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Ontem, dia 14 de setembro, foi publicada a primeira edição do segundo volume de Ultimate Spider-Man. Aproveitando essa nova etapa do herói aracnídeo no universo Ultimate da Marvel, trago algumas impressões iniciais sobre a revista.
Se você ainda não sabia, fique sabendo: Peter Parker está morto! Sacrificando a si mesmo, mortalmente ferido depois de ajudar o Capitão América, e depois enfrentando praticamente sozinho o Norman Osborn, Duende Verde, e boa parte do Sexteto Sinistro, o jovem de 16 anos faleceu diante de sua tia May.
Imediatamente a essa virada chocante na trajetória do Homem-Aranha ficamos sabendo que outro ocuparia o seu lugar. Mas quem? Foi na mini-série Ultimate Fallout que esse novo velho personagem foi apresentado por Brian Michael Bendis (roteirista único do aracnídeo na linha Ultimate), gerando reações diversas e muitas vezes muito extremas. Por quê? Miles Morales, o adolescente que será o novo Homem-Aranha Ultimate, é negro.
A questão racial que tal mudança envolve, e que não é estranha a nós brasileiros, não passou desapercebida ou sem reações. E chegou a ser bem extrema nos EUA. Mesmo se tratando da versão Ultimate, muitas reações negativas foram difundidas em fóruns e mais fóruns gringos. Os dois maiores pontos de discussão foram: "Apenas Peter Parker pode ser o Homem-Aranha"; e, claro, o fato de que muitos acusaram (e ainda acusam) que tudo isso não passa de uma política forçada de diversificação étnica, fazendo de Miles Morales um “Peter Parker negro”. Mas será?
Se você ainda não sabia, fique sabendo: Peter Parker está morto! Sacrificando a si mesmo, mortalmente ferido depois de ajudar o Capitão América, e depois enfrentando praticamente sozinho o Norman Osborn, Duende Verde, e boa parte do Sexteto Sinistro, o jovem de 16 anos faleceu diante de sua tia May.
Imediatamente a essa virada chocante na trajetória do Homem-Aranha ficamos sabendo que outro ocuparia o seu lugar. Mas quem? Foi na mini-série Ultimate Fallout que esse novo velho personagem foi apresentado por Brian Michael Bendis (roteirista único do aracnídeo na linha Ultimate), gerando reações diversas e muitas vezes muito extremas. Por quê? Miles Morales, o adolescente que será o novo Homem-Aranha Ultimate, é negro.
A questão racial que tal mudança envolve, e que não é estranha a nós brasileiros, não passou desapercebida ou sem reações. E chegou a ser bem extrema nos EUA. Mesmo se tratando da versão Ultimate, muitas reações negativas foram difundidas em fóruns e mais fóruns gringos. Os dois maiores pontos de discussão foram: "Apenas Peter Parker pode ser o Homem-Aranha"; e, claro, o fato de que muitos acusaram (e ainda acusam) que tudo isso não passa de uma política forçada de diversificação étnica, fazendo de Miles Morales um “Peter Parker negro”. Mas será?
A impressão que a primeira edição (belissimamente desenhada por Sarah Pichelli) dá é diferente. Não que não haja um clima de histórias do Homem-Aranha (especialmente pelo tom de humor misturado às vicissitudes da vida cotidiana), afinal de contas é uma revista do Aranha. Mas acredito que a intenção de Bendis é justamente manter o espírito da história, ao mesmo tempo que um novo campo de possibilidades se abre para o roteirista. Vamos lá.
Para começo de conversa Miles não é órfão, é criado pelo pai e pela mãe. E sua condição social parece bem mais prejudicada do que era a de Peter. O garoto é morador do Brooklyn, o que só torna mais compreensível, estatisticamente falando, o fato dele ser negro e ter também ascendência latino-americana. Além disso, como rapidamente se percebe, tem poucas perspectivas para o futuro. Aí fica um pouco mais claro como Bendis quer trabalhar essas condições na trama, pois o universo de um adolescente do Brooklyn como Miles é bem diferente de um garoto branco do Queens. E todo elenco de personagens provavelmente girará em torno de questões relacionadas às dificuldades vividas por quem nasce e vive nesse distrito de Nova York.
