A Disney e os Estudos Marvel anunciaram a intenção de boicotar o Estado da Geórgia caso a controvesa lei de "Liberdade Religiosa" seja assinada pelo governador do estado americano. O motivo? Apesar do nome, a lei poderia tornar legal a discriminação contra homossexuais.
Atualmente filmando Guardiões da Galáxia 2 nos estúdios Pinewood, na zona metropolitana de Atlanta, capital do estado, mesmo lugar em que Capitão América: Guerra Civil foi filmado, em razão dos incentivos fiscais oferecidos, as empresas se pronunciaram: "A Disney e a Marvel são companhias a favor da inclusão", afirmou um porta-voz das empresas, "e apesar de termos ótimas experiências filmando na Geórgia, planejamos levar nosso trabalho para outro lugar caso qualquer legislação favorável a práticas discriminatórias seja aprovada no estado."
Para quem não sabe, sendo o país uma federação, os estados nos EUA têm bastante autonomia na criação de leis, desde que, claro, essas não entrem em contradição com a constituição nacional. Por si só, a lei já é controversa.
Chamada "Free Exercise Protection Act", (algo como Ato de Proteção ao Livre Exercício), a lei georgiana foi aprovada em uma votação corrida no legislativo local em 17 de março passado, após dois anos de intensos debates. Ela permitiria que organizações de vínculos e/ou fundos religiosos neguem serviço a qualquer um que viole suas "fortes crenças religiosas", e que se demita funcionários que não estejam de acordo com essas crenças. Ela ainda criaria a necessidade de demonstração explícita de interesse público para que o governo possa "interferir" nessas crenças.
Os maiores alvos seriam, claro, as pessoas cujas orientações sexuais não se enquadrariam em tais regras. A própria proposta de lei e as longas discussões em torno de sua formulação deixaram isso explícito. Além da questão constitucional, a controvérsia está no fato de que tais instituições tem base e/ou fundos religiosos, mas funcionariam também como instituições laicas, como escolas, por exemplo.
Além de abrir um grave precedente contra as liberdades individuais/pessoais, a lei é similar a uma que foi aprovada em Indiana, causando uma repercussão muito negativa naquele estado.
Diversas manifestações de empresas contra a lei já foram registradas, e a Disney/Marvel se soma a elas, em uma decisão acertada na luta contra a discriminação de qualquer tipo e por qualquer motivo.
O governador Nathan Deal, do Partido Republicano, tem até o dia 3 de abril para assinar ou vetar a lei.
João
Atualmente filmando Guardiões da Galáxia 2 nos estúdios Pinewood, na zona metropolitana de Atlanta, capital do estado, mesmo lugar em que Capitão América: Guerra Civil foi filmado, em razão dos incentivos fiscais oferecidos, as empresas se pronunciaram: "A Disney e a Marvel são companhias a favor da inclusão", afirmou um porta-voz das empresas, "e apesar de termos ótimas experiências filmando na Geórgia, planejamos levar nosso trabalho para outro lugar caso qualquer legislação favorável a práticas discriminatórias seja aprovada no estado."
Para quem não sabe, sendo o país uma federação, os estados nos EUA têm bastante autonomia na criação de leis, desde que, claro, essas não entrem em contradição com a constituição nacional. Por si só, a lei já é controversa.
Chamada "Free Exercise Protection Act", (algo como Ato de Proteção ao Livre Exercício), a lei georgiana foi aprovada em uma votação corrida no legislativo local em 17 de março passado, após dois anos de intensos debates. Ela permitiria que organizações de vínculos e/ou fundos religiosos neguem serviço a qualquer um que viole suas "fortes crenças religiosas", e que se demita funcionários que não estejam de acordo com essas crenças. Ela ainda criaria a necessidade de demonstração explícita de interesse público para que o governo possa "interferir" nessas crenças.
Os maiores alvos seriam, claro, as pessoas cujas orientações sexuais não se enquadrariam em tais regras. A própria proposta de lei e as longas discussões em torno de sua formulação deixaram isso explícito. Além da questão constitucional, a controvérsia está no fato de que tais instituições tem base e/ou fundos religiosos, mas funcionariam também como instituições laicas, como escolas, por exemplo.
Além de abrir um grave precedente contra as liberdades individuais/pessoais, a lei é similar a uma que foi aprovada em Indiana, causando uma repercussão muito negativa naquele estado.
Diversas manifestações de empresas contra a lei já foram registradas, e a Disney/Marvel se soma a elas, em uma decisão acertada na luta contra a discriminação de qualquer tipo e por qualquer motivo.
O governador Nathan Deal, do Partido Republicano, tem até o dia 3 de abril para assinar ou vetar a lei.
João