sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Venom, Cavaleiro Espacial: Jornada e Redenção

VENOM SPACE KNIGHT CAVALEIRO DO ESPAÇO 7 8 9 10 11 12 13 UNIVERSO MARVEL ROBBIE THOMPSON FLASH ARIEL OLIVETTI KIM JACINTO GERARDO SANDOVAL PANINI MARVEL

Depois de se tornar um herói, a parceria que fez do Venom unido a Flash Thompson um Cavaleiro Espacial continuou a ser mostrada e concluída em Universo Marvel (da edição 7 a 13), inclusive fazendo-o passar pela Terra e tirar uma casquinha meio torta da Guerra Civil II.

Talvez o maior mérito da rápida passagem de Venom por essa fase “espacial” (fundamentada em seu inesperado ingresso nos Guardiões da Galáxia) seja o fato do roteirista ROBBIE THOMPSON rapidamente construir um núcleo de novos personagens em torno do protagonista que efetivamente despertam algum interesse e empatia. O passo seguinte à ascensão do simbionte klyntar ao que seria seu propósito original é justamente dar continuidade às relações que estabeleceu nessa caminhada, e ela se torna atrativa pelo uso criativo de Thompson tanto de uma fauna espacial já conhecida como de uma que ele próprio coloca sua mão para criar.

Mas não apenas isso, já que Thompson precisa repensar e refazer sua própria relação com o simbionte, e boa parte da narrativa gira em torno disso, e no fato de que nem todos compram a ideia da redenção do klyntar. E com razão! O caminho redentor não está terminado. Há um traço de impureza no simbionte. A jornada até que isso seja detectado leva aos próprios fantasmas do passado de Flash, cujas infância e adolescência foram muito conturbadas. E, claro, até sua relação com o Homem-Aranha, como ídolo e modelo, entra na dança.

VENOM SPACE KNIGHT CAVALEIRO DO ESPAÇO 7 8 9 10 11 12 13 UNIVERSO MARVEL ROBBIE THOMPSON FLASH ARIEL OLIVETTI KIM JACINTO GERARDO SANDOVAL PANINI MARVEL

Mais uma vez um elogio aos coadjuvantes, que efetivamente têm um papel importante para a nova volta por cima da dupla Flash-Venom. O passo seguinte é ir até a Terra e encontrar Mania, a “filha” do simbionte unida a Andrea Benton e ainda portadora de uma marca infernal herdade de uma aventura de Venom e Flash.

Infelizmente o confronto de Venom com o Homem-Aranha (talvez uma tentativa de atrair olhares para a revista na época em que foi publicada) pareceu forçada demais, e acabou servindo mais para ocupar espaço do que qualquer outra coisa.

A arte de ARIEL OLIVETTE só aparece mais uma vez para a transição da história. E mesmo sendo excelente, a arte de KIM JACINTO, que substitui o argentino, é muito diferente em estilo, quebrando um pouco o senso de continuidade para uma trajetória tão curta da obra. Isso aumenta com a entrada de GERARDO SANDOVAL nas edições em que Venom chega na Terra.

A série se conclui justamente com a vitória sobre a herança maldita que Flash legou inconscientemente a Andrea, fechando o ciclo espacial de Venom, colocando-o de volta à Terra, mas não necessariamente a assuntos mundanos.

João

comments powered by Disqus