O incrível Hulk um agente da SHIELD? Primeiro, esqueça o incrível e troque por Indestrutível, epíteto de uma novíssima fase do gigante esmeralda, que chegou ao Brasil na renumerada Universo Marvel. Agora, voltando à pergunta inicial: sério? Hulk agente da SHIELD? Pois essa premissa extremamente absurda não só é verdadeira como, a princípio, muito bem executada. Méritos de MARK WAID, o roteirista responsável por essas histórias.
Não estou brincando. É claro que o que vemos nas edições 1 e 2 de Universo Marvel não é algo que possa agradar a fãs mais tradicionais de Bruce Banner e de seu alterego. Porém, retomando diretamente da morte e ressurreição do cientista, de uma “epifania”, como ele mesmo diz, e da milésima chance recebida depois de ajudar no confronto entre X-Men e Vingadores, Banner parece em paz com sua situação. O arranjo que ele faz com Maria Hill é o ideal para essa nova etapa de sua vida.
Uma chance de criar, construir, como Banner, e, em contrapartida, de agir como um agente de destruição direcionado pela SHIELD (mais exatamente por Hill). Um equilíbrio. Quase zen. Mark Waid tenta, com diálogos afiados que exploram tanto a sagacidade e inteligência de Bruce quanto o carisma da diretora da agência de espionagem e segurança, aproveitar todos os aspectos que a versão pop de Jekyll e Hyde pode proporcionar.
O Hulk sempre transitou entre o heroísmo e a ameaça, mas não vilania. É tentando se aproveitar disso, usá-lo antes como aliado do que mais uma vez vê-lo como oponente, que Hill o recruta, aceitando o acordo. E é isso que vemos logo de início. Uma força da natureza quase totalmente fora de controle, destruindo reais ameaças identificadas pela SHIELD.
Ao mesmo tempo, com a participação especial de Tony Stark (mais do que do Homem de Ferro), Bruce tem a chance de mostrar toda sua capacidade, mesmo que o vingador estivesse ali para avaliar se seu colega tinha o mínimo de equilíbrio. Banner deixa o genial engenheiro e futurista com calafrios, quando consegue demonstrar que nem mesmo Tony trabalha como ele, projetando em direção ao desconhecido.
Como sempre digo, falar da arte de LEINIL YU é covardia para mim, pois sou admirador do seu estilo “rabiscado” de traços fortes. Achei a escolha bastante adequada, ainda mais pela revista dificilmente acumular muitos personagens em um só painel, o que às vezes é o ponto fraco do desenhista.
Assim Mark Waid dá início à nova fase do Hulk. A indestrutível e incurável força da natureza, que, agora aceita pela sua contraparte humana e genial, equilibrar-se-á entre a criação e a destruição de uma forma até então inédita na trajetória do personagem.
João
Não estou brincando. É claro que o que vemos nas edições 1 e 2 de Universo Marvel não é algo que possa agradar a fãs mais tradicionais de Bruce Banner e de seu alterego. Porém, retomando diretamente da morte e ressurreição do cientista, de uma “epifania”, como ele mesmo diz, e da milésima chance recebida depois de ajudar no confronto entre X-Men e Vingadores, Banner parece em paz com sua situação. O arranjo que ele faz com Maria Hill é o ideal para essa nova etapa de sua vida.
Uma chance de criar, construir, como Banner, e, em contrapartida, de agir como um agente de destruição direcionado pela SHIELD (mais exatamente por Hill). Um equilíbrio. Quase zen. Mark Waid tenta, com diálogos afiados que exploram tanto a sagacidade e inteligência de Bruce quanto o carisma da diretora da agência de espionagem e segurança, aproveitar todos os aspectos que a versão pop de Jekyll e Hyde pode proporcionar.
O Hulk sempre transitou entre o heroísmo e a ameaça, mas não vilania. É tentando se aproveitar disso, usá-lo antes como aliado do que mais uma vez vê-lo como oponente, que Hill o recruta, aceitando o acordo. E é isso que vemos logo de início. Uma força da natureza quase totalmente fora de controle, destruindo reais ameaças identificadas pela SHIELD.
Ao mesmo tempo, com a participação especial de Tony Stark (mais do que do Homem de Ferro), Bruce tem a chance de mostrar toda sua capacidade, mesmo que o vingador estivesse ali para avaliar se seu colega tinha o mínimo de equilíbrio. Banner deixa o genial engenheiro e futurista com calafrios, quando consegue demonstrar que nem mesmo Tony trabalha como ele, projetando em direção ao desconhecido.
Como sempre digo, falar da arte de LEINIL YU é covardia para mim, pois sou admirador do seu estilo “rabiscado” de traços fortes. Achei a escolha bastante adequada, ainda mais pela revista dificilmente acumular muitos personagens em um só painel, o que às vezes é o ponto fraco do desenhista.
Assim Mark Waid dá início à nova fase do Hulk. A indestrutível e incurável força da natureza, que, agora aceita pela sua contraparte humana e genial, equilibrar-se-á entre a criação e a destruição de uma forma até então inédita na trajetória do personagem.
João
