domingo, 3 de novembro de 2013

Fabulosa X-Force: A vingança é um prato que se come frio... e quente

Durante a épica Saga do Anjo Negro, a Fabulosa X-Force precisou enfrentar Arcanjo (que havia se transformado no novo Apocalipse) e seus asseclas. Mas o grupo liderado por Wolverine teve valiosos aliados nessa batalha: os X-Men da Era do Apocalipse. Quer dizer... quase todos. Robert Drake, o Homem de Gelo, virou a casaca e traiu seus colegas de equipe, inclusive Kurt Wagner, o Noturno. Como os dois permaneceram na Terra-616, era questão de tempo até um reencontro. Possivelmente o último.



Esta história, escrita por Rick Remender, ilustrada por Phil Noto e publicada no Brasil em X-Men Extra 141, tem dois propósitos: servir de transição entre o arco do Extramundo e o próximo arco da série, e aprofundar um pouco mais a personalidade de Noturno, ainda um novato na X-Force.

Vamos à história: finalmente com um pouco de tempo livre em suas mãos, Kurt decidiu caçar e exterminar seu conterrâneo. Wolverine e Deadpool acompanharam-no para essa tarefa, encontrando o Homem de Gelo cercado por belas mulheres. Apesar de Deadpool em geral não ter muito desenvolvimento na X-Force, a participação dele aqui é impagável: sabem aquele negócio de uma imagem valer mais que mil palavras? Pois é, vejam a imagem abaixo pra entender como o mercenário tagarela se infiltrou no local...



Obviamente o plano de Wade não deu certo, e Logan teve que abandonar a perseguição quando o Homem de Gelo (da Era do Apocalipse, vale ressaltar) pegou a granada que deveria tê-lo atingido e a jogou na direção de inocentes na rua (Logan conseguiu abafar a explosão com o próprio corpo, mas não deve ter sido uma experiência muito agradável...). Assim, a briga se resumiu a Kurt e Bobby, outrora grandes amigos, hoje inimigos mortais.

Lutas entre superseres estão muito, mas muito longe de ser uma novidade. O que chama a atenção nessa luta específica não é o uso de poderes, mas o rancor e a saudade presentes nos requintes de violência e brutalidade de ambos os lados. Fica claro que tanto Kurt como Bobby nutriam uma forte amizade um pelo outro, e que sentem falta disso. Mas para Noturno, não há perdão para o que seu ex-amigo fez. Por sua vez, a vida de sofrimentos levada pelo Homem de Gelo, associada à perspectiva de recomeçar num ambiente muito mais próspero, tornaram-no covarde e inescrupuloso, capaz de espancar um velho amigo até a morte se isso for preciso para manter sua boa vida.

No final, Kurt conseguiu virar o jogo ao levar a briga para perto de uma fornalha, inutilizando os poderes de Bobby (pela falta de umidade no ar), jogando-o numa fornalha e vendo o oponente morrer lentamente aos gritos e súplicas por sua vida. Sim, esse é um dos heróis da X-Force, senhoras e senhores. A vingança foi alcançada... mas terá trazido alguma satisfação?



De resto, a trama secundária da edição mostrou Psylocke e Fantomex comparecendo ao funeral de Jamie Braddock, onde ficou claro que Betsy e seu irmão Brian, o Capitão Britânia, ainda têm um abismo emocional entre eles. De volta à Caverna X, ela revelou a Fantomex o alto preço que pagou a Krokwel para salvar a vida de seu colega: a capacidade de sentir tristeza, tornando-se mais fria e um pouco menos humana. Ao final, após Fantomex conversar com Evan via computador, Psylocke foi até ele. Para brigar de novo? Não, mas para algo que deve trazer um belo impacto nas próximas edições da Fabulosa X-Force. Mais uma vez, uma imagem vale mais que mil palavras:



Como eu disse no começo, havia dois objetivos nessa história: mostrar um pouco mais da personalidade do Noturno (que, vale lembrar, não é o mesmo Kurt que morreu salvando Esperança Summers) e servir como transição entre arcos. Esses objetivos foram alcançados, respectivamente, pela luta entre Noturno e Homem de Gelo e pelo beijo entre Psylocke e Fantomex. Que impacto tudo isso terá no próximo arco? Isso já começou a ser mostrado na mesma X-Men Extra 141, com a primeira parte do próximo arco (a resenha será publicada quando mais partes desse arco tiverem sido publicadas por aqui); descobriremos mais nos próximos meses, mas já dá para saber que não será pouca coisa...

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