Invasão Secreta: De mercenário e louco, todo humano tem um pouco

Quando tem um crime, chama a polícia. Incêndio, Bombeiros. Mas, se ta rolando uma invasão skrull... ele é o cara certo! Mas ele quem? Bem, estamos falando de Deadpool, Wade Wilson, o Mercenário Tagarela, parafraseando o próprio com uma de suas falas na história encontrada na Invasão Secreta Especial 4, ligada a Maxissérie homônima. E acredite que o maluco realmente falou sério quando se gabava...

O encontro não poderia ser num lugar mais peculiar, um estádio de baseball bem no meio de um jogo clássico. Uma das belonaves skrulls sobrevoa o local disposta a dar fim aquela prática competitiva tão sem sentido para os aliens, porém topa com uma assinatura genética bem distinta das demais – Deadpool.

O mercenário – fantasiado de mascote do time – faz aquela graça e acena para os verdinhos. A resposta é um belo disparo da nave, que é rechaçado com facilidade graças a proteção metálica da fantasia (que na verdade, servia muito mais como armadura). Wade puxa imediatamente suas metrancas e faz nova piada se perguntando como seria “@#@%%&” em skrullês. O quadrinho posterior que mostra a reação da tripulação skrull é hilária.

Então, a situação aperta. A cúpula do estádio se fecha sobre a nave e resta a pergunta de quem ficou preso com quem. Uma milícia dos verdinhos sai pela rampa com armas em riste, mas Pool têm experiência de sobra com situação inusitadas para dar conta deles. O comandante da nave, então, ordena que os canhões sejam disparados, mas nem isso pode deter o nosso mercenário tagarela.

Assim, um superskrull é liberado. Meio-homem de gelo, meio-tocha humana, meio-raio negro, meio-tudo que você pode imaginar afinal chega até o solo do estádio, mas não encontra o mercenário. Para surpresa de todos, neste instante, Wade esta em cima da nave alienígena espalhando explosivos e pondo imediatamente ela abaixo... bem abaixo do superskrull.

Pousando de paraquedas, Wilson chega até o solo mais uma vez e concentra o foco de sua arma contra o comandante skrull. Pondo piadas de lado, ele ameaça matar o líder, mas de última hora tudo revela-se apenas mais uma infame piada do mercenário.

Antes de conseguir parar de rir do próprio gracejo, Wilson é abordado finalmente pelo superskrull, mas consegue convencer o comandante da nave a deixá-lo vivo. Afinal, Deadpool tem uma proposta a fazer:

Ele quer se aliar as forças inimigas.

Para quem não conhece a história da origem de Deadpool, as três primeiras páginas da segunda parte dessa história servem como breve resumo. Seria o suficiente para aqueles skrulls entendessem tudo sobre Wilson caso ele tivesse ligado do tradutor universal antes. Mas antes que ele pudesse repetir a mesma história, é neutralizado e levado para a sala de experimentos.

Assim, começa uma nova etapa na fase da invasão skrull, a criação dos superskrulls-deadpool. Como que é? Isso mesmo. O geneticista-chefe da nave aconselha utilizar a estrutura biológica do mercenário tagarela como molde para uma nova safra de supersoldados. E eis que surgem dezenas dessas abominações.

Então, é a vez do próprio Wade Wilson fazer seu jogo. Da maneira que só ele sabe fazer, Deadpool consegue convencer os skrulls a ele mesmo treinar seus “filhos” de pele verde. E assim, o nosso mercenário dá início as lições. Primeiro, consegue fazer com que os “deadskrullpools” detonem um exército de outros superskrulls. Depois, os ensina técnicas de combate corpo a corpo sem um das mãos e, claro, as piadas mais sem noção que só ele poderia contar.

A conseqüência disso tudo é meio que previsível. A nave torna-se repentinamente uma balbúrdia, que nem o superskrull meio-homem de gelo, meio tocha humana, meio... enfim, o cara mal consegue conter. E enquanto isso, Deadpool invade a sala de comunicações do lugar e consegue entrar em contato com seu verdadeiro “pagante”, o general Nicholas Fury.

Contudo, antes que pudesse finalmente realizar o que Fury queria, Wade teria que encarar o seu maior rival dali – o superskrull meio-homem de gelo, meio tocha humana, meio-aquele que vocês já sabem de quem estou falando. Então, uma verdadeira perseguição de gato e rato acontece no interior do lugar até que finalmente o mercenário consegue armar uma estratégia digna de “Bruce Willis em Duro de Matar” para detonar o sujeitinho verde.

Enquanto isso, o Geneticista-Chefe skrull parece estar tendo ainda mais trabalho para tentar convencer os “deadskrullpools” a se comportarem como verdadeiros skrulls. Mas parece que a essência non-sense de Wilson prevalece, assim como a insistência na esquisita piada do “toc-toc”.

E quando finalmente ele consegue convencer e reunir os “deadskrullpools” restantes contra o mercenário maluco original, o geneticista chefe constata a árdua verdade de que foi ludibriado. Todos os skrulls criados a partir da matriz genética de Wilson começam a explodir, tudo fruto do câncer que originalmente ele detinha em seu corpo até antes das operações escusas realizadas pelo doutor Killebrew.

É o fim daquela base de pesquisas skrulls. Agora, resta ao Deadpool finalizar a sua verdadeira missão ali. Mais uma vez ele entra em contato com o Fury e tenta arrancar de qualquer jeito elogios do coronel e ex-diretor da SHIELD. Após muitas reclamações e paciência de Nick, Pool dá início a invasão e transmissão de dados dos bancos de informações ali armazenados pelos verdinhos.

Todavia, de uma maneira inesperada, os dados acabaram não chegando até Fury. Alguém, pelo visto, interceptou a transmissão e roubou todas as informações importantes sobre a fisiologia Skrull e principalmente como eliminar uma rainha. Então, a verdadeira identidade daquele com posse destes dados é revelada no último quadrinho – Norman Osborn.

Juntando essa história com o que estamos vendo em Thunderbolts já da pra imaginar que o ex-inimigo do Aranha está cada vez mais se fortalecendo no universo Marvel. Fora que está é simplesmente uma edição hilária do personagem, mostrando que o Wilson é de fato um dos poucos personagens criados na década de 90 que veio pra ficar.

Coveiro