Miles começa a história dando um golpe de sorte, sendo sorteado (seu número era o 42, alguma dúvida sobre a referência?) com uma das três vagas em uma escola especial, para delírio de seus preocupados e responsáveis pais, que veem assim a possibilidade do filho ter a oportunidade que nenhum dos dois teve na vida.
Para começo de conversa Miles não é órfão, é criado pelo pai e pela mãe. E sua condição social parece bem mais prejudicada do que era a de Peter. O garoto é morador do Brooklyn, o que só torna mais compreensível, estatisticamente falando, o fato dele ser negro e ter também ascendência latino-americana. Além disso, como rapidamente se percebe, tem poucas perspectivas para o futuro. Aí fica um pouco mais claro como Bendis quer trabalhar essas condições na trama, pois o universo de um adolescente do Brooklyn como Miles é bem diferente de um garoto branco do Queens. E todo elenco de personagens provavelmente girará em torno de questões relacionadas às dificuldades vividas por quem nasce e vive nesse distrito de Nova York.
Miles começa a história dando um golpe de sorte, sendo sorteado (seu número era o 42, alguma dúvida sobre a referência?) com uma das três vagas em uma escola especial, para delírio de seus preocupados e responsáveis pais, que veem assim a possibilidade do filho ter a oportunidade que nenhum dos dois teve na vida.
Miles logo visita seu tio Aaron, claramente alguém cuja trajetória de vida (similar à de boa parte dos moradores sem perspectiva do Brooklyn) acabou levando para a vida de crimes. Porém, ele nitidamente se preocupa com o futuro do garoto, que parece gostar dele também.
Mas é no apartamento do seu tio que tudo muda, e novamente o número 42 entra em cena no mesmo dia. Logo descobrimos que Aaron é um ladrão bem habilidoso, e que roubou uma série de coisas de um laboratório abandonado das indústrias Osborn. E foi nesse material roubado que veio de carona uma aranha geneticamente alterada, o número 42 do mesmo grupo de experimentos daquela que picou Peter Parker e o transformou no Homem-Aranha.
Miles é picado e quase instantaneamente entra em choque, o que faz Aaron chamar o pai do menino, que chega logo depois dele recuperar a consciência. Mas os dois começam a discutir (o sr. Morales proibiu o filho de ver o tio), e não percebem Miles saindo do apartamento, indo até a rua.
Mas é no apartamento do seu tio que tudo muda, e novamente o número 42 entra em cena no mesmo dia. Logo descobrimos que Aaron é um ladrão bem habilidoso, e que roubou uma série de coisas de um laboratório abandonado das indústrias Osborn. E foi nesse material roubado que veio de carona uma aranha geneticamente alterada, o número 42 do mesmo grupo de experimentos daquela que picou Peter Parker e o transformou no Homem-Aranha.
Miles é picado e quase instantaneamente entra em choque, o que faz Aaron chamar o pai do menino, que chega logo depois dele recuperar a consciência. Mas os dois começam a discutir (o sr. Morales proibiu o filho de ver o tio), e não percebem Miles saindo do apartamento, indo até a rua.
Seu pai o segue, chega na calçada, e não vê o filho. Mas ele está ao seu lado, assustadíssimo, pois percebeu que, por algum motivo, mesclou-se ao ambiente, tornando-se invisível a todos a sua volta.
Isso é o sinal claro de que a Aranha que picou Miles é diferente da que picou Peter, concedendo-lhe poderes diferentes. Portanto, além de todo um novo universo de personagens (os apresentados na primeira edição parecem ter bastante personalidade e potencial), e como o mundo receberá um novo Homem-Aranha, veremos Miles aprendendo a lidar com poderes com os quais nem Peter Parker lidou.
Em uma típica (e necessária) edição com a origem do personagem, o que podemos esperar de tudo isso depois dessa Ultimate Spider-Man #1, uma vez que Bendis já afirmou que ele veio para ficar? Ao menos, que Miles Morales reconheça o poder que lhe foi concedido, e que o use com responsabilidade, honrando o legado que está em vias de herdar.
João
Em uma típica (e necessária) edição com a origem do personagem, o que podemos esperar de tudo isso depois dessa Ultimate Spider-Man #1, uma vez que Bendis já afirmou que ele veio para ficar? Ao menos, que Miles Morales reconheça o poder que lhe foi concedido, e que o use com responsabilidade, honrando o legado que está em vias de herdar.
João