Poderosos Vingadores: ...Não mais.

Nas edições 89 e 90 da revista Novos Vingadores, a equipe escrita por Dan Slott e desenhada por Khoi Pham faz sua breve participação paralela ao Cerco que se montou em Asgard. Já vimos inclusive a participação destes nas revistas do Thunderbolts (com Agente Americano, Visão e Estatura) e na mini principal. A parte que não sabíamos era o porquê de Hank Pym não ter dado as caras lá...

Bom, aqueles que acompanharam as últimas edições de Poderosos Vingadores na bimensal Avante, Vingadores! viram que o cientista mal sabia que uma ameaça silenciosa, porém fatal, tomava aos poucos o domínio das várias versões da sua andróide, Jocasta. E coincidiu de finalmente, Ultron revelar-se bem no momento crítico em que todos os heróis lutavam contra as forças de Osborn.

Contando apenas com a ajuda de dois agentes da D.O.P.A.D.A e a versão original da Jocasta (com membros simulando verdadeiros recém adquiridos), Pym teve que mostrar mais uma vez para seu “filho sintético” porque ele é de fato o Criador. Um verdadeiro jogo se monta entre os dois lados para tomar o controle da Mansão Infinita, o que daria passagem para Ultron estar em qualquer lugar que quisesse. Contudo, Pym sempre está aparentemente a um passo dele, seja enganando-o com indutores de imagem ou até mesmo partindo para o combate físico de fato.

A parte mais curiosa do roteiro é quando Slott tenta explicar que parte da Mansão do Infinito está ligada a Janet Van Dyne (sim, a Vespa), que estaria se expandindo além do microverso graças a bomba skrull e que está salva até agora por ter sido jogada num limbo graças a Thor. E a grande função da Mansão criada por Pym é justamente tentar manter a estrutura de Janet conjunta (algo que chateou profundamente a Jocasta).

A história se espicha mais do que devia e se conclui de uma maneira inesperada e até meia sem sentido (o que é bem típico do roteirista em questão). Ultron decide cessar as hostilidades após uma proposta de se casar com Jocasta. Apesar de contrariado, Pym aceita unir matrimonialmente os dois , que se bandeiam para o espaço após Hank ameaçar o vilão mais uma vez com seu truque barato de indutor de imagens.

O restante da história fica por conta de breves passagens repetindo cenas já vistas em outras edições que são bem marcantes para o futuro da Marvel, como o ferimento grave de John Walker e o retorno de Pietro Maximoff ao time. De última hora, Hank chega no campo de batalha em Asgard para dar o grito clássico da equipe. E assim é se encerra a breve passagem de Dan Slott na equipe.

E graças a Cable.

Sinceramente, apesar de alguns fãs mais saudosistas gostarem das referências de Dan Slott, eu não consigo suportar quase nada de seu roteiro. Sua tendência em engrandecer forçadamente seu personagem-chave, Hank Pym, choca-se muitas vezes com piadas desnecessárias sobre a quase opinião popular (de personagens e leitores) de colocar Pym como babaca (vide o comentário entre Amadeus Cho e Agente Americano na última edição). O que deixa o roteiro com um paladar bem imaturo, que acaba tendo o efeito indesejado de desprestigiar o novo ‘Vespa’. E acreditem quando eu digo que gosto do Hank.

O mesmo não posso dizer do Khoi Pham, que apesar de não ter lá um traço que me agrada tanto, é um desenhista dedicado. Uma coisa me chamou muita atenção na última edição, achei familiar uma cena e achei uma baita referência. Vejam aí que legal:

Infelizmente, o título que durou 36 edições e começou bem interessante na mão do Bendis, descambou. E não foi pelo tema proposto, já que a idéia de nova equipe durante o Reinado Sombrio de ser algo internacional e os personagens escolhidos era algo a príncipio fabuloso para ser trabalhado. E acabou tendo poucos momentos felizes como foi as duas únicas edições do confronto destes com Osborn (em Avante, Vingadores!). Agora, é esperar um direcionamento melhor do título (que se une em Vingadores: A inciativa) para formar a Academia dos Vingadores (estreiando em Setembro, provavelmente).

Coveiro