Planeta Hulk: Agindo como monstros

Depois de vermos, em Universo Marvel 27 – em um trecho da Giant-Sized Hulk –, que a fúria e força do atual Hulk são grandes demais, tornando inúteis todos os esforços de Bruce Banner de tomar o controle, chegamos, nesse mês de outubro, em Universo Marvel 28, à primeira parte de Anarquia, o segundo arco da saga Planeta Hulk.

Como vimos na conclusão de Exílio, a libertação promovida por Hulk e seus companheiros unidos pela guerra iniciou uma verdadeira revolução em Sakaar. Primeiro porque, ao partirem da capital do Rei Vermelho, levaram consigo um grupo de ex-escravos que agora seguiam o Cicatriz Verde. Além disso, ao verem brotar vegetação onde o sangue do Hulk foi derramado, rapidamente se espalham as especulações de que ele é o Filho de Sakaar, ser mitológico que viria para salvar o planeta. É falando disso, e dos outros feitos do gigante esmeralda, que se inicia uma discussão entre um dos nativos do planeta e os seguidores da nova lenda da região. Especialmente quando o fiel Miek (que de repente começou a falar errado, como deveria ter sido desde o início, vejam vocês..), que avança sobre o cético questionador, quase tratado como herege.


A chegada do próprio Hulk, de Korg e da Sem Nome da Ninhada, dá fim à briga, com o descrente se afastando assustado. Em seguida, descobrimos que ele é, na verdade, um espião das forças do imperador que, liderados pela sua Sombra, tentam eliminar o Cicatriz Verde e seus seguidores, restabelecendo a ordem do planeta. Descobrindo a localização do grupo, ela fica desconfiada da facilidade do ataque, mantém o espião no local e prefere bombardeá-lo junto dos seus inimigos. Este, quando percebe seu terrível destino, nota que já sabiam de sua traição, quando vê que só Hulk e Korg (que resistiram facilmente à explosão) permanecem no local, e esta é sua última visão.


Eles foram enganados, e a tenente volta a procurá-los depois de encontrar apenas a ossada de seu agente no local das explosões. Sua tática é assassinar a sangue frio diversos inocentes, despertando a fúria do grupo do Hulk. Mas Hiroim, também uma sombra, alerta seus companheiros da armadilha. Eles precisam de um local para se abrigar, e Miek sabe onde. Eles chegam a uma aldeia próxima, no momento em que era atacada pelos ferobôs, uma raça de robôs selvagens que cada vez mais ameaçam os habitantes da região, cuja proteção os homens do imperador negligenciava. É esse descaso que faz o líder local, o tenente Chaar, aceitar a presença do grupo do Hulk.


Mas Miek os levou até lá por um motivo. Encontrando a ossada de alguns insetos como ele, e com a companhia da Sem Nome, ele transmite suas lembranças infantis a todos os unidos pela guerra. Ele e sua família viviam na região e foram injustamente atacados pelos habitantes do vilarejo. Seu pai, um veterano das Guerras dos Espinhos (fiquem atentos a ela, pois terá importância no futuro), acabou assassinado por Chaar, e os sobreviventes, inclusive Miek, foram feitos escravos. Mas nenhum membro de sua raça parecia ser mantido mais lá.

Tornando os unidos pela guerra sua nova "colméia" através de um processo químico, Miek quer vingança. Chaar não quer que sua vila seja dizimada, então, propõe uma luta entre apenas eles dois para resolver a questão, a qual o inseto aceita. Hiroim tenta dissuadi-lo, enquanto o Hulk dá todo seu apoio, dizendo que faria o mesmo. Após ensinar tudo que seu filho deveria fazer, Chaar parte para a luta com Miek. Ele quase vence, arrancando um dos quatro braços do inseto. Este, virando a disputa, prestes a assassiná-lo e consumar sua vingança, para e dá um grito. Como se algo ressonasse em sua cabeça. De baixo da terra algo vibra. O Hulk arranca parte do solo, revelando um subterrâneo onde vários "irmãos" de Miek permaneciam escondidos e escravizados. Eles correm na sua direção, abraçando-o, enquanto ele e seus novos irmãos, unidos pela guerra, olham em fúria para Chaar.


O exército do Rei Vermelho chegam finalmente ao vilarejo. Devastado. Completamente destruído pela fúria dos unidos pela guerra e seguidores do Hulk. Chaar permanecia vivo, junto de outros poucos de seus homens, para testemunhar sua própria ruína. Quando perguntado pelos monstros, em uma severa crise de consciência, ele reconhece a si mesmo como um, refletido na armadura do soldado. A anarquia prossegue.


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