sexta-feira, 4 de abril de 2014

Magneto: O retorno da década de 90...

Herói ou vilão? Terrorista ou revolucionário? Visionário ou louco? Eric Lehnsherr, vulgo Magneto, já foi considerado tudo isso que foi descrito. Atualmente, ao lado dos X-men, perdoado de seus crimes contra “humanidade”, Magneto tem seguido como um grande aliado de Scott Summers, o Ciclope. Mas sempre há algum fantasma do passado que ressurge para lhe assombrar. Nesse caso, o fantasma se chama década de 90...

 photo magneto-no-hero-1_zps0572b2bc.jpg

A história começa quando Magneto aparece em uma reunião de fanáticos antimutantes. Não muito satisfeito com o conteúdo do encontro, o Mestre do Magnetismo mata todos os presentes, deixando uma mensagem àqueles que ousam desafiar a supremacia da raça mutante. Com o vídeo sendo divulgado, as autoridades ficam em pânico, cobrando um ação rápida dos Vingadores. Steve e Stark tentam acalmar os ânimos e convocam Scott e Eric para uma reunião. Magneto, por óbvio, nega os crimes. Após obter um período para se explicar, Eric passa a investigar e descobre que Joseph e Astra estão de volta. 

Como muitos já perceberam, os fatos descritos na presente minissérie são anteriores aos acontecimentos de Vingadores VS X-men. Ainda temos Utopia, Scott Summers não é um perseguido político e por aí vai. Mas mesmo assim, a presente história é uma breve amostra do que eram as histórias dos X-men antes dos eventos de Vingadores VS X-men, ou seja, fracas e inconsistentes

Dos três encadernados voltados a antagonistas do Universo Marvel lançados pela Panini, esse é, sem menor sombra de dúvida, o mais fraco. A equipe criativa (Skottie Young, nos roteiros, e Clay Mann, Seth Mann, Norman Lee, na arte) não conseguiu trabalhar bem a dualidade presente em Magneto, no que diz respeito a questão herói/vilão existente no personagem. E ainda mais tendo como pano de fundo a volta de um personagem tão inconsistente como Joseph. Aliás, a própria concepção do personagem (um Magneto mais calmo e bondoso) foi jogada na lata do lixo, ao mostrar um psicopata sem qualquer remorso de seus atos. É um roteiro muito ruim e sem qualquer atrativo. 

 photo magneto-no-hero-2_zps8cde934e.jpg

Para dizer que não só apontei os (graves) defeitos da história, a arte de Clay Mann e sua equipe está muito boa. As cenas de ação, os quadros, feições, dentre outros detalhes, estão excelentes. As cenas de ação estão muito bem desenhadas. É o grande (e único) ponto forte da história. Uma pena uma arte tão boa acompanhada de um roteiro tão ruim

Quanto ao trabalho editorial da Panini, o tratamento que a revista recebeu é muito bom. Aliás, a revista em si não merecia um tratamento como o que recebeu, face à respectiva baixa qualidade do material. De qualquer forma, a Panini acertou no que diz respeito ao tratamento editorial dado à minissérie.

 photo magneto-no-hero-3_zps70138feb.jpg

Magneto: Atos de Terror” é um trabalho que não merece uma grande atenção. É tão somente uma história fraca e sem grandes repercussões. Arrisque apenas se você for leitor assíduos dos mutantes. 

 Rafael Felga

comments powered by Disqus