terça-feira, 2 de outubro de 2007

X-Factor: Escolhendo um lado

X-Factor #9

Jamie Madrox é o líder do X-Factor, mas nesse momento gostaria de não ser. Todos os membros da equipe discutem à sua frente. E não só eles. De pé, diante de seus olhos, está o até outro dia desaparecido Pietro Maximoff, o Mercúrio. Responsável pela maquinação Dinastia M e, de forma indireta, pelo dia-M, o que o faz um inimigo "natural" de Layla Miller. A discussão gira em torno de como ele foi egoísta, e de como isso afetou a todos os mutantes. Mesmo os que mantiveram os poderes. Mas Pietro – que cada vez mais assume uma postura ambígua – quer falar do registro de super seres que iniciou a Guerra Civil e de como os mutantes devem se reunir para combater isso. E Madrox sabe que, em pouco tempo, na história que lemos em Wolverine 34, vão perguntar sua opinião. E ele não sabe o que responder...

Quando a pergunta chega, Jamie não demora muito a agir. Levanta, pega seu casaco e sai da Agência X-factor. Chegando lá fora, dá uma dura em Layla por ela saber sobre a Dinastia M e não dizer nada. A menina retruca dizendo que nunca pediu para ser tolerada, mas lembra que algumas coisas não poderiam ser ditas por ela. Madrox recua e não chega ao ponto de mandá-la embora. Em agradecimento, Layla diz que vai ajudá-lo a tomar a decisão a respeito da mentira dos X-Men, do registro e de Pietro, mandando-o a um endereço, com luvas, gorro e cachecol. Na saída, ela diz que eles ainda discutirão muito... já que um dia se casarão. O momento cômico é perfeito, e a cara de Jamie impagável.

X-Factor: Guerra Civil

No caminho, quando Madrox pensa no fato dos Tryp terem o mesmo DNA, Peter David ainda consegue fazer uma piadinha sobre um onipresente do universo Marvel, o Homem-Aranha. Um pouco depois, Jamie acaba esbarrando com Égide, um ex-novo guerreiro, não registrado, que é perseguido por agentes da SHIELD após tentar ajudar uma pessoa. Égide demonstra ter uma visão sobre o registro muito parecida com a do Capitão América, com a qual Madrox começa a concordar.

Usando as peças de roupa que Layla disse para que ele comprasse, e seu poder de se multiplicar, Jamie consegue salvar o herói renegado, reabsorvendo de uma vez uma quantidade de cópias como nunca havia feito.

X-Factor: Guerra Civil

Ainda no Distrito X, Pietro, que compra calmamente um terno, é interceptado pelos Surpreendentes X-Men – eles mesmos, o grupo principal –, depois de saberem da sua localização por intermédio de Rictor. Sendo quase confundidos com vilões, encontram Layla. Que diz que o X-Factor soube, não através dela, que eles mentiram. E revela também ter mentido durante a dinastia M.

X-Factor: Guerra Civil

A discussão começa, com os membros do X-Factor nítida e declaradamente mais irritados pela mentira dos seus aliados do que pelas ações de Pietro (e mais uma vez David nos brinda com uma cena cômica envolvendo o ex-velocista). Enquanto Colossus e Wolverine parecem não se importar em dar satisfações, o que rende uma bela porrada sônica no russo e, em seguida, uma rajada de Ciclope em Madrox que cria, de uma vez, 50 cópias, o líder do X-Factor finalmente finca o pé e toma uma postura mais firme.

X-Factor: Guerra Civil

Literalmente chama os X-Men para a briga. Ciclope tem que segurar Wolverine, e explica que o segredo sobre a Dinastia M foi mantido para não causar um pânico mundial por saberem que uma única mutante transformou toda a realidade. A perseguição e extermínio dos mutantes seriam implacáveis. Lupina diz que já tentam fazer isso há anos. Não era motivo para mentir. A postura neutra dos X-Men sobre o registro só aumenta a tensão.

Após Pietro (que some e desaparece com seus novos poderes) comparar a medida com o nazismo, Ciclope diz que o governo americano não é nazista, que foi eleito. Guido tenta contradizê-lo, falando que Hitler também foi eleito. (Mas aqui o roteirista comete um erro. Hitler foi sim eleito na Alemanha na década de 30, mas o início do que ficou conhecido como Holocausto, se deu após um golpe de Estado que se seguiu ao falso atentado incendiário ao Reichstag, o parlamento de Berlim.)

X-Factor: Guerra Civil

Por fim, Madrox diz que vai a público condenar o ato de registro, oferecendo asilo no distrito aos que também não concordem. Ciclope, que não pode apoiar abertamente pela neutralidade dos X-Men, acaba concordando a contra-gosto, mas diz que ficará de olho em Mercúrio, agora sob responsabilidade do grupo de detetives. A cisão entre X-Factor e X-Men se consagra, e Madrox não sabe nem se saiu vitorioso.


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