos do Cabeça de Teia chamado Spider-Man: Chapter One (escrito e desenhado por John Byrne) que recontaria de forma definitiva os primeiros dias de Peter como Homem-Aranha e escrevendo plots obscuros que desconhecíamos até então. Batizado no Brasil de “Homem-Aranha – A Gênese”, essa história em 12 partes se concluiria na edição 129 da revista nacional, marcando também o fim da publicação. A última edição da revista teve 160 páginas.

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No Brasil, se iniciava em tão a famigerada fase Premium em 2000 e tudo seria muito diferente a partir de então. As duas revistas do Aranha foram reduzidas para apenas uma com seis histórias, encurtando bastante o material que chegava até nós. Tudo isso explicamos anteriormente no tópico das 500 edições brasileiras.

Mas não vamos terminar a história aí. Apesar de ter um título sutilmente diferente, podemos considerar a nova Teia do Homem-Aranha publicada pela Panini como uma continuação da velha revista. Afinal, trata-se mais uma vez do segundo título anexo das histórias do Cabeça de Teia, tendo toda pretensão de desafogar a mensal também.

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Com periodicidade bimensal, a Teia do Homem-Aranha 1 saiu nas bancas em junho de 2010, depois da reformulação anunciada pela Panini, com 148 páginas e custando 14,90 reais. No seu interior, tínhamos uma história especial com o Homem-Coisa (que saiu em Spider-Man: Fear Itself 1, nada a ver com a saga) e curtas histórias do Aranha que saíram em Amazing Spiderman Family 2 a 4 , além do especial Spider-Man: The Short Halloween.

Dentre os destaques no decorrer destes dois anos de publicação pela Panini, destacam-se a edição especial com a versão definitiva da Saga do Clone (Spider-Man: The Clone Saga (2009) que saiu em Teia do Homem-Aranha 4 e também a minissérie especial com o Carnificina escrita por Zeb Wells e desenhada por Clayton Crain nas páginas da edição 9.

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Em meio a outras edições com destaque para as minisséries da Gata Negra e do Anti-venom, temos a edição 11, que merece certa atenção por se focar no conto do recentemente preso vilão Norman Osborn escrita por Kelly Sue e arte de Emma Rios. Por fim, a mais recente delas, a edição 14, traz o início da revista mensal do novo Venom, vivido por Flash Thompson, sucesso atual nos EUA.

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Bom, com isso, a pedido de alguns, fechamos um anexo das publicações do Aracnídeo que acompanharam seu tempo de vida até agora no Brasil. É claro que estamos falando só do herói regular do universo 616. Afinal, temos aí outras versões de sucesso de outras realidades que também saíram por aqui. Mas isso é uma outra história...

Coveiro

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