sábado, 3 de outubro de 2009

Layla Miller: A garota do futuro

Desde Complexo de Messias não temos nenhuma notícia de Layla Miller. A menina que sabe das coisas viajou ao futuro e se encontra lá desde então. Em Wolverine nº58, nós voltamos para aquele futuro e vamos descobrir como a garota está e os primeiros passos em uma grande transformação.

Layla

Em um campo de realocação mutante, 80 anos no futuro, um acontecimento curioso está em andamento. Uma garota está em pé, totalmente imóvel, já há uma semana. Não come, não bebe e dorme de pé. Começou até um "bolão" entre os guardas para ver até quando ela irá aguentar.

Layla

Porém, os guardas acabam se cansando e vão até ela, questionando o que a menina tem na cabeça ao fazer aquilo. Ela responde que tem coisas, espaciais para ser mais preciso. Comenta sobre pedaços de satélites que caem em órbita, lixo e coisas do tipo. Ela lembra que em toda a história apenas uma mulher foi atingida por algo do tipo, que foi um pedaço de tanque de combustível. Um dos guardas pergunta onde ela queria chegar com isso e obtém uma resposta curta: "tá na hora".

Layla

A grande ironia é que, normalmente, o governo avisaria de um desastre do tipo, mas a ameaça dos mutantes foi considerada maior e fundos foram remanejados. Dessa forma, Layla consegue fugir tranquilamente, já que os presos se esconderam e os reforços demorariam a chegar e, mais ainda, a perceber sua ausência.

Enquanto isso, em Atlantic City, um homem idoso espera em um banco. Sua filha pede que ele pare, mas o homem acredita que "ela vem hoje". A moça responde que ele diz isso todos os dias, nos últimos vinte anos. O velho homem tira de seu bolso uma foto de Layla, questionando se isso seria algo bobo para se acreditar.

Layla

Na cidade, Layla arrebenta uma vidraça e rouba uma peruca. Um mendigo alerta que a polícia irá chegar logo, mas ela conta com isso e ainda diz que Linqon também, embora ainda não saiba disso. Esse é o nome de uma mutante que está sendo perseguida pelas autoridades. Ela cruza com Layla, que acha cedo demais para se apresentar, mas diz que tudo vai dar certo.

Layla

Linqon foge e Layla segue seu caminho. Porém, um rapaz nota que Layla sabia o que iria acontecer e começa a segui-la.

A garota vai até uma praça, onde ocorre um protesto contra a prisão dos mutantes. Um homem diz que, no futuro, os campos de concentração de mutantes serão tão vergonhosos quanto os campos de detenção de japoneses. Dois jovens nas proximidades não se importam com o processo, já que apenas mutantes são presos. No entanto, Layla os alerta que todas as pessoas vão começar a ser testadas e quem tiver antepassado mutante será preso para observação. Isso mexe com os jovens, que se unem ao protesto, dizendo que vão garantir que todos saibam sobre a "Operação: Pureza".

Layla cumprimenta Dwayne, o rapaz que a seguia, mostrando que realmente sabe das coisas. Ela sabe, inclusive, que Dwayne é um ladrão de carros e fala para ele roubar um e levá-la para Atlantic City. No caminho, ela comenta que os rapazes do parque tinham elos cibernéticos como Dwayne, então o boato plantado já estaria em toda a ethernet. Sim, os testes eram apenas um boato, mas Layla lembra do caso, em 1973, de um comediante que passou um trote sobre falta de papel higiênico e, dez dias depois, não tinha sobrado nenhum nos supermercados. Como esses testes iriam acontecer mais cedo ou mais tarde, ela deu uma acelerada no processo.

Ao chegarem em Atlantic City, eles são atacados por uma moça com pele vermelha e rajadas ópticas.

Layla

No entanto, ela interrompe o ataque ao reconhecer Layla. A garota sabe sobre o pai da moça e que ele a está esperando. Layla vai ao encontro do homem, enquanto a moça pede desculpas e se apresenta para Dwayne. Seu nome é Rubi, mesmo ela tendo nascido com a cor de pele normal. Seus pais deram esse nome por sugestão de ninguém menos que Layla.

Nesse momento, qualquer um já percebe qual é a identidade do homem: Scott Summers, o Ciclope. Layla demonstra alegria ao vê-lo, mas ele ataca a moça, dizendo que esperou décadas para espancá-la, ou até matá-la, pois ela sempre soube das coisas que iriam acontecer, das pessoas que morreram e sofreram, e nunca tentou evitar nada. Ele próprio foi gravemente mutilado.

Layla

Layla diz que não é fácil para ela, pois sabia o que ocorreria desde o momento que entrou na máquina de Forge, tanto que acordava chorando e tremendo na cama, só de imaginar. Mesmo assim, seguiu em frente porque era preciso. Se ela pudesse fazer as coisas acontecerem, teria evitado a desumanização que sofreu. Em lágrimas, ela pede que Ciclope a mate, pois está cansada de saber das coisas.

Layla

Depois, vemos que a foto que Scott tinha foi tirada por Rubi, que acha isso um grande paradoxo. Layla se prepara para partir, mas aconselha Rubi a procurar Linqon e ajudá-la, pois os humanos estavam reavaliando a situação e era hora da mudança.

Na cidade, os protestos aumentam, principalmente pela implementação efetiva da Operação: Pureza. Diante disso, os humanos no protesto preparam-se para a luta, mas o que faltava chegar era um líder, que chega na pessoa de Rubi Summers. Ela convoca todos e inicia a Rebelião Summers.

Layla

Layla segue adiante, odiando não saber muitas coisas do que vem a seguir, pois isso a deixa muito parecida com todo mundo. Ela não quer ser assim, já que está se divertindo sendo Layla Miller e sabendo das coisas.

Layla

Excelente retorno da personagem para as revistas, mostrando não só as particularidades de Layla, mas a origem da tal falada rebelião do futuro de Bishop. Sim, quem é leitor mutante já há algum tempo e possui uma boa memória, vai lembrar que esse conflito é bem importante na cronologia desse personagem.

Ainda acho um pouco forçada a introdução da messias mutante na história de Bishop, mas achei legal mostrarem a origem desse conflito. Outro detalhe curioso é que Alchemax e Fujikawa aparecem em placas ou outdoors. Para quem não sabe ou não lembra, esses são nomes de corporações malignas do Universo Marvel 2099. Bom easter egg!


Eddie


